segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Sopa de cenouras e funcho para enganar o olho gordo

Mas nem começou Dezembro direito, e já estou me sentindo empapuçada. Mal sinal, mal sinal... Olhar minha agenda para esse mês, pela primeira vez em minha vida, me deixa desnorteada. Além da quantidade cavalar de trabalho [Benza Deus, obrigada Senhor, estou um caco assim, mas estaria pior sem trabalho nenhum!], tenho tantos compromissos familiares, happy hours com amigos e colegas de diferentes lugares, amigo secreto, eventos tchanchantrans, coisas de corrida e almoços de domingo, que não consigo imaginar onde conseguirei tempo para preparar o almoço do dia 25.

E é claro que a porcaria da dieta não me sai da cabeça. "Você pode beber moderadamente uma vez por semana", proferiu a nutri. Ahn-rã. Até parece. Quinta-feira, happy hour da corrida. Sábado de manhã, churrasco dos atletas do clube. Sábado à noite, aniversário de um amigão. Domingo, almoço de advento nos sogros. E esse ritmo tende a se repetir até o fim do mês.

Dancei nessa.

Pior, a nutri pediu para que eu desse um pulo lá logo antes do Natal para uma "pesagem" antes das festas. Ahhhnnn... isso faz com que eu me sinta um peru indo para o abate. Quem é que agüenta três cookies por semana com taaaaantas receitas de fim de ano alinhadas em fila para serem feitas???

O jeito é (tentar) manter a linha em outras áreas mais fáceis. O que para mim não é problema. Falei para a nutri que poderia passar o resto da vida comendo saladas e legumes do jeito como estou comendo, pois estou adorando a sensação de leveza pós-refeição que a dieta me tem proporcionado. Porém, eu quero, QUERO, meu docinho dia sim, dia não, e eu quero, PRECISO, da minha cervejinha em dias estressantes. Eu passo sem macarrão, mas não sem um pedaço de bolo e uma taça de vinho.

Vê-se então que não é nenhuma dificuldade jantar uma sopinha de legumes. Principalmente se ela é saborosa como essa receita da revista Gourmet, pela qual sou apaixonada. Corte 300g de cenouras em quartos, no sentido do comprimento, e junte com 1 bulbo de funcho pequeno fatiado, 1/2 cebola sem casca e 1 dente de alho em uma assadeira. Tempere com 2 colh. (sopa) de azeite, 1 pitada de açúcar, sal e pimenta-do-reino a gosto e leve ao forno pré-aquecido a 230ºC por 25-30 minutos, mexendo uma ou duas vezes no meio do cozimento, até que os legumes estejam assados e caramelizados. Bata no liqüidificador com 2 xícaras de caldo de legumes e leve à panela para reaquecer. Levante fervura e e deixe em fogo baixo por alguns minutos. Acerte o tempero e afine a sopa com mais uma xícara de água ou a gosto. Moa em um pilão 1/4 colh. (chá) de sementes de erva doce, até virarem um pó fino e junte a 1 colh. (sopa) de azeite. Sirva a sopa nos pratos, derrame um fio do azeite aromatizado, e guarneça com cubos de queijo feta e folhas frescas de funcho. Delícia!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Financiers aux framboises

Conversando com minha irmã outro dia, concluímos que vida saudável vicia. Você começa grunhindo para acordar cedo e fazer esporte, torce o nariz para o arroz integral e sente falta de um monte de fritura aqui e ali. Mas, um dia, como se seu universo de repente fosse alterado, percebe que não consegue mais ficar acordada na balada até tarde, não gosta de acordar às 10h da manhã com gosto de cabo de guarda-chuva na boca, e se sente desagradavelmente letárgica o dia todo quando falta ao treino.

Ainda há gente que não me entende direito, e acha que sou louca por levantar num domingo às 6h30 da manhã. Meu relógio biológico é praticamente britânico, no entanto, e mesmo que eu queira dormir até tarde, não consigo. Acostumei-me a acordar às 6h todo dia para correr, e por isso sinto um sono atroz logo às 10 da noite. Ainda bem que pelo menos na minha idade meus amigos estão começando a ir aos bares mais cedo, e não à meia-noite, como quando tinha 18 anos. Meu corpo já não sustentaria aquele estilo de vida.

A questão é... não sei se Deus ajuda quem cedo madruga, mas quem o faz com certeza aproveita melhor o dia.

Às 9h da manhã de hoje, já tínhamos tomado um café da manhã com panquecas, maple syrup, ovos mexidos, café preto e suco de abacaxi feito na hora, o cachorro já estava devidamente passeado e os financiers de framboesa esfriavam na grade, esperando para serem embalados e levados para o almoço de advento na casa dos meus sogros.

Nunca fizera financiers e nem tinha idéia de como deveriam ficar. Mas dada sua facilidade de preparo, já os considero imediatamente incorporados ao meu repertório culinário.

FINANCIERS AUX FRAMBOISES
(da revista francesa Saveurs)
Tempo de preparo: 35 minutos
Rendimento: 24 financiers


Ingredientes:
  • 150g de manteiga sem sal
  • 50g de farinha
  • 80g de farinha de amêndoas
  • 140g de açúcar
  • 10g de açúcar baunilhado
  • 1 pitada de sal
  • 4 claras de ovos
  • um punhado e framboesas frescas ou congeladas

Preparo:
  1. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Derreta a manteiga e deixe esfriar.
  2. Em uma tigela, misture a farinha, a farinha de amêndoas, os açúcares e o sal. Junte as claras de ovos e misture até formar uma pasta. Derrame a manteiga derretida e fria e e misture bem.
  3. Despeje a mistura nas forminhas de mini-muffins ou mini-empadas (não precisa untar), até 3/4 da capacidade. Posicione uma framboesa no centro de cada forminha e afunde ligeiramente com o dedo. Leve ao forno por 15-18 minutos, observando sempre. Um palito deve sair limpo quando inserido, mas eles devem manter-se macios e úmidos. Retire com cuidado e esfrie sobre uma grade.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Cookies para acalmar do pesadelo

Outra noite sonhei que conseguia um estágio na cozinha de Alex Atala. Sonho de louco. Nem Gastronomia eu faço. Estava lá eu, toda serelepe na cozinha, quando fui encarregada de finalizar as sobremesas. Uma mulher me deu um saco de confeitar na mão e disse: "bota cobertura nesses bolinhos". Pego o saco de confeitar com facilidade e começo a apertá-lo sobre os bolos. E vejo, desesperada, que não tenho o menor jeito para a coisa. A cobertura explode sobre os bolinhos, esparramando-se sobre a bancada de inox, fazendo-me corar e desejar nunca ter nascido. Tudo sob os olhos atentos e julgadores de Alex Atala. "Eu sei fazer isso!", pensei comigo mesma, insistente, orgulhosa, e tentei mais uma vez. Novo fracasso retumbante.

Acordei exasperada.

Pesadelo culinário. Bem pior que sonhar que se vai à escola sem calças.

COOKIES DE CRAMBERRY, CHOCOLATE BRANCO E CASTANHAS DE CAJU
(Quase nada adaptado do livro Feast, de Nigella Lawson)
Tempo de preparo: 40 minutos
Rendimento: 3o cookies


Ingredientes:
  • 140g farinha
  • 1/2 colh. (chá) fermento químico em pó
  • 1/2 colh. (chá) sal
  • 75g aveia em flocos
  • 125g manteiga sem sal em temperatura ambiente
  • 75g açúcar mascavo
  • 100g açúcar cristal orgânico
  • 1 ovo
  • 1/2 colh. (chá) baunilha
  • 75g cramberries secas (ou passas, ou damascos picadinhos)
  • 50g de castanhas de caju picadas
  • 140g chocolate branco picado

Preparo:
  1. Pré-aqueça o forno 180ºC. Junte a farinham o fermento, o sal e a aveia em uma tigela.
  2. Coloque a manteiga e os açúcares na tigela da batedeira e bata até ficar fofo e cremoso. Junte o ovo e a baunilha e bata mais um pouco.
  3. Junte a mistura de farinha aos poucos, incorporando bem, batendo em velocidade mais baixa. Junte as cramberries, o chocolate e as castanhas e misture bem. Leve a massa à geladeira por 10-15 minutos.
  4. Retire bolas do tamanho de colheres de sopa, e coloque na assadeira forrada com papel-manteiga. Pressione com um garfo para que se achatem um pouco. Leve ao forno por 15 minutos, até que estejam ligeiramente dourados. Deixe esfriar por 5 minutos na assadeira antes de retirá-los para esfriar sobre uma grade. Asse os biscoitos em 2 ou três bateladas.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Spätzle Grundrezept (alguém sabe pronunciar isso???)

Alemães adoram natal. Tanto, que eles dão um jeito de comemorar mais de uma vez. Aprendi sobre os domingos de advento com a família luterana de meu marido. Nos quatro domingos anteriores ao natal, acendem-se as velas do Adventskranz, uma por uma, simbolizando a chegada de luz na sua vida. [O nosso ganhamos dos meus sogros quando nos mudamos — a foto é velha, de quando as velas ainda estavam novas.] Apesar de não ser parte da minha religião, acho bonito e acho importante manter esse tipo de tradição, principalmente pensando nos pimpolhos por vir.


Já que o domingo seria já "temático", perguntei ao Allex se ele queria que eu preparasse algo alemão para o almoço. Achei que ele titubearia, mas sua resposta estava na ponta da língua: "Spätzle!", que ele comia sempre quando criança, tomando bronca por cobrir o Spätzle de mostarda escura.

Lá fui eu à feira comprar batatas. Porque, por algum motivo, em minha cabeça, Spätzle levavam batatas. Já que estava por lá mesmo, comprei repolho para fazer Sauerkraut. Afinal, quão difícil podia ser fazer Sauerkraut?

Pausa para os descendentes de alemães pararem de rir da minha cara.

Chegou o domingo, e hora de fazer o almoço. No entanto, eu acordara cedo àquele dia para participar de uma prova de 10km. Fiz meu melhor tempo até hoje (56'06"), e por isso cheguei em casa exausta.

"Chuchu? Pode ser jantar de advento, ao invés de almoço de advento?"

Pausa para todo mundo parar de rir da minha cara por eu chamá-lo de "chuchu". Começou como piada e acabou pegando. Vou fazer o quê? Amar é... chamar seu marido de apelidos humilhantes. E cozinhar comida alemã.

Lá pelas quatro horas da tarde, quando finalmente cansara de descansar, resolvi apanhar o livro de cozinha alemã e fazer o Sauerkraut. No entanto, a única receita existente era a tradicional, em que se deixa o repolho fermentando por dias a fio. Eu tinha certeza de que existia uma versão mais moderninha, e, sem querer passar sem o prato de que também gosto, saí à caça de receitas.

No fim das contas, encontrei a mesma receita em vários sites e blogs diferentes, todos sem menção de fonte, o que me deixou muito irritada. Não dá nem prá saber quem roubou a receita de quem primeiro. Mas ladrão que rouba ladrão... Bem... logo entendi os estranhos ingredientes. Obviamente a farinha, o sour cream e o vinagre ajudariam a fingir a consistência cremosa e o sabor ácido do verdadeiro Sauerkraut. Ok, ok, não era perfeito, mas seria uma boa experiência. Preparei 1/4 da receita, que me pareceu mais do que suficiente, e ajustei os temperos para coisas mais tradicionais, eliminando coisas como cravo e gengibre e usando bagas de zimbro e louro. O resultado ficou muito gostoso. Como "repolho cozido com molho". Não como Sauerkraut. Como disse meu marido, chamar aquilo de Sauerkraut seria como colocar Catupiry no tiramisù.

Então chegou a hora do Spätzle. Pego a receita. Farinha, ovo, sal, noz moscada e água.

"Cadê as batatas?"
"Não vai batata?"
"Não, não vai."
"Eu jurava que ia batata."
"Pois é, eu também. O que que eu vou fazer com as batatas, agora?"
"Batata cozida com mostarda escura."
"Spätzle com batatas? Minha nutricionista vai ter um colapso nervoso..."

Botei as batatas para cozinhar e comecei os Spätzle. A pouca familiaridade com o prato que eu comera não mais que 8 vezes em minha vida me fez sentir um pouco mais intimidada do que o necessário. No fim das contas, porém, ele é incrivelmente fácil. Em pouco tempo, peguei o jeitinho de raspar a massa melequenta para dentro da água fervente. Apanhei os Spätzle que estavam prontos com uma escumadeira, passei em baixo de água fria e escorri. Depois, reaqueci-os em um bom punhado de manteiga, até que ficassem dourados, acertei o sal e servi, com o Sauerkraut fajuto, as batatas cozidas e muita mostarda escura alemã. Só faltou uma Erdinger para acompanhar.

"Então é fácil fazer Spätzle?"
"Sim, muito fácil."
"Ah, então vai ter que fazer sempre."
"Sem problemas, mas quero achar algum prato de legumes alemão para acompanhar. Porque com batatas não vai."
"Mas legume alemão é isso: batata e repolho."
"Não é possível. A Alemanha fica do lado da Itália. Como é que pode ter tanta salada num país e nada no outro???"
"Batata e repolho."
"Não acredito. Vou pesquisar."
"Boa sorte... hehehe..."
[Piada feita por um descendente de alemães e austríacos; eu não tenho nada a ver com isso! heheh...]

SPÄTZLE GRUNDREZEPT (ou "receita básica de Spätzle")
Tempo de preparo: 30 minutos
Rendimento: 2 porções como principal, 3 como acompanhamento

Ingredientes:
  • 200g de farinha de trigo
  • 2 ovos extra-grandes
  • 100ml de água
  • 1/4 colh. (chá) sal
  • noz moscada a gosto
  • 2 colh. (sopa) manteiga para a frigideira
Preparo:
  1. Misture numa tigela a farinha, os ovos, o sal, a noz moscada e a água e mexa vigorosamente com uma colher de pau até obter uma massa com cara de massa grossa de panqueca e ela começar a produzir bolhas de ar. Deixe descansar por 10 minutos e bata novamente.
  2. Coloque bastante água para ferver em uma panela larga. Molhe uma tábua de madeira e despeje 1/3 da massa sobre ela, alisando com uma espátula de metal molhada para que fique com uma espessura mais fina. Segure a tábua sobre a panela e, com a espátula molhada, raspe filetes de 0,5cm de largura em direção à água fervente. Quando os filetes subirem à superfície, estão cozidos. Retire com uma escumadeira, passe sob água fria para parar o cozimento e deixe escorrer numa peneira ou algo parecido. Repita o processo até acabar a massa.
  3. Derreta a manteiga numa frigideira grande e derrame os Spätzle escorridos nela. Mexa com cuidado, para recobrir toda a massa com a manteiga e cozinhe em fogo médio-baixo até que esteja quente novamente e ligeiramente dourado, com casquinhas secas e quebradiças em volta. Sirva imediatamente.

domingo, 30 de novembro de 2008

PADARIA DE DOMINGO 28: Pão de leite


Um dia, ah! um dia eu alcanço meu sonho de auto-suficiência.

Minhas neuroses não são à toa. Elas vêm de algum lugar. Quando era criança, tínhamos uma chácara no interior de São Paulo. Lá meu pai exercitava seu lado "a sociedade que se lasque, eu me viro sozinho", e colocava a mão na massa para construir um lugar onde não precisássemos de nada nem ninguém de fora. Tudo o que ele fez, dos terraços no terreno em declive, à plantação das parreiras e do milharal, passando pelo galinheiro amplo, foi feito seguindo uma coleção de livros da época, que tinha como subtítulo, se não me engano, "guia da auto-suficiência".

De fato, aqueles livros ensinavam de tudo: da construção de um forno de pizza à criação de cavalos puro-sangue. Mas o que mais me encantava naquelas páginas eram as ilustrações. Passava minhas tardes, quando não estava brincando por aí, sentada na varanda da pequena casa da chácara, bebendo chá de erva-cidreira gelado e folheando os livros. Ficava fascinada (tanto quanto uma criança de 9 anos pode ficar) com tanta informação: eu podia criar minhocas; podia construir um poço; podia plantar lichias; fazer meu próprio requeijão.

Aos poucos, o bicho do "faça você mesmo" incutido por meu pai foi pegando, pegando, pegando... e hoje posso dizer que ele está confortavelmente instalado em mim. Praticamente construindo um condomínio na minha cabeça e criando netos.


Fazer pão, iogurte e sorvete toda semana já virou um hábito e satisfez meu ímpeto "deixa que eu faço" por algum tempo. Agora quero mais. Quero fazer manteiga, geléia, moer minha própria polenta, quero fazer queijo! Por isso, quando vi um post antigo (com receita) do From my home to yours sobre queijo cottage caseiro, fiquei alucinada. Além de alimentar minha loucura, posso ainda usar a desculpa da economia no supermercado, uma vez que como queijo cottage todo dia no café da manhã.

Achei incrivelmente fácil, e o queijo fica muito gostoso. No entanto, meu queijo não formou as pelotinhas maiores, típicas do cottage. Sua textura ficou muito mais para ricotta. Sem problemas: adoro ricotta, e vou continuar fazendo queijinho em casa, sim, senhora. Esse cottage/ricotta ficou ótimo com o pãozinho de leite e azeite da semana, tostadinho na torradeira...

PÃO DE LEITE E AZEITE (adaptado do livro Professional Baking)
Tempo de preparo: 2h30
Rendimento: 1 pão grande
Ingredientes:
  • 400g farinha de trigo para pães
  • 40g cristal açúcar orgânico
  • 8g sal
  • 12g fermento ativo fresco
  • 1 ovo
  • 200ml de leite integral
  • 30g azeite extra-virgem
  • 6g extrato de malte
  • 1 ovo para pincelar
Preparo:
  1. Esfregue o fermento entre os dedos, junto com a farinha, até que ele esteja bem esmigalhado. Junte o restante dos ingredientes e mexa com uma colher até começar a formar uma massa. Sove por cerca de 10 minutos, evitando acrescentar mais farinha. A massa é grudenta.
  2. Forme uma bola e deixe fermentando em local morno (25ºC) por 1 hora a 1 hora e meia.
  3. Devolva a massa fermentada para uma superfície ligeiramente enfarinhada e abra-a como um retângulo, amassando-a para retirar-lhe o ar. Dobre um lado em direção ao meio, como quem faz um avião de papel, repita com o outro lado e dobre uma aba sobre a outra, sempre selando bem as bordas. Role a massa sob as palmas das mãos para arredondá-la e dar-lhe o comprimento desejado. Coloque o pão em uma assadeira polvilhada com farinha de milho, cubra com um pano e deixe fermentar novamente, por cerca de meia hora.
  4. Pincele com o ovo e faça um talho com uma faca afiada. Leve ao forno pré-aquecido a 220ºC até que esteja bem dourado e emita um som oco ao bater-lhe em baixo com os nós dos dedos.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Alguns resultados e umas conclusões auto-ajuda em bullets


  • Tempo de dieta: 3 meses, 16 dias, 9 horas e 31 minutos.
  • Dias faltados na corrida durante esse período: 2 (3? Não me lembro)
  • Produtos light consumidos: zero
  • Pozinhos bizarros e proteicos consumidos: zero
  • Shakes estranhíssimos e alienígenas consumidos: zero
  • Pilulinhas e capsulazinhas consumidas: zero
  • Iogurte integral caseiro consumido: 18 litros
  • Pães caseiros não-light consumidos: uns 5kg
  • Frutas variadas consumidas: ah, umas 4-5 por dia? Faz a conta aê.
  • Legumes consumidos: uma verdadeira cornucópia
  • Doces preparados: 12
  • Peso eliminado para nunca mais voltar: 7kg
  • Músculos novos: 400g
  • Furos de cinto diminuídos: 4
  • Calças a serem mandadas na costureira para apertar: 3
  • Conclusão auto-ajuda nº1: Quando a gente quer, a gente consegue.
  • Conclusão auto-ajuda nº2: Não é porque você é vegetariano (ou semi-vegetariano, ou vegan, ou qualquer coisa do gênero) que você come direito.
  • Conclusão auto-ajuda nº3: Não é porque você come mais legumes que seus amigos que você come legumes suficientes.
  • Conclusão auto-ajuda nº4: Não é porque tem maçã na torta que ela não engorda.
  • Conclusão auto-ajuda nº5: O problema não é o cookie ter manteiga, mas comer 30 cookies.
  • Conclusão auto-ajuda nº6: Tudo o que eu precisava era um bico dosador no meu azeite.
  • Conclusão auto-ajuda nº7: Para quem não gosta de cozinhar, dieta deve ser um martírio muito, MUITO maior.
  • Conclusão auto-ajuda nº8: Para quem a-do-ra legumes, dieta é MUITO mais fácil.
  • Conclusão auto-ajuda nº9: A indústria do light, do desnatado, do 0% de gordura e dos pozinhos e pilulinhas que se lasque: é perfeitamente possível emagracer de forma saudável e rápida sem apelar para nenhuma porcaria industrializada.
  • Conclusão auto-ajuda nº10: É bem mais fácil arrastar um corpo 7kg mais leve por uma pista de corrida.
Posso comer bolo, agora? Posso?

domingo, 23 de novembro de 2008

Um jantar com amigos e uma nova Ana


Sempre quis ter uma casa cheia de gente. Uma casa onde pudesse chamar meus amigos e fazer festas, jantares e afins. Mas a verdade é que reuno gente com muito menos freqüência do que gostaria.

Confesso que minhas primeiras experiências como anfitriã foram um pouco traumáticas. Acabáramos de nos mudar, e por isso ainda estava me acostumando com o ritmo de minha vida nova e o tamanho do apartamento. Ainda tinha uma insuportável mania de perfeição, muito típica de quem mora sozinho pela primeira vez e quer mostrar "o jeito certo de fazer as coisas". [Lembram-se de que dissera certa vez que sou chata?] Achava que minha casa tinha de ser absolutamente impecável, que deveria produzir jantares de oito pratos e ficava irritadíssima com convidados que colocassem copos suados diretamente sobre os móveis. [Bree? Monica? Alôoo?] E eventos descontraídos logo se tornavam fontes inesgotáveis de stress. À toa.

Então, chegou o verão e com ele a constatação de que nosso apartamento era um forninho. Isso, somado ao fato de ele comportar apenas um número limitado de pessoas sentadas, fez-me começar a duvidar da vocação de minha casa para festas. Fui ficando insegura, e me sentia ainda mais pressionada quando de fato tínhamos coragem de chamar alguém em casa. Com o blog sendo divulgado entre os amigos, comecei a não querer decepcionar meus convidados e passei a preparar pratos mais trabalhosos e sofisticados. O que só fazia aumentar minha frustração quando o evento era cancelado de última hora. Gastava tempo, dinheiro e paz de espírito em troca de... bem... apenas stress e muito pouca diversão.


Duas coisas fizeram minha cabeça mudar radicalmente: o retiro de yoga, que acalmou minha mente e fortaleceu meu espírito, me fazendo enxergar quão simples minha vida de fato é e o quanto teimo em complicá-la; e algumas conversas com determinadas pessoas, que me contaram suficientes histórias a respeito de suas juventudes em apartamentos minúsculos para me fazer sentir ridícula por acreditar que eu não poderia dar uma enorme festa em casa.

Por isso decidi descomplicar. E para testar minha nova política de "descomplicação da vida", chamei um casal de amigos de quem gosto muito para jantar. Normalmente passaria o dia todo criando um cardápio de pelo menos três pratos, terminaria tudo em cima da hora e ficaria preocupada em servir cada prato no momento certo. Stress. Desta vez, deixei castanhas-de-caju em potinhos pela casa, preparei uma mousse de chocolate na hora do almoço (para firmar durante a tarde), e, quando todos estavam com fome, preparei em quinze minutos um panelão de um dos primeiros pratos que aprendi a fazer na vida: fusilli ao molho de alho-poró. Tudo muito simples, mas gostoso e feito com carinho.


Castanhas, fusilli e mousse foram devorados, ótimo vinho foi bebido, muito Guitar Hero foi jogado, e eu consegui me divertir prá burro. A noite inteira foi excelente, a companhia foi ótima, e mal posso esperar para chamá-los novamente. Nenhum stress. Só risadas. É assim que deve ser.

FUSILLI AO MOLHO DE ALHO-PORÓ
Tempo de preparo: 15 minutos
Rendimento: 4 porções generosas


Ingredientes:
  • 500g de fusilli ou a massa de sua escolha (exceto spaghetti e afins)
  • 1 colh. (sopa) manteiga sem sal
  • 1/2 colh. (sopa) azeite
  • 2 alhos-poró grandes
  • 1 lata de creme-de-leite
  • 50g de queijo parmesão ralado
  • casca ralada de 1/2 limão
  • sal e pimenta-do-reino

Preparo:
  1. Fatie o alho-poró finamente e lave sob água corrente duas ou três vezes para tirar qualquer grão de terra. Escorra bem. Aqueça a manteiga e o azeite em uma panela e coloque o alho-poró, com uma pitada de sal. Cozinhe em fogo médio-baixo por 15 minutos, até que esteja bem murcho mas sem dourar, mexendo de vez em quando.
  2. Enquanto isso, prepare a massa segundo as instruções do pacote. Abaixe o fogo do alho-poró para o mínimo e junte o creme de leite, mexendo bem, apenas o suficiente para aquecê-lo um pouco. Escorra a massa e junte ao molho. Acrescente o queijo, o limão, pimenta-do-reino a gosto e mais um naco de manteiga e misture bem. Sirva imediatamente.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Em busca do Spekulatius perfeito (Updated)


Faz muito sentido, para quem vive em clima temperado, assar biscoitos no Natal. Afinal, confinados em casa, cercados de neve e tilintando de frio, pouco resta para fazer além de qualquer atividade que não apenas entretenha, mas também aqueça. Nada melhor que ligar o forno e assar biscoitos.

Aí chegamos nós, brasileiros, num calor dos infernos, e queremos fazer o mesmo. Por quê? Porque biscoitos são gostosos e a gente quer, ué. Precisa de mais?

Só podia dar em lambança mesmo.

Conheci Spekulatius por conta da família alemã de meu marido, que tem o hábito de sair distribuindo biscoitos já por essa época. Adorei seu aroma de especiarias logo de cara (principalmente misturados ao sorvete de creme), e há anos esperava por uma oportunidade de fazê-los. Difícil, no entanto, foi encontrar uma receita. Havia várias, na verdade; mas muito diferentes entre si, e não conseguia imaginar qual poderia ser mais parecida com o Spekulatius ao qual eu (e principalmente Allex) estava acostumada. Os Spekulatius que ele comeu a vida inteira, e os que conheci, são deliciosamente caseiros, mas comprados em um pequeno clube alemão da Zona Norte de São Paulo. A mulher que os faz também vende Honigkuchen, pãezinhos de mel decorados que eu adooooooro. Acabei decidindo por uma receita do Professional Baking, simplesmente porque é sempre minha primeira fonte de receitas clássicas sem nenhuma adaptação, interpretação ou modernização em cima.

Como minha manteiga estava gelada, no entanto, fiz o que sempre faço nesses casos (e funciona): coloquei o tablete na batedeira e bati por uns vinte minutos, até que a própria fricção da pá aumentasse um pouco a temperatura da manteiga e ela ficasse clara e cremosa. Enquanto isso, separei os outros ingredientes. Mas havia uma pedra no meio do caminho. Bem, duas, para ser exata. Foi olhar para o livro aberto para me dar conta de que a receita pedia para NÃO bater a manteiga até que ficasse clara e fofa. F*ck. Então, separando os ingredientes, minha canela puft! acabou. Achando que havia o suficiente, no entanto, resolvi prosseguir.

Como não tenho as forminhas de madeira para Spekulatius, a alternativa era deixar a massa na geladeira por uma ou duas horas, abri-la com um rolo e cortá-la com os cortadores de biscoito. Duas horas depois, liguei o forno, preparei as assadeiras, apanhei a massa e abri-a com rolo. Era um domingo quente. E o forno ligado tornava a cozinha ainda mais abafada. A massa começou a suar e grudar na bancada, no rolo, nos cortadores... E aqueles que conseguia cortar não estavam firmes, e, ao retirá-los da bancada, entortavam e perdiam suas formas bonitas e simétricas. No forno, como eu previa, eles espalharam um pouco mais do que deviam, ficando cerca de 1 a 2cm maiores do que eu queria.

No fim, porém, apesar de feiosinhos (como algumas estrelas com cara de amebas e uns cavalinhos com cara de camelos), eles ficaram gostosos e crocantes. Mas pouco parecidos com o que esperava. Ficaram gostosos, mas têm pouca canela foi meu veredito. Muito cardamomo, o do meu marido.

"Sem problemas", disse eu. "Tenho novembro e dezembro inteiros para testar receitas de Spekulatius". A boa notícia é que, apesar de não serem iguaizinhos aos do clube alemão, eles ficam melhores de um dia para o outro, e estão sendo devorados da mesma forma. Principalmente esmigalhados sobre sorvete de creme... Nham-nham...

OBS: pretendo ainda procurar outras receitas, mas se houver requisições, publicarei essa. ; )

[Update: primeiro, a Camila me alertou que eu havia escrito errado o nome dos biscoitos. Culpa do meu alemão macarrônico que só serve para dar comandos fonéticos para o cachorro. Segundo, segue a receita. Aviso, porém: preparem os biscoitos num dia um pouco mais frio, para evitar stress culinário... ; )

SPEKULATIUS
(ligeiramente adaptado do livro Professional Baking)
Tempo de preparo: 40 minutos + 2 horas de geladeira
Rendimento: 50-60 biscoitos


Ingredientes:
  • 200g manteiga sem sal em temperatura ambiente
  • 215g açúcar cristal orgânico
  • 3g de canela em pó
  • 1g cravo em pó
  • 1g cardamomo em pó
  • 1 ovo PEQUENO (ou 30g de ovo batido)
  • 300g farinha de trigo

Obs: 3g de canela em pó dão mais ou menos 1 1/2 colh. (sopa). Se não tiver cardamomo e cravo em pó, use 7-8 bagas de cardamomo, descascado e 1 colh. (chá) de cravos inteiros e moa num pilão de pedra até obter um pó fino o suficiente para ser peneirado junto com a farinha.

Preparo:
  1. Bata a manteiga na batedeira ou com uma colher de pau até que fique com consistência homogênea, mas sem transformá-la num creme claro. Misture o açúcar, incorporando-o bem, e em seguida o ovo, que também deve estar em temperatura ambiente.
  2. Peneire as especiarias junto com a farinha e junte-a aos poucos à mistura de manteiga, incorporando-a bem. Leve a massa à geladeira por umas duas horas, até que esteja bem firme.
  3. Enfarinhe ligeiramente uma superfície e abra a massa com um rolo, até que fique com 6mm de espessura. Com cortadores enfarinhados, molde os biscoitos e coloque-os em uma assadeira forrada com silpat ou papel-manteiga, com 3cm de espaço entre eles. Leve ao forno pré-aquecido a 200ºC por 18-20 minutos, ou até que estejam dourados mas ainda ligeiramente macios. Deixe que esfriem por 3 minutos na assadeira e remova para uma grade para que terminem de esfriar. Assim que estiverem frios, guarde-os em um pote fechado, onde eles se mantém bem por bastante tempo. ]

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Os favoritos (por enquanto)


Não costumo participar de eventos de blogs, e não quero que ninguém me leve a mal por isso. Já pensei muito a respeito, e concluí que não conseguiria dar conta de todos os desafios (ou ao menos não daria conta de comer os frutos dos mesmos), e, quase sempre, quando chegam em mim os memes e afins, ou não tenho mais a quem repassar, pois todos que conheço já participaram, ou não sinto identificação com o tema do mesmo. De vez em quando, porém, aparecem alguns aos quais não consigo resistir. Como o que Suzana me passou.

Três livros favoritos?

Há dias estou pensando a respeito. Seria mais fácil se fossem de literatura, uma vez que acredito que meus favoritos sejam praticamente hors concours. Livros de cozinha são mais complicados. Hoje tenho exatamente 66 livros de culinária. E a coleção só tende a crescer. Meus favoritos de três anos atrás eram completamente diferentes dos de hoje. Alguns são meus prediletos porque os uso com muita freqüência, porque já fiz a maioria de suas receitas. Outros, porque me trazem boas lembranças, e por isso adoro folheá-los. Outros ainda parecem ser a representação de algo maior que quero para mim, e são meus favoritos mesmo sem ter cozinhado nem três pratos deles. Como, então, escolher? Usei o critério mais simples de todos: "se fosse para uma ilha deserta, que livros você levaria?"

CULINÁRIA ITÁLIA
Apaixonei-me pelo livro ao folheá-lo pela primeira vez e encontrar nele uma fotografia de página dupla da Peck, uma loja de queijos e frios em Milão onde comprara meio quilo de gorgonzola para meu marido, então namorado. Adoro sentar-me no sofá com o enorme livro no colo e passear por suas páginas, lembrando os lugares que vi e aqueles que gostaria de ter visto. Suas receitas são tradicionais e bastante pé-no-chão, sem "interpretações" modernas do que é a cozinha italiana. Boa parte de minhas receitas favoritas vêm dele, como o sorvete, o tiramisù, o pizzoccheri, catalogne racanate, aragosta al forno, frico, zaleti, radicchio di treviso al forno, asparagi alla milanese, condijun, erbazzone reggiano, pecorino con i bacelli, gnocchi di semolino alla romana...

DOUGH, de Richard Bertinet
Depois de assistir a um vídeo de Richard Bertinet fazendo pão, é impossível uma pessoa não se apaixonar por ele e pela arte da panificação. A naturalidade com que ele lida com a massa faz você perder o medo e nunca mais pensar em pão de forma industrializado na sua vida. Até mesmo meu marido, que quase nunca entra na cozinha, ficou fascinado com a simplicidade com que Bertinet faz seus pães. "Dá pra ver que o cara gosta MUITO do que ele faz", disse ele. Seu livro e sua técnica mudaram minha forma de fazer pães para sempre. Seu pan de mie já virou favorito aqui em casa, e nunca mais tentei fazer nenhum outro pão de forma depois dele.

COUNTRY COOKING OF FRANCE, de Anne Willan
Já haviam me perguntado a respeito de bons livros de culinária francesa, e eu não soubera o que responder, uma vez que meu único livro de cozinha francesa era o pequenino e delicioso La Cuisine Paysanne, sensacional, mas... bem... em francês e muito regional. Apesar do livro ser bastante novo aqui em casa, ele se tornou um de meus favoritos assim que o abri pela primeira vez. Absolutamente recheado de maravilhosas fotografias, e repleto de receitas tradicionais e perfeitas para o dia-a-dia, tornou-se rapidamente um de meus livros de cabeceira. O papeton d' aubergines foi um sucesso tão grande que sequer pude fotografá-lo. A salada niçoise tornou-se minha favorita dentre todas as saladas niçoises que já comi. E não vejo a hora de preparar todo o resto.

Adoraria saber, então, quais são os três livros favoritos das seguintes pessoas:

Patrícia, Technicolor Kitchen
Vitor, Prato Fundo
Leandro, Cozinha Pequena
Glau, Madames na Cozinha
Fabrícia, Sopa Vermelha

domingo, 16 de novembro de 2008

PADARIA DE DOMINGO 27: pão meio que de mandioca

Acordo no sábado, tomo meu café, e me vejo mais uma vez em pé em minha cozinha pequena, olhando para as duas prateleiras que chamo de despensa. A batedeira está na tomada, com o gancho de pão à espera, e ainda não sei exatamente o que fazer. Vejo um pote com farinha de trigo, um de farinha integral e um terceiro de farinha de milho. E nenhuma inspiração. Começo a dedilhar sobre meus temperos, tirando-os do lugar, olhando para ingredientes que ainda não usei em pães. Então me deparo com um pacote de farinha de mandioca que comprara para fazer farofa, e sinto um comichão no alto da nuca, uma coceirinha na parte de trás do cérebro, uma sensação incômoda de inquietude até que... hnnnnnnf! Idéia!

Pão de mandioca! Com farinha de mandioca ao invés de mandioca cozida!

Parecia fantástico na teoria, até apanhar o pacote e me dar conta de que mandioca não tinha glúten. Nenhum. Hunf! Mas então a idéia já se afixara em meu cérebro: queria pão de mandioca, mas não sairia para comprar mandioca nenhuma.

Resultado? Decidi que a farinha de mandioca entraria mais como um aspecto aromático, como com o pão de linhaça, do que como ingrediente principal. Na hora de medir as farinhas, acabei resolvendo fazê-lo parcialmente integral, mas me arrependo um pouco da decisão, uma vez que a farinha integral mascarou um pouco o gosto da farinha de mandioca. Ainda assim é um pão interessante. Se você resolver fazê-lo sem a farinha integral, diminua a água para 250ml.

Deve-se apenas atentar ao fato de que, no calorão que anda fazendo, não é preciso pré-aquecer o forno com muita antecedência. E é preferível apenas cobrir o pão com um pano de prato ligeiramente úmido, ao invés de cobrir a tigela com filme plástico. Isso porque o calor excessivo pode fazer o pão crescer rápido demais e prejudicar a textura.

PÃO MEIO QUE DE MANDIOCA
Tempo de preparo: 2h30
Rendimento: 1 pão de 500g


Ingredientes:
  • 240g farinha de trigo para pães
  • 110g farinha de trigo integral
  • 55g farinha de mandioca
  • 9g sal
  • 9g açúcar mascavo
  • 10g fermento ativo fresco
  • 290ml água
Preparo:
  1. Numa tigela, misture as farinhas e o açúcar. Coloque o fermento e esfregue com as pontas dos dedos até fazê-lo sumir na farinha. Junte o sal e a água, misture bem e sove por uns 10 minutos (ou 10 minutos em velocidade 2 na batedeira com gancho). Cubra com um pano e deixe fermentar até que dobre de volume e a massa não volte quando você apertar ligeiramente seu dedo sobre ela.
  2. Devolva a massa para uma superfície ligeiramente enfarinhada e forme uma bola. Deixe descansar por 5 minutos. Então abra-a como um retângulo. Como quem faz um aviãozinho de papel, dobre uma aba em direção ao centro, apertando bem, repita com o outro lado e depois dobre uma aba sobre a outra, apertando bem. Role sob as palmas para terminar de dar o formato e coloque em uma assadeira enfarinhada, cobrindo com um pano e deixando fermentar por mais meia hora, ou até que dobre de volume e, ao apertar ligeiramente o dedo, a massa volte devagar.
  3. Com uma tesoura, faça picotes na superfície (ou cortes com uma faca afiada). Pincele com água e leve ao forno pré-aquecido a 220ºC por meia hora, ou até que esteja dourado e produza um som oco ao bater os nós dos dedos na base.

Cozinhe isso também!

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