Mostrando postagens com marcador antipasti. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador antipasti. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Meu primeiro almoço de Natal!

Primeiro, gostaria de agradecer o carinho de todos e os votos de um bom Natal. Com certeza eles surtiram efeito! Espero que todos tenham tido uma magnífica ceia e deliciosos momentos!

Estou absolutamente feliz. O almoço do dia 25 não poderia ter dado mais certo. Mantendo ainda o espírito da simplicidade, e sabendo que todos estariam empapuçados ainda da ceia da noite anterior, preparei poucos pratos, complementados por outros trazidos por minha mãe. Aliás, perfeito isso de almoço colaborativo.

A verdade é que minha família nunca foi muito de se empanturrar com prato principal: somos petisqueiros natos, e não foram poucas as noites em que abdicamos de jantar em nome de alguns pedaços de queijos, frutas e um bom vinho. Pensando nisso, economizei na quantidade de pratos e tamanho de porções. Dispus na tábua, no centro da mesa, alguns queijos como Brie, Gorgonzola, Grana Padano e Pecorino Romano [praticamente cada queijo era o favorito de um dos presentes], para serem petiscados sobre torradinhas de pita integrais ou crostini ainda quentinhos do forno. Especificamente para ser combinada ao Pecorino, preparei uma espécie de geléia de figos secos e avelãs, de um livro de Giada di Laurentiis. A geléia é tão fácil e tão deliciosa, que sei que figurará em outras reuniõezinhas aqui em casa. Havia também um potinho com castanhas de caju, uma tigelinha de cerejas e algumas uvas Thompson para serem comidas puras ou com o queijo Brie.

Quando nos cansamos de petiscar, fui à cozinha reaquecer o arroz selvagem que eu fizera mais cedo. Cozinhara o arroz como informado na embalagem, juntando, depois de pronto, algumas castanhas de caju picadas, uma cebolinha e o que restara das cramberries secas. Enquanto o arroz reaquecia, apanhei as couves-de-bruxelas cortadas ao meio e, como sugerido no livro de Heidi, besuntei-as em azeite e grelhei-as na frigideira, tampando e deixando que cozinhassem apenas com sal, até que ficassem al dente. Quando prontas, rolei-as em um generoso punhado de parmesão. Por fim, cozinhei rapidamente os tortelli di zucca que preparara no dia anterior e congelara.

Já fiz tortelli di zucca várias vezes, e nunca sigo receita nenhuma, usando cada vez o que tenho na geladeira: às vezes com amaretti, às vezes com passas, às vezes com mostarda di Cremona. Dessa vez, assei meia abóbora japonesa fatiada grosso, temperada com azeite, sal e pimenta, até que ficasse macia. Transformei em purê e misturei a parmesão ralado na hora, amêndoas moídas, noz moscada, sal e pimenta, até ficar exatamente do jeito que eu queria. Usei o purê para rechear a massa que sempre faço. Depois de cozidos, despejei os tortelli na travessa e misturei-os a muita manteiga derretida, onde dourara folhas de sálvia frescas.

Minha mãe trouxera tender e farofa, e arrumei-os cada um em uma travessa, levando à mesa. Não tenho como descrever a satisfação que senti em ver a mesa posta e todos comendo. Uma pena não comer mais carne, ainda que o perfume do tender tenha sido suficiente para reavivar centenas de lembranças de infância e tornar ainda mais especial o primeiro almoço de Natal em minha casa.

Trocamos alguns presentes e servi a sobremesa. Coloquei sobre a mesa os panettoni e os sorvetes e fui à cozinha preparar rapidamente a calda de chocolate, muito fácil: aqueci meia xícara de creme de leite fresco e despejei sobre 100g de chocolate amargo picado, um pouquinho de baunilha e um naco de manteiga, misturando até que estivesse homogêneo. Para os de paladar mais adulto, a calda foi sobre uma fatia de panettone e uma bola de sorvete de nozes. Para os que não sabem o que estão perdendo [hihihi...], preparara um "chocottone", substituindo as frutas marinadas pelo mesmo peso em gotas de chocolate amargo e aromatizando a massa com raspas de 1 laranja bahia, noz moscada e 1/2 colh.(sopa) de baunilha. Junto do "chocottone", o sorvete de baunilha mais fácil e econômico do mundo (mas delicioso!), retirado do novo livro de Heidi Swanson. Ele é excelente para quem tem aflição de gastar 8 gemas cada vez que quiser um litro de sorvete de creme; sem contar as 8 claras que sobram. Para fazer o sorvete, basta 1 litro de leite, 1 xíc. açúcar (uso o cristal orgânico entuxado de favas de baunilha), 3 colh. (sopa) maizena e essência de baunilha. Você o prepara como faria a um pudinzinho cremoso, deixa esfriar e coloca na sorveteira, e ele fica sensacional.

O melhor de tudo foram meus dois presentes culinários: um ferro de waffles (que trouxe lembranças de infância a meu marido, que costumava comer waffles com manteiga na casa da Oma), e um enorme pedaço de granito que minha irmã (arquiteta) arranjou para mim; ele foi cortado para caber exatamente em meu forno, e agora minhas pizzas nunca mais sairão com textura de biscoito... espero!

domingo, 14 de dezembro de 2008

Mais um domingo de comida... erh... quer dizer... advento!

Desta vez os sogros vieram em casa, e eu resolvi dar um tempo nas incursões na culinária alemã e fazer o que faço melhor: comida italiana. Mantendo ainda o espírito de praticidade e vida sem complicações e stress, mantive o cardápio tão simples e delicioso quanto me foi possível, tendo tido a cofirmação da vinda deles na noite anterior e sem sair correndo ao supermercado.

Acordei cedo para passear o cachorro, aproveitando para dar um pulo na padaria do Le Vin e comprar uma baguette de fermento natural, que iria muito bem com o patê de pimentão da Heloísa Bacellar, para o qual fiz a receita de cottage/ricotta caseira da Cris. Enquanto o queijo sorava na peneira, os pimentões enegreciam sob o grill do forno. Deixei que esfriassem em sacos plásticos, retirei-lhes as sementes e a pele chamuscada e reaqueci-os numa frigideira com um pouco de azeite, alho e tomilho fresco. Bati tudo no liqüidificador com o queijo pronto, temperei e levei à geladeira enquanto preparava a sobremesa.

Como tinha ainda amêndoas moídas e um punhado de ameixas muito maduras, resolvi testar uma receita de uma chef da qual já virei fã: Alice Medrich. Suas receitas são deliciosamente simples e saborosas, sem mascarar frutas ou chocolates com açúcar em demasia. Achei que teria dificuldades de preparar a massa da torta, uma vez que as instruções eram para um processador, que não tenho. Mas foi muito fácil usar a batedeira com a pá, principalmente porque não estava usando amêndoas inteiras. Uma pena que minha quantidade de ameixas era muito pouca. Apesar de ser exatamente o número requerido na receita, elas eram pequenas e não preencheram tanto o espaço da massa quanto eu gostaria. No entanto, a torta assou no tempo exato, e ficou crocante e dourada nas bordas, doce e macia no meio, com um agradável mas não dominante aroma de amêndoas, e pontuada pelas ameixas polpudas, molhadas, ácidas o bastante na casca para fazê-lo encolher os ombros, e melíferas no centro. Achei-a perfeita e servi-me de uma fatia acompanhada de sorvete de banana, feito no começo da semana.

Para o almoço em si, decidi homenagear minha sogra com um prato siciliano: Spaghetti alla Norma. Fatias finas de beringela, salgadas, lavadas e grelhadas em azeite, misturadas então a uma lata de tomates italianos inteiros, dois dentes de alho fatiados fino e um bom punhado de manjericão. Deixei cozinhar por uns 10 minutos, temperei com sal e pimenta-do-reino e juntei ao spaghetti recém-escorrido, com mais um generoso fio de azeite e um bom punhado de parmesão ralado na hora.

Tudo correu maravilhosamente bem, e ficamos aliviados em constatar que os dois cães juntos (Gnocchi e a cachorrinha dos meus sogros) não destruíram o apartamento, como imaginávamos. Estou pegando o jeito desses almoços sossegados.


TORTA DE AMÊNDOAS E AMEIXAS
Quase nada adaptado do livro Pure Dessert, de Alice Medrich)
Tempo de preparo: 1 hora
Rendimento: 8 porções


Ingredientes:
  • 70g de farinha de amêndoas ou amêndoas inteiras (com ou sem casca) e moídas em casa, no processador
  • 3/4 xíc. açúcar cristal orgânico
  • 1/4 colh. (chá) sal
  • 1/4 colh. (chá) essência de amêndoas
  • 100g (3/4 xíc.) farinha de trigo
  • 1/4 colh. (chá) bem rasa de fermento químico em pó
  • 1 ovo extra-grande orgânico
  • 3 colh.(sopa) manteiga sem sal não muito gelada, em pedaços menores
  • 4-8 ameixas maduras (dependendo do tamanho), de casca mais ácida
Preparo:
  1. Posicione a grade do forno no terço inferior e pré-aqueça o forno a 190ºC. Junte na batedeira a farinha, as amêndoas moídas, o açúcar, o sal e o fermento. Com a pá, misture um pouco em velocidade baixa. Junte a essência de amêndoas, o ovo e a manteiga e continue misturando até que toda a farinha esteja úmida e comece a formar pelotas em volta da pá da batedeira. Você pode fazer isso à mão, com um garfo, ou com o processador, se quiser.
  2. Unte generosamente com manteiga uma forma de torta com fundo removível de 24cm e despeje a massa nela. Aperte com as mãos até espalhá-la em todo o fundo, mas sem subi-la pelas bordas.
  3. Se as ameixas não tiverem mais de 5cm de diâmetro, apenas corte ao meio e retire os caroços. Se forem maiores, corte em quartos. Disponha as frutas sobre a massa, lado cortado para cima, pressionando-as ligeiramente na massa para que não tombem enquanto assam.
  4. Leve ao forno por 40-45 minutos, até que a massa tenha subido um pouco e esteja dourada nas bordas. Deixe esfriar por alguns minutos e então remova as laterais da forma com cuidado, para que termine de esfriar. Sirva quente ou em temperatura ambiente.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Biscotti de parmesão e pimenta-do-reino para uma tarde com café (Updated)




Meu pai veio a São Paulo para passar o natal, e levará todo mundo embora (minha mãe e minha irmã) para Fortaleza para o Reveillon. Allex e eu ficaremos aqui, pois ele não tem férias coletivas. Como no ano passado passamos o natal com minha família, esse ano é a vez do lado alemão, e por isso mesmo convidei meu pai para passar esta tarde conosco, tomar um café e brincar com o Gnocchi. Cada vez que meu pai vê o cão é um novo susto, pois de mês em mês o bicho cresce horrores. Lembro-me de quando ele ainda conseguia se enfiar no estreito vão entre a parede e a geladeira. Hoje, com 20 quilos, o bichinho desistiu de se espremer em cantos apertados, após entalar embaixo do armário do banheiro.

Bom, voltanto a meu pai... Há já algum tempo ele não pode consumir doces, gordura, sal, ou qualquer coisa que seja gostosa. Não consegui imaginar o que servir a ele nessas condições, mas tendo mais preocupação com o princípio de diabetes do que com o colesterol, e sabendo que ele mesmo trapaceia o regime de vez em quando, resolvi fazer essa receita de biscotti de parmesão e pimenta-do-reino, um pequeno tira-gosto salgadinho e apimentado. Apesar da receita ter queijo e manteiga, a quantidade total não é lá grande coisa, e mesmo que meu pai coma metade dos biscotti, ainda assim não terá consumido quantidades alarmantes dos "perigosos" ingredientes.

Ando um pouco distraída, no entanto, por causa da dor de garganta, que andou piorando, e acabei me esquecendo de achatar os rolos de massa antes de levá-los ao forno. Da mesma forma, esqueci-me de cortá-los na diagonal. Razões pelas quais os biscotti saíram mais rechonchudos e menos estilosos. Isso não influencia em nada, claro, no sabor.

A receita é de um blog que adoro, chamado Smitten Kitchen.

[UPDATE: os biscotti fizeram tanto sucesso, que meu pai levou para casa um saquinho cheio deles para comer depois!]

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Rolinhos de berinjela

Meu almoço hoje foi simples. Segundo uma receita do Forever Summer, de Nigella Lawson, grelhei fatias de berinjela pinceladas com azeite, recheei com uma colher de uma mistura de queijo tipo Feta esmigalhado, menta seca (não tinha a fresca), pimenta dedo-de-moça picada, pimenta-do-reino e azeite, e enrolei como pequenos rocamboles. Como o queijo já é bastante salgado, não vai mais sal nenhum, e as berinjelas parecem adocicadas em comparação. Uma delícia, assim frias, comidas com a mão. Deram-me ótimas idéias para saladas e massas com os mesmos ingredientes...

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Nachos!!


Para começar, compre as tortillas. Você tem três opções: Doritos (mais baratos, mais gordurosos e mais porcarias), Tortilla-Chips importadas prontas (mais caras, mas menos porcaria que salgadinho) e massa de Tortilla assada, para cortar e fritar. Qualquer que seja sua opção, sirva com os seguintes acompanhamentos mais o sour cream, que pode ser comprado pronto no Empório Santa Luzia a preço de requeijão:

GUACAMOLE:
Rendimento: 4 porções
Tempo de preparo: 15 minutos


Ingredientes:
  • 1 abacate grande bem maduro
  • suco de 1 limão
  • 1 pimenta dedo-de-moça ou jalapeño picada (opcional)
  • 5 cebolinhas picadas
  • 1/2 xíc. coentro fresco picado
  • 1/3 colh. (chá) Tabasco
  • sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo:
Corte o abacate ao meio no sentido do comprimento, tomando cuidado com o caroço no meio. Separe as metades, jogue fora o caroço e, com uma colher, retire a polpa da casca e reserve em uma tigela funda. Junte os outros ingredientes, misturando bem, experimente e tempere com sal e pimenta. Sirva imediatamente ou guarde bem tampado por no máximo 1 dia, misturando bem com uma colher antes de servir, já que ele tende a separar.

SALSA:
Rendimento: 4 porções
Tempo de preparo: 15 minutos


Ingredientes:
  • 4 tomates sem as sementes, picados
  • 1 cebola picada
  • 1 pimenta dedo-de-moça verde picada
  • 1 dente de alho picado
  • 1/4 xíc. coentro fresco picado
  • 1 colh. (chá) orégano
  • 1/4 xíc. azeite de oliva extra-virgem
  • suco de 1/2 limão
  • sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo:
Misture tudo e guarde bem tampado na geladeira até a hora de servir.

FEIJÕES REFRITOS:
Rendimento: 4 porções
Tempo de preparo: 2 horas + 15 minutos (apenas 15 minutos se usar o feijão em lata)


Ingredientes:
  • 1 xíc. de feijões carioca ou pretos secos ou 2 latas de feijões em água e sal (se for de última hora)
  • 1 cebola grande picada
  • 1 dente-de-alho picado
  • 1 pitada de pimenta-caiena em pó
  • 1 cubo de caldo de legumes
  • 1 tomate sem pele e sem sementes picado
  • 1 pitada de cominho moído
  • 1 colh. (sopa) manteiga
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
  • 100 g queijo Cheddar ralado grosso

Preparo:
  1. Se usar os feijões secos, coloque-os numa tigela funda na noite anterior, cubra de água e deixe durante a noite. Na tarde seguinte, escorra os feijões e coloque-os na panela com o cubo de caldo e água suficiente para cobri-los. Cozinhe em fogo baixo meio destampado até que os feijões fiquem bem macios, quase desmanchando. Se o nível da água baixar muito, complete com mais. Quando estiverem prontos, escorra e reserve.
  2. Se usar os feijões em lata, apenas escorra e reserve.
  3. Derreta a manteiga em uma frigideira grande e refogue a cebolae o alho até que amoleçam. Junte o tomate e cozinhe por 2 minutos.
  4. Adicione os feijões cozidos ou em lata escorridos e vá mexendo, amassando com um garfo até que vire uma polpa macia.
  5. Tempere com sal, pimenta, cominho e pimenta-caiena a gosto.
  6. Guarde na geladeira se não for servir ainda e reaqueça no vapor. Na hora de servir, cubra a pasta de feijões quentes com o queijo, para que ele derreta.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Pão de Milho Cretino de Fácil


Acho que não existe uma cultura na América inteira que não tenha seu próprio pão de milho. Não é prá menos, já que o milho é nativo deste lado do mundo. Este aqui, no caso, é dos Estados Unidos, muito popular na cozinha do sul, chamada de "soul food", uma mistura da culinária dos americanos do sul e dos escravos africanos da região. Este "cornbread" é conhecido por ser rápido, fácil e muito barato, razão pela qual foi popular durante períodos de guerra. Ele costuma servir de entrada ou acompanhamento para pratos substanciosos de carne e feijão. Para os carnívoros de plantão, sugiro prepará-lo para sua próxima feijoada.

Originalmente, o pão deve ser preparado em uma frigideira de ferro fundido. No entanto, obtive excelentes resultados usando uma simples forma de bolo. Mas você pode usar o que tiver, desde uma frigideira de aço inox (que não seja antiaderente e não tenha cabos que derretem) até travessas refratárias e formas de bolo inglês.

O caso é que esse pão é mais fácil de se fazer do que um bolo, então realmente não há desculpa para não tentá-lo.

PÃO DE MILHO AMERICANO
tempo de preparo: 35 minutos
rendimento: 1 pão


Ingredientes:
  • 1 1/3 xíc. de farinha
  • 1 xíc. de fubá fino
  • 2 colh. (chá) de fermento químico em pó
  • 1 cholh. (chá) de sal
  • pimenta-do-reino moída a gosto
  • 1 1/4 xíc. de leite
  • 2 colh. (sopa) de mel
  • 2 ovos grandes
  • 1/3 xíc. + 1 colh. (sopa) de óleo de milho
  • 8 cebolinhas verdes grandes picadas fino
Preparo:
  1. Pré-aqueça o forno a 200-205ºC. Escolha qualquer forma redonda de 25cm e coloque-a no forno para esquentar.
  2. Em uma tigela grande, peneire a farinha, o fubá, o fermento, o sal e a pimenta. Reserve.
  3. Em uma tigela menor, bata com um garfo os ovos, o leite, o mel e 1/3 xícara de óleo, até ficar mais ou menos homogêneo.
  4. Faça um buraco no meio dos ingredientes secos e derrame ali os líquidos, misturando com uma colher apenas o suficiente para ficar mais ou menos homogêneo. Não ligue para as pelotas. Junte a cebolinha e misture.
  5. Com luvas, retire do forno a forma e derrame nela a 1 colher de óleo. Parecerá muito, mas é assim mesmo. Com cuidado, gire e mexa a forma para que o óleo espalhe pelo fundo e um pouco pelas laterais da forma. Vai sobrar óleo no fundo, não se preocupe.
  6. Derrame na forma a massa amarela e volte ao forno. Asse por 30 minutos aproximadamente, até que a superfície esteja dourada e um palito saia limpo quando inserido no meio. Retire do forno e deixe descansar uns 5 minutos antes de desenformar. Sirva quente ou em temperatura ambiente.

domingo, 3 de dezembro de 2006

Almoço de domingo

Não existe nada que evoque mais em mim o espírito culinário de minha avó do que um almoço de domingo. Daqueles fartos, sem pressa, em que se demora não menos de 3 horas à mesa, beliscando um pouquinho, fazendo onda de satisfeito, conversando, distraindo-se e então encontrando espaço para um bocadinho mais no prato. Dizia-me frustrada, porém, porque minha sala minúscula não comportava uma mesa de jantar, por menor que fosse, devido à escrivaninha onde repousa o computador. Hoje, no entanto, convenci meu namorado a trocar a escrivaninha pela mesa da cozinha, para que almoçássemos com mais conforto, e por isso estou particularmente feliz (não é preciso muita coisa para me agradar, como você pode ver). Então, contente como estou pelo sucesso absoluto do almoço, gostaria de compartilhar com vocês o cardápio e as receitas de hoje, para que possam duplicá-lo total ou parcialmente à vontade. E aos amigos, uma promessa: agora com um lugar decente para aproveitar a refeição, estejam certos de que convites para jantares e almoços virão com mais freqüência.

Quando meus sogros chegaram, a mesa estava arrumada com uma toalhinha xadrez bordada pela avó de meu namorado, pratos brancos, talheres, copos, uma cestinha de pão italiano em fatias e dois antipasti muito simples em dois potinhos de louça azul: azeitonas pretas temperadas e queijo feta marinado com tomates secos. São simples porque bastou que na noite anterior, antes de ir dormir, eu misturasse as azeitonas com as ervas e o azeite em um pote, e o queijo em cubinhos, os tomates, ervas e azeite em outro, tampando bem com filme plástico e deixando na geladeira para tomar gosto até o dia seguinte. Deixamos que eles beliscassem o quanto quisessem, mergulhando o pãozinho no azeite aromatizado, enquanto bebiam uma cerveja gelada durante a insuportavelmente quente tarde desse domingo. Avisei-os sobre os pratos que comeriam em seguida, é claro, para não se empanturrarem demais logo no começo.

Ao vê-los diminuir o ritmo da petiscagem, fui à cozinha e em 5 minutos piquei grosseiramente um pouco de alface e rúcula, refoguei os cogumelos que deixara fatiados antes que meus sogros chegassem, e montei os pratos pequenos individualmente, finalizando com pinoli tostado e lascas de parmesão. Antes de levar os pratos à mesa, apanhei as lasagne de alcachofra que eu fizera no dia anterior e deixara na geladeira coberta com papel filme, e coloquei no forno que eu ligara no momento em que eles haviam chegado. De modo que, ao terminarem as saladas, o prato principal estava pronto para ser servido. Retirei os pratos sujos e trouxe a travessa de lasagne para que cada um se servisse. Terminamos o almoço com um grande pedaço de parmesão e um cafezinho de Bialetti para arrematar. Tínhamos sorvete no freezer, mas estavam já todos bastante satisfeitos.

Deixo com vocês as receitas, então, e no próximo post, dicas para um almoço ou jantar descomplicado, independente dos pratos escolhidos.

ANTIPASTI:
AZEITONAS TEMPERADAS & QUEIJO FETA MARINADO COM TOMATES SECOS
(de O Livro Essencial dos Aperitivos)
tempo de preparo: 10 minutos
rendimento: 4-5 pessoas


Ingredientes das Azeitonas:
  • 200g de azeitonas pretas sem caroço
  • 1 colher (chá) de orégano
  • 1/2 colher (chá) de sementes de coentro
  • 1/2 colher (chá) de sementes de erva-doce
  • pimenta calabresa seca picada a gosto
  • pimenta-do-reino a gosto
  • azeite extra-virgem

Ingredientes do Queijo Feta Marinado:
  • 150g de queijo tipo Feta ou outro queijo duro e salgado, cortado em cubos
  • 100g de tomate seco conservado em óleo
  • 1/2 colher (chá) de sementes de coentro
  • 1/2 colher (sopa) de orégano
  • 2 ramos de alecrim fresco
  • pimenta calabresa seca picada a gosto
  • azeite extra-virgem

Preparo:
Em dois potes separados, misture todos os ingredientes de cada um dos antipasti, tampe bem ou cubra firmemente com filme plástico, para que não entre ar, e deixe na geladeira por até 2 dias tomando gosto. Na hora de servir, pode ir direto da geladeira à mesa.

ENTRADA:
SALADA VERDE COM COGUMELOS QUENTES
tempo de preparo: 10 minutos
rendimento: 4 porções


Ingredientes:
  • 4 cogumelos Portobello frescos, grandes
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • quantidades iguais de alface (podem ser vários tipos) e rúcula orgânicas (1 pacote de salada orgânica pronta é suficiente)
  • 1 punhado pequeno de pinoli
  • queijo tipo parmesão
  • vinagre branco de qualidade
  • azeite extra-virgem
  • sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo:
  1. Corte ou rasgue em pedaços menores as folhas e disponha-as nos pratos (como há ainda o prato principal, e seus convidados já comeram antipasti, pouco mais de um punhado de folhas em um pratinho de sobremesa está perfeito).
  2. Coloque os pinoli em uma frigideira bem quente e toste-os ligeiramente por 2-3 minutos, até que seu aroma fique intenso. Reserve.
  3. Corte fora os talos dos cogumelos e fatie fino seus chapéus. Derreta a manteiga em uma frigideira larga e refogue os cogumelos brevemente, até que escureçam um pouco e fiquem macios. Tempere-os cuidadosamente com sal e pimenta.
  4. Coloque os cogumelos sobre os montinhos de folhas nos pratos, e tempere com uma colher de chá de vinagre e uma colher de sopa de azeite cada porção. Salpique os pinoli por cima. Com uma faquinha ou um descascador de legumes, tire lascas finas do parmesão, ou rale-o na parte mais grossa do ralador, sem exageros, e deposite as lascas sobre os pratos. Sirva imediatamente.

PRATO PRINCIPAL:
LASAGNE De ALCACHOFRA
(adaptado do livro Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica)
tempo de preparo: 40 minutos
rendimento: 4 porções bastante generosas


Ingredientes:
  • 1 pacote de fundos de alcachofra congelados Bonduelle
  • 1/2 pacote de massa seca de lasagne Barilla
  • 1 limão siciliano
  • manteiga
  • 2 xícaras de leite integral
  • 3 colheres (sopa) de farinha de trigo
  • 100g de queijo parmesão ralado
  • 1 pitada de noz moscada ralada na hora
  • pimenta-do-reino branca e sal a gosto

Preparo:
  1. Encha um caldeirão com água, 1/2 colher de sopa de sal, suco de meio limão e 3 colheres (sopa) de manteiga e deixe ferver. Adicione as alcachofras (direto do freezer) e, ao retornar a ebulição, conte 20 minutos com a panela destampada.
  2. Escorra as alcachofras, deixe que esfriem um pouco e corte-as em fatias finas. Reserve.
  3. Em uma panela, aqueça o leite em fogo baixo até formar bolhinhas nas laterais. Enquanto aquece, derreta 4 colheres (sopa) de manteiga em fogo baixo em uma panela e adicione a farinha, mexendo rápida e energicamente com uma colher de pau, até formar uma pasta amarela. Não deixe a pasta escurecer. Vá juntando o leite quente cerca de 2 colheres por vez mexendo bem e esperando que o leite seja absorvido antes de juntar mais. Depois da 4ª vez, adicione em maior quantidade, até terminar o leite, mexendo bem com a colher de pau ou um batedor de arame, para não formar grumos. Continue mexendo, até que o creme, agora branco, fique com a consistência de creme de leite. Tempere com sal (cerca de 1 colher de chá), pimenta branca e noz moscada, e junte o molho branco às alcachofras reservadas, guardando cerca de 8 colheres do molho na panela.
  4. Unte uma travessa ou assadeira pequena-média com manteiga e espalhe 2 ou 3 colheres do molho no fundo, cobrindo com a massa seca de lasagne. Se não couber, quebre as pontas da massa para que se adapte à sua travessa. Espalhe uma camada fina das alcachofras com molho, cubra com uma porção generosa de queijo ralado e então uma camada de massa seca. Repita as camadas até terminar com a massa por cima (depois de mais ou menos 6 camadas). Cubra com o molho branco reservado, espalhe pequenos pedacinhos de manteiga na superfície e uma camada generosa de queijo ralado.
  5. Você pode cobrir com filme plástico e deixar na geladeira até o dia seguinte. Senão, coloque-a na grade superior do forno pré-aquecido a 200ºC po 15-20 minutos, até que uma crosta dourada se forme em cima. Sirva imediatamente, e não deixe a massa por mais de 20 minutos ou ficará mole demais.

Cozinhe isso também!

Related Posts with Thumbnails