As crianças voltaram à escola.
A casa está com aquele silêncio familiar que relaxa meus músculos e acalma meus nervos. Eu amo a companhia de meus filhos, mas eles estão grandes e independentes demais para passarem tanto tempo confinados comigo. Eles precisam de um tempo sem minha presença, muito mais do que eu, na verdade. Talvez fosse diferente se eles fossem mais novos. Não sei. Entramos nesse apartamento quando Laura tinha 4 anos e Thomas 6. Laura fez 8 em janeiro e Thomas faz 10 em abril. Duas crianças de 8 e 10 anos correndo num apartamento de 70m2 é bem diferente de duas crianças de 4 e 6 fazendo a mesma bagunça nesse mesmo espaço. Esse espaço que temos não comporta seus corpos em expansão de energia. A casa é, cada vez mais, o local de sossego, de descanso. É preciso ter um 'lá fora". É preciso ter um "outro lugar". Coisas precisam acontecer em outro ambiente, para que a casa possa atingir seu máximo potencial de acolhimento.
E as crianças, como eu disse, voltaram à escola.
A manhã foi estranha, desconjuntada, como um corpo reaprendendo a andar, consciente de cada músculo, cada tendão, cada nervo, em espasmos de movimento desajeitado. Putz, eu tinha que fazer almoço. Putz, não preciso mais colocar os tablets para carregar. Putz, eu costurei a calça de neve do Thomas? Putz, cadê aquele livro da biblioteca da escola que a Laura tinha que devolver? Putz, eu não posso sair para correr, porque tenho que andar até a escola com os dois. Putz, tem máscara extra? Putz, pega uma luva extra pra se a sua encharcar. Putz, não esquece os "indoor shoes".
Putz.
Faz -20oC lá fora, e há 30cm de neve nas calçadas. Pequena aventura. Há quem reclame, mas eu tenho amor por essas nevascas noturnas que nos acordam como se alguém tivesse derrubado um saco de açúcar sobre a cidade. Afundar o pé na neve até o joelho me dá uma satisfação infantil muito semelhante a me enfiar em uma piscina de bolinhas.
Os dias andavam tão iguais. Me deixa fingir que a neve é uma piscina de bolinhas.
Tentei sair para correr, mas a neve fofa no asfalto me fazia escorregar, e a noite mal dormida pesou nas pernas mas do que eu gostaria. Voltei para casa cedo, com frio, pensando que deveria ter ouvido meu coração que dizia que hoje não era dia de corrida. Contentei-me em fazer um pouco de yoga e alongamento, e saí para o mercado.
"Você vai de carro?", perguntou Allex.
"Vou."
"Você já dirigiu na neve?"
"Nunca."
"Cuidado."
"Podexá."
Dirigir na neve requer atenção. As rodas derrapam tanto quanto meus tênis de corrida. Mesmo em velocidade baixa. Há os solavancos dos montes de neve compactados nas laterais da rua. As ruas que estão limpas ficam mais estreitas, porque parte delas é ocupada pela muralha de neve ao longo da calçada, empurrada pelos caminhões que desobstruem a rua e jogam sal. É como aquela estradinha que sai da praia no meio do mato: com areia, pedregulhos e lama, tudo junto ao mesmo tempo, só que na cidade.
Eu estava tão focada, e ao mesmo tempo me divertindo tanto com aquela novidade, que me senti jogando video-game.
Os dias andavam tão iguais. Me deixa fingir que dirigir até o mercado é como jogar video-game.
Mercado desorientado. Por algum motivo eu não tinha clareza para criar uma lista mental de refeições e ingredientes para a semana. O apetite das crianças anda irregular, assim como o de Allex, e eu não conseguia resolver o quebra-cabeça dos jantares para quatro, almoços em casa para dois com preferências diferentes (eu almoço leve, e Allex é do "comfort-food") e almoços de escola para as crianças. Mais "snacks".Sem "nuts".
Eu havia preparado dois bolos de banana, coco e nozes da Martha Stewart algumas semanas antes, e ainda tinha um deles congelado. Enquanto tirava o bolo do freezer para mandar de snack na primeira semana da escola, Thomas lembrou: "Mas mamãe! Tem nuts!"
Putz.
Então no dia anterior ao primeiro dia de escola, preparei, no improviso do que eu tinha, um bolo simples com frutas, para que as crianças tivessem lanche.
E agora eu saía do mercado carregando sacolas demais. O reflexo de minha confusão mental, comprar mais comida do que precisamos na semana.
Arruma tudo na geladeira. Almoça.
"Eu não tenho reunião pela próxima meia hora. Quer tirar um cochilo?", pergunta Allex.
"Por favor".
O silêncio gostoso da casa pedia cochilo. Minha cabeça sem dormir também. Deito sob as cobertas, as costas relaxando e estalando sob a luz de inverno entrando pela janela aberta, e ouço o estalo da maçaneta.
"Pra que você fechou a porta? As crianças não estão aqui!", disse, rindo.
"Pois é, eu me perguntei isso também", ele riu. "Foi automático."
Meia hora de cochilo restaurador. Sonhei. Quão cansada está uma pessoa que entra em REM e sonha em trinta minutos de cochilo?
Café. Tem isso de a gente ter colocado um timer na tomada da cafeteira, nos horários em que a gente gosta de tomar café, já que ela demora uns vinte minutos para esquentar a caldeira. Ela liga às seis da manhã e desliga às nove. Liga de novo ao meio-dia e meia, e desliga às duas. "A cafeteria está aberta!", Allex diz.
Trabalho. O texto demora a se formar em minha mente, como se eu tentasse escrevê-lo em outra língua. Leio palavras formadas por ideogramas desconhecidos.
"Ana! Eu fiz uma coisa importante que a gente tinha esquecido de fazer!", Allex grita do quarto.
"O quê?"
'Coloquei um timer pra lembrar de buscar as crianças."
Putz.
Ainda bem. Porque eu tenho disso. Quando engato no trabalho acho que duas horas passadas foram quinze minutos. Perco-me. Perco a noção. Perdi a conta de quantas vezes cheguei atrasada na escola pra buscar as crianças. Mas eles ficam tranquilos. São filhotes lindos, que sabem que a mamãe é meio cabeça-de-vento, mas transborda amor por eles.
Não cheguei atrasada. Bom. Mais ou menos. O elevador do meu prédio imenso, que só comporta duas pessoas por vez durante a pandemia, demorou horrores para aparecer. Mas o caminho até a escola havia sido limpo e alcancei as escadas do pátio mais rápido que de manhã, sem passar pela aventura da piscina de bolinhas.
Eles me esperavam, juntos, ao lado da professora, todos mascarados. Acenei. Levantei o trenó de plástico preto, essa grande banheira com cordinha, chata de carregar com dedos gelados, para que eles vissem como eu sou uma mãe legal. Atrasada. Mas legal.
É proibido brincar no pátio da escola depois da aula. O que não faz sentido, porque tem menos criança brincando no pátio depois da aula do que durante a aula. Mas tudo bem. Levei os dois ao parque em frente à escola, destino diário em tardes de inverno pós-escola pré-pandemia. Eu havia explicado aos dois, de manhã, como precisávamos voltar direto para a casa, sem brincar depois da aula, por conta da quarentena. Mas meu coração apertou. Há 30cm de neve fofa e divertida no parque, que a qualquer momento pode derreter e não voltar mais. Isso de estações marcadas faz a gente ver o tempo diferente. Não é um ano que passa. Não foi um ano de quarentena. Esse é o único inverno dos meus filhos com 8 e 10 anos. No próximo, vai saber, talvez Thomas não veja mais graça em brincar na neve. Talvez ele tenha crescido. Não vai ter outro inverno, outro dia de 30cm de neve no fevereiro que ele tem 10 anos e ainda gosta de brincar com o trenó.
Por isso levei os dois ao parque.
"Brinquem com as crianças da sua sala, por favor", recomendei. "E fiquem de máscara."
Havia menos gente ali do que eu esperava. O dia estava cinzento e sem graça, e os -20oC se tornaram -10oC, o que é mais confortável, mas ainda espanta muitos pais. Era possível brincar sem aglomerar. Era possível me manter distante de todos os outros adultos. Thomas correu para construir um iglu com uns amigos que carregavam pás de neve. Laura achou uns meninos da sua sala com quem ficou brincando de construir tijolos de gelo que eles quebravam com galhos. Eu fiquei ali, mãos nos bolsos, trenó aos meus pés, suspirando de alívio em ver duas carinhas contentes de quem teve um dia mais normal, de quem passou tempo com os amigos, de quem teve aula olhando para a professora sem um fundo de tela com uma praia do Caribe.
"Eu tô no Big Hill!", avisei às crianças, puxando a cordinha do trenó atrás de mim e andando pela neve fofa em direção à grande ladeira que separa a parte alta e a parte baixa do parque. Ali, onde tem uma placa altamente ignorável em que se lê "proibido descer de trenó". Lá em cima, desviei de três crianças e dois adultos, posicionei o trenó num trajeto que imaginei ter menos buracos, e sentei minha bunda de quarenta anos no plástico já coberto de flocos de gelo. Inspirei. Expirei. Empurrei o chão. É como montanha-russa. O ar frio veio por entre meus pés, atingindo meu rosto. A parte da frente do trenó abria caminho pela neve, levantando, como água, cristais brancos e leves em ondas nas laterais do meu corpo. Gosto do jeito como o estômago se move dentro de mim na queda, abrindo um espaço vazio no meu tórax que se preenche de alegria. Deixei que o trenó desacelerasse sozinho, derrapando de um lado e do outro, até cansar no meio do descampado. Espere que o carro pare completamente antes de desafivelar os cintos de segurança. Ao sair, por favor verifiquem se não deixaram nenhum pertence para trás. Levanto. Minhas calças estão polvilhadas de branco até as coxas, por baixo do casaco comprido. Tiro a neve das roupas com batidas leves, no ritmo do coração.
Subo de novo. Desço de novo.
De novo. De novo.
De novo. Última.
Os dias estavam tão iguais. Me deixa brincar de trenó.
As crianças me acompanham na rua a passos cansados, arrastados. Tiram botas molhadas, penduram casacos, colocam as luvas encharcadas para secar em cima do aquecedor. Desmontam lancheiras sem eu precisar pedir. Tomam banho e leem os livros da escola. Sento para ajudar Laura com a pronúncia. Communities. Expectations. Empathy. Empathy is when you notice other people's feelings and try to understand them. São cinco horas e Allex ainda trabalha. Coloco uma música. Há dois momentos do dia em que gosto de colocar uma música. No café da manhã, para agitar. No fim do dia, para acalmar. O App de música criou uma lista especial para mim: as músicas que eu mais ouvi em 2020. Play. Metade dela era Frozen 2, metade Moana. Tinha um Nick Cave e um Icona Pop perdidos no meio. Curioso.
Preparo o jantar. Into the unknooooooooown... Into the unknoooooown... Um risoto com tomates e ervilhas, em que uso um caldo de camarões que fiz umas semanas antes, com as cascas dos camarões que cozinhei. Eu não quis comprar mais camarões para o risotto,pois eles viriam de novo com cascas, e eu quereria fazer caldo de novo, e viraria o ciclo infinito do risotto do caldo de camarão. Mas àquela manhã, pela primeira vez na vida, as vieiras estavam em promoção no mercado. Vieiras fresquinhas. Porque aqui tem disso: quando a comida está perto do vencimento, principalmente carnes e laticínios, os mercados colocam uma etiqueta avisando que o produto tem que ser consumido hoje ou amanhã, e que por isso está com 30, 50 ou até 70% de desconto. Acho isso muito honesto. Comprei duas bandejinhas de vieiras pelo preço de uma. 50% off. Enjoy tonight! Podexá.
Dourei as vieiras na manteiga e servi sobre o risotto. Laura adorou. Thomas achou curioso. Mas gostou mais quando eu mostrei, no Wikipedia, como era uma vieira viva, dentro de sua concha. Onde ficava sua boca, seu intestino, o modo como ela nada abrindo e fechando a concha, expulsando ar de si mesma feito um fole. Você sabia que as vieiras tem diversos olhos? Eles ficam ao longo das beiradas das conchas, entre os filamentos que elas usam para apanhar comida. Quando a luz bate neles, eles brilham feito bolinhas azuis,. Parece uma nave espacial.
As crianças cogitaram se a vieira seria capaz de ver vários filmes ao mesmo tempo.
Escova dentes. Desenha um pouco. Senta do lado do pai no sofá. Conversa sobre o dia. O que teve de bom? O que pode melhorar?
Boa noite. Boa noite. Beijinhos. Mais um abraço. Me dá água? Allex coloca as coisas na lava-louças. Santa lava-louças, que eu sempre achei que fosse bobagem. Me lembra de só morar em casa com lava-louças. Sento na poltrona amarela com um chá. Já é noite faz tempo. Gosto de luz amarela de abajur. A sala tem quatro abajures. Eu nunca acendo a luz do teto. Como foi seu dia? Você viu a notícia? Olha esse meme. Achei que você fosse gostar. Amo você. Eu também.
Os dias andavam tão iguais. As crianças voltaram à escola. Amanhã vou escrever um post no blog. Faz tempo que não consigo me concentrar nisso. Vou falar do peixe no forno que eu fiz e ficou uma delícia. Só precisa de menos alho. Vou falar do bolo de fruta que preparei para o primeiro dia das crianças.Vou falar de como foi um dia bom, muito bom, o primeiro dia de aula, ainda que tenha sido de alguma forma enevoado e confuso, como uma câmara de descompressão.
Vai ficar tudo bem.
....
O Bolo
Um bolo simples, muito simples. Adaptável. Pouco doce. Desses bons para o café da manhã ou bons pra mandar de lanche, quando você não pretende que seus filhos comam tanto açúcar no recreio que pirem e despenquem durante a aula de geometria. Bolo bom de fazer na mão. Mas pode fazer na batedeira. Era pra usar buttermilk, usei iogurte. Buttermilk deixa a massa mais molinha. Meu iogurte é mais consistente, gordinho, e deixou a massa com cara daqueles bolos italianos de massa compacta. Eu gosto. Mas você pode substituir uma parte do iogurte por leite, se quiser. Ou usar buttermilk. Também era para ser só de mirtilos. Mas eu tinha 3/4 xic. de um mix de frutas congeladas: mirtilo, cereja e amora preta. Achei que era pouco e piquei uma maça com casca junto. Ficou ótimo. Moral da história: use a fruta que quiser. Mas as que soltam caldinho ficam mais gostosas. Também era para ser numa forma de 12x8 polegadas. Me deu até coceira de preguiça de calcular isso. Usei uma forma quadrada de 9x9 polegadas (22-23cm). Dá pra usar forma redonda. Dá pra usar uma forma retangular, desde que não muito maior que isso. Ela pedia para untar e enfarinhar. Fui teimosa, porque achei que seria chatinho desenformar depois, e forrei tudo com papel-manteiga. Acabou que demorou bem mais pra assar. Não forre com papel-manteiga. No máximo, use um papel-manteiga untado em baixo, pra desenformar fácil. Ou use uma forma de fundo removível. Enfim. Falei que era um bolo de improviso.
BOLO DE IOGURTE E FRUTAS
(adaptado do livro Apples for Jam, da Tessa Kiros)
Ingredientes:
- 2 1/2 xic, farinha de trigo
- 1 colh (sopa) fermento químico em pó
- 1/2 xic. de açúcar
- Noz moscada ralada na hora
- 2 ovos grandes
- 1 xic. iogurte natural
- 4 colh. (sopa) manteiga, derretida
- 1 colh (chá) casca ralada de um limão
- 1 xic. frutas vermelhas ou outra de sua escolha, picada
- 2 1/2 colh. (sopa) açúcar para polvilhar
Preparo:
- Pré-aqueça o forno a 205oC. Unte e enfarinhe uma forma quadrada de 22cm (ou qualquer outra de mesmo volume). Se quiser, forre o fundo com papel manteiga untado, para ajudar a desenformar.
- Numa tigela, misture a farinha, fermento e uma ralada generosa de noz moscada.
- Em outra tigela, bata com um fouet os ovos e o açúcar até que fique claro e fofo.
- Junte aos ovos o iogurte, a manteiga e a casca de limão, e misture bem.
- Junte a farinha em três adições, misturando com uma espátula, apenas até que não se veja mais farinha.Não misture demais, ou o bolo ficara maçudo.
- Espalhe colheradas da massa na forma (a massa é mais firme, como de muffin), e, com a ajuda de uma espátula, tente tornar uniforme. Espalhe as frutas por cima e polvilhe com o açúcar.
- Leve ao forno por 25 minutos, ou até que um palito saia limpo quando espetado no centro. O bolo não necessariamente vai ficar muito dourado. A foto do livro mostrava o bolo super dourado, e eu acabei deixando bem mais tempo no forno, sem necessidade. Coisas de mente atrapalhada com o primeiro dia de aula. Deixe no forno apenas até o palito sair limpo.
- Deixe que esfrie completamente antes de cortar em quadrados. O bolo se mantém bem por alguns dias em pote fechado.
O Peixe.
Um jeito muito fácil de fazer peixe. Assado, com ervas. Usei haddock fresco, que é peixe fácil de se encontrar aqui. Mas acho que pescada amarela, linguado, ou qualquer outro peixe branco mais alto e mais firme ficaria bom. Você pode usar as ervas que quiser, na verdade, na combinação que mais gostar. Eu só não picaria o alho, que ficou muito forte. Faria lâminas, fáceis de remover de cima do peixe na hora de comer. Ou deixaria ele em metades, apenas para aromatizar. Servi com brócolis cozidos e batatas-doces assadas nesse dia.
PEIXE BRANCO ASSADO COM ERVAS
(do livro Twelve, de Tessa Kiros)
Ingredientes:
- 6 filés de peixe branco, sem pele, de cerca de 150-200g cada
- Cerca de 30g de farinha de trigo
- 3 colh. (sopa) azeite
- 125ml (1/2 xic) vinho branco
- 60ml água
- 2 dentes de alho, fatiados ou cortados na metade
- 1 colh. (sopa) de cada uma destas erva, picadas; alecrim, sálvia, salsinha, tomilho e hortelã
- 30g manteiga
Preparo:
- Pré-aqueça o forno a 220oC.
- Corte os filés na metade, para facilitar. Tempere com sal e pimenta-do-reino. Passe os filés na farinha de trigo, chacoalhando pra tirar o excesso.
- Coloque o azeite numa travessa de forno ou panela que comporte todos os filés numa camada só, e coloque ali os filés de peixe enfarinhados. Regue com o vinho e a água. Espalhe o alho e as ervas por cima. Divida manteiga em pedacinhos pequenos e coloque sobre os filés.
- Leve ao forno já aquecido e asse por cerca de 20 minutos. O peixe deve estar opaco, branco e macio, com um pouco de molho borbulhando em volta. Sirva quente.