quinta-feira, 9 de junho de 2011

Salada de repolho e laranja para um dia de chuva

O frio e a chuva acabam com minha vontade de comer sorvete, mas o mesmo não ocorre com as saladas. Muito pelo contrário, adoro as saladas de outono e inverno, com folhas robustas, frutas e castanhas. A falta da refeição quente não me assusta, contanto que haja uma xícara de chá fumegante esperando por mim em seguida. O melhor de tudo é que saladas como essa podem esperar sem murchar enquanto você troca uma fralda e coloca um bebê para dormir.

Basta fatiar fino um pouco de repolho, ralar grosso uma cenoura pequena e cortar gomos de uma laranja doce, em cima da tigela, para recolher todo o suco que pingar. Junte a isso fatias fininhas e quebradiças de queijo Feta, nozes picadas e sementes de girassol tostadas, que acredito que sejam as sementes mais aromáticas que existem ao serem aquecidas. Para temperar, sal, pimenta, azeite e um pouco de óleo de nozes. A acidez fica por conta do suco da laranja.

Poderia comer dessa salada por todos os meses de frio. Adoro sua textura, o sabor da laranja e a cor viva da cenoura, mais calorosa que o céu cinza e chuvoso lá fora.

Receita adaptada do lindo Apples For Jam, da Tessa Kiros.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Somen, acelga e tofu para um almoço tranquilo

O bebê segue meus movimentos com seus olhinhos alertas e azul-acinzentados. Ele parece gostar dos sons da cozinha, e apesar do tilintar de louças, da batida ritmada da faca contra a tábua de madeira e do burburinho da água da torneira sobre a pia de inox, ele adormece.

Abro a geladeira para apanhar meus ingredientes: molho de ostra, shoyu (ambos sem glutamato monossódico), mirin, um toco de tofu orgânico e uma linda e enorme acelga orgânica. Da despensa, apanho uma porção de somen. Tenho consciência de que somen costuma ser comido frio, mas em minha tentativa de trabalhar com o que tenho em mãos, o somen hoje será servido quente.

Coloco água para ferver numa panela pequena e aqueço um fio de óleo em uma frigideira. Corto o toco de tofu em pedaços menores e atiro-os ao óleo quente, dourando-os dos dois lados. Enquanto isso, misturo numa tigela um pouco de mirin, shoyu e cebolinhas picadas. No olho, a gosto. Aqueço outra frigideirinha pequena, onde tosto sementes de gergelim e junto-as ao molho. Assim que o tofu está pronto, ele vai para a tigela, para absorver os sabores. A frigideira grande continua no fogo enquanto mergulho algumas folhas de acelga fatiadas fino na água fervente. Um minutinho apenas. Então, com a ajuda de um pegador de metal, retiro as folhas amolecidas e verde-vivo da água e jogo-as na frigideira ainda com um pouco de óleo pelando. Muito barulho e uma nuvem de vapor branco. Junto uma colherada de molho de ostra e mexo bem, desligando o fogo. Na água ainda fervente vai o somen, por poucos minutos. Escorro-o e junto à acelga e ao molho com tofu, misturando tudo muito bem.

Levo minha tigela fumegante para a sala e vou buscar o bebê adormecido. Sento-me no sofá ao lado do cão peludo, quentinho e ligeiramente carente. Ele repousa sua cabeça em meu colo quando cruzo as pernas. O bebê dorme profundamente em sua cadeirinha, enrolado no xale de lã, e sei que ainda poderei cochilar por meia hora antes que ele acorde para mamar novamente.

sábado, 4 de junho de 2011

Queijo cottage, de novo, mas diferente

O despertador toca às cinco da manhã. Conformada, ainda que contrariada, levanto-me da cama, devagar, esticando os braços, sentindo os ombros ainda doloridos pelo peso do bebê. Sinto que meu corpo não acompanha o desenvolvimento do pequeno, e quando ele começa a se acostumar, o bebê cresce, engorda, fica mais pesado, exigindo mais de músculos que antes apenas sovavam pão.

Saio da cama, pés no assoalho frio, perguntando-me, mais uma vez, por que ainda não comprei pantufas. Vou de passos arrastados até o banheiro, lavar o rosto e tirar os cabelos desgrenhados da frente dos olhos. Preguiçosa mas cheia de determinação, visto a roupa de ginástica, uma camiseta por cima da outra, mais o moletom e o cachecol, por conta do frio. Com o tênis de corrida produzindo ruídos de borracha contra a madeira, agora caminho cuidadosa até a cozinha, ligando a cafeteira.

Preparo uma dose dupla de café preto, fatio meu pãozinho francês e espalho sobre os nacos uma colherada generosa de queijo cottage caseiro. Minhas pálpebras ainda estão pesadas, quando ouço os primeiros sons vindos do quarto do bebê, como um brinquedo desses que se aperta a barriga: breves, compassados, agudos e insistentes.

Passo pelo meu quarto. Marido e cachorro roncando. Encosto a porta e levo meu café-da-madrugada para a cômoda ao lado do berço. O bebê abre os olhos assim que acendo o abajur. Ele volta seu rostinho alerta pra mim, e ensaia um bico retorcido para baixo com seus labiozinhos cor-de-rosa, que sempre me corta o coração. Aproximo-me, segurando suas mãozinhas e falando com ele. O bico se desfaz no momento em que ele me reconhece. Enquanto troco sua fralda, ele esperneia, tentando rolar, indeciso entre chorar, manhoso e com frio, ou admirar o reflexo do abajur na vidraça da janela.

Sento-me na poltrona, bebê no colo, café ao lado, apoiado no trocador. Enquanto ele mama, esganado, depois de seis milagrosas e ininterruptas horas de sono, como meu pãozinho, tentando não derrubar migalhas nos seus cabelinhos ralos. O queijo caseiro é mais doce e suave do que a versão comprada em potes de plástico. Tem gosto de leite fresco e uma textura cremosa, de grumos pequenos, que derrete na boca. A imensa xícara de espresso termina de erguer minhas pálpebras e me aprontar para o dia por vir. Um dia inteiro de bebê alerta, querendo interagir e não cochilando mais do que 1 hora inteira. Um dia inteiro de cão carente, querendo brincar e passear. Um dia inteiro de cuidar da casa e ter certeza de que tudo e todos estão limpos e alimentados.

Coloco o bebê no berço ainda acordado, dou-lhe um beijo estalado na testa e faço-lhe um carinho entre as sobrancelhas, o que sempre o faz sorrir. Enquanto termino de apanhar minhas coisas (bolsa, carteira, iPod), ouço os ruídos estranhíssimos que ele emite enquanto tenta libertar os bracinhos agitados das cobertas. Ele produzirá mais alguns deles até soltar uma das mãos, que ele imediatamente levará inteira à boca escancarada, dormindo sozinho em seguida.

Abro a porta do quarto, digo "tchau!" para o marido, fornecendo-lhe as últimas notícias sobre o bebê e um "status" de fralda e mamada, e corro porta afora em direção ao clube, para 45 minutos de corrida, já com saudades daquelas bochechas cada vez mais redondas e cor-de-rosa.

QUEIJO COTTAGE
(receita dividida ao meio, vinda do lindo livro "Forgotten Skills of Cooking", de Darina Allen)
Rendimento: 1 xíc. bem cheia

Ingredientes: 
  • 1,25 l leite integral (de garrafa; NÃO use UHT)
  • 1/4 colh. (chá) coalho líquido
  • 1 colh. (sopa) água

Preparo:
  1. Aqueça o leite apenas até ficar morno. Misture o coalho à água e salpique sobre a superfície do leite, mexendo bem com uma colher. Cubra com um pano de prato e a tampa da panela (o pano evita que o vapor do leite condense e pingue de volta) e deixe quieto por 2 a 4 horas. 
  2. Com uma faquinha de ponta arredondada, corte o coalho num padrão xadrez e volte a panela ao fogo mínimo, apenas para amornar, até que você comece a ver o soro brotar. Não aqueça muito, ou o coalho ficará muito duro.
  3. Forre uma peneira com um pano próprio para isso, e posicione sobre uma tigela grande. Apanhe o coalho com uma concha e derrame sobre o pano. Amarre as pontas e deixe pendurado em algum gancho, pingando sobre a tigela, durante toda a noite (fora da geladeira). 
  4. No dia seguinte, coloque o queijo num potinho, salgue a gosto e consuma em até umas 2 semanas. Guarde o soro na geladeira e use para cozinhar.  

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Torta de salmão e brócolis

Vira e mexe sou honesta comigo mesma, apanho todas as minhas revistas de culinária e as massacro, arrancando as páginas com as receitas que eu sei que, DE FATO, prepararei um dia, e jogando na reciclagem todo o restante. Não adianta fingir que vou preparar aquele bolo de treze camadas ou uma "espuma" de alguma coisa. [Aliás, levante a mão quem acha que "espumas" parecem cuspes no prato.] O melhor caminho para enxugar aquela prateleira abarrotada é mesmo a sinceridade. Revistas inteiras, guardo apenas as que realmente são forradas de receitas preparáveis, como as minhas Gourmet (já rasgadas, amassadas e manchadas, de tanto uso) e as do Jamie Oliver, que, confesso, guardo principalmente pela qualidade das fotografias, excelentes referências para desenhar.

As chacinadas, noutro dia, foram as francesas Saveurs. Depois de selecionar as receitas testadas e aprovadas [como o arroz doce, meu favorito até agora] e as que pretendo fazer um dia, separei todas por estação do ano e guardei-as num fichário, para fácil acesso. O que de fato contribui para essa limpeza é o fato de colocar na reciclagem todas as receitas com carne (exceto peixes e frutos do mar).

Esta torta, da sessão "Outono", estava me paquerando havia muito tempo, apenas aguardando um belo brócolis, um pouco de ricotta e uma quinta-feira para comprar peixe fresco. Nunca havia preparado uma torta com peixe, veja só, e estava apreensiva com o resultado. Mas ela ficou muito saborosa, substancial, perfeita para um almocinho em dia frio. O peixe cozinhou deliciosamente, e não sobrecarregou o restante da torta com sua "peixisse".

Como sempre acontece com receitas francesas, tive um problema com a temperatura do forno. Resolvi seguir à risca e assar a torta aos indicados 180ºC, mas, sendo mais alta que uma quiche, ela demorou o dobro do tempo para ficar pronta. Talvez seja o caso de aumentar a temperatura uma vez que esteja com o recheio dentro.

TORTA DE BRÓCOLIS E SALMÃO
(ligeiramente adaptado da revista francesa Saveurs)
Tempo de preparo: 2h
Rendimento: cerca de 8 porções

Ingredientes:
(massa)
  • 250g farinha de trigo orgânica
  • 1 colh. (sopa) sementes de papoula
  • 5g sal
  • 125g manteiga sem sal gelada
  • 1 gema
  • 50ml água gelada
(recheio)
  • 4 ovos orgânicos
  • 300g creme de leite fresco
  • 200g ricotta
  • 400g salmão fresco sem pele
  • 1 brócolis pequeno
  • sal e pimenta-do-reino

Preparo:
  1. Numa tigela, misture a farinha, o sal e as sementes de papoula. Junte a manteiga em cubos e esfregue com as pontas dos dedos até obter uma farofa grossa. Junte a gema e a água e misture com um garfo até começar a formar uma massa. Amasse com as mãos, formando um disco, embrulhe em papel-alumínio e leve à geladeira por 30 minutos. 
  2. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Abra a massa em uma superfície ligeiramente enfarinhada e forre uma forma de fundo removível de 23-25cm, de bordas altas. Fure o fundo com um garfo, forre a massa com papel-alumínio e cubra com feijões secos. Leve a base da torta ao forno por 30 minutos, removendo os feijões e o papel-alumínio no meio do tempo. 
  3. Enquanto isso, corte o brócolis em floretes pequenos e cozinhe por uns 2 minutos em água fervente com sal. Escorra e reserve. 
  4. Corte o salmão em pedaços de cerca de 2cm, tempere com sal e pimenta e reserve. 
  5. Numa tigela, misture os ovos, o creme de leite e a ricotta. Tempere com sal e pimenta.
  6. Retire a base de torta do forno e espalhe o brócolis e o salmão sobre ela. Cubra com o creme de ovos e leve ao forno por mais 45 minutos, ou até que o recheio esteja dourado e firme. Não se importe com alguns chamuscados nos floretes de brócolis. Sirva imediatamente.

domingo, 15 de maio de 2011

Salada de espinafre. radicchio e maçã

Sei que deveria ter paciência e uma pitada de misericórdia comigo mesma, e fazer uso do mantra "faz só um mês que eu expeli um ser humano". Mas noutro dia, depois de uma noite mal dormida (culpa da insônia, e não do bebê), deparei-me com uma assustadora imagem no espelho: uma mulher pálida, de olheiras, cabelos desgrenhados e sem corte, molengona, vestida com as roupas largas e puídas da gravidez, pontuadas de manchas de leite regurgitado.

Choque.

Dei-me o direito de ficar deprimida com aquela figura por cinco minutos. Percebi quão fácil é, sozinha em casa com o bebê, deixar-se levar pelo cansaço, tédio social e fome por conta das mamadas, e simplesmente esquecer quem era aquela mulher pré-maternidade. Como, apesar de ter me cuidado durante a gravidez e engordado pouco, eu poderia facilmente desandar agora e enfiar o pé na jaca, tornando-me, de forma praticamente irreversível, uma mãe com barriga de pochete, moletom, perna peluda e cocô na testa.

Decidida a não deixar isso acontecer, fiz um voto de "não ao cocô na testa": apesar de minha calça jeans não entrar ainda (faltam 8 miseráveis quilos), estou me esforçando para sair por aí bonitinha, fazendo o melhor uso do que cabe em mim; a maquiagem saiu da gaveta, mesmo que para ficar em casa; e no mesmo dia em que o médico liberou, corri para a musculação. Incrível como senti falta da endorfina liberada pelos exercícios, o que, mais do que nunca, faz com que eu não entenda um ser humano sedentário.

Dou início ao projeto "Xô, pochete!', vulgarmente chamado "Projeto M.I.L.F." ;)

SALADA DE ESPINAFRE, RADICCHIO E MAÇÃ
(ligeiramente adaptado da revista Jamie)
Numa tigelinha, misture cerca de 2 colh. (sopa) de cebola fatiada fino e 1 colh. (chá) de vinagre de vinho tinto. Numa frigideira, toste algumas avelãs picadas grosseiramente  e 1 colh. (chá) de sementes de girassol. Numa tigela grande, misture 1 maçã pequena fatiada, punhados de radicchio e espinafre, as avelãs, as sementes, e queijo Stilton esmigalhado (ou outro queijo azul). Misture ao vinagre e cebola 1/2 colh. (chá) de mostarda de Dijon e 1 colh. (sopa) de azeite. Tempere a salada e coma imediatamente. Serve 1 porção.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mais um brownie. Porque eu mereço.

O bebê está acordado. Pela janela do quarto, a luz do sol entra tímida, aquecendo um pouco o ambiente. Bom momento para dar um banho no pequeno.

Posiciono a banheirinha perto da escrivaninha que usamos como trocador, junto à janela, e deixo tudo pronto para o processo: algodão, óleo de amêndoas, fralda nova, roupa limpa, toalha macia. Vou até a cozinha, balde em mãos, apanhar água quente para a banheira. São duas rápidas viagens, para que a banheira esteja suficientemente cheia para tornar o banho confortável para o bebê.

Apanho o pequenino e o coloco no trocador. Ele começa a chorar assim que sente a cobertura plástica contra as palmas das mãozinhas, sabendo que está prestes a ficar nu e com frio. Tento ser rápida para tirar-lhe o macacãozinho, a fralda suja, e limpá-lo bem antes de colocá-lo na água. Seus pulmões são poderosos, e emitem um ruído estridente e ritmado, sem cessar. Aprendi a ignorar esse choro durante o último mês, e simplesmente tentar acelerar o processo, ao invés de tentar confortá-lo durante.

Ele esperneia ao sentir a água morna tocar seus pés. Mas quando a água alcança já sua cintura, o choro pára, de repente. Seus grandes olhos ainda azul acinzentados voltam-se para mim, e ele relaxa. E relaxa. Relaxa perigosamente.

Pergunto-me de onde vem aquela água que atinge minha camiseta em cheio, e de repente me dou conta daquele chafariz deixando a banheira em minha direção. Instintivamente, mas sem pensar, puxo o menino para fora da água, e o fino jato de xixi cruza os ares em direção ao assoalho do quarto, o tapetinho branco em frente à poltrona e, então, novamente acertando a água limpa do banho.

Blasfemo um pouco.

Enrolo o bebê na toalha limpa e o coloco no berço, rezando para que ele não tenha relaxado tanto a ponto de prosseguir com suas funções fisiológicas. Corro para apanhar o balde grande. Desencaixo uma das pontas da mangueirinha da banheira e escoo a água mijada. O bebê se desenrola da toalha, e, com frio, volta a chorar, esganiçado e com suas primeiras lágrimas. Enrolo seu corpinho novamente e corro de volta à cozinha, balde vazio em mãos, para apanhar mais água quente.

Despejo a água nova na banheira vazia e apanho o bebê novamente, com um suspiro profundo e resignado. Então sinto mais água espirrar, desta vez nas minhas pernas, e olho para o bebê. Não, ele não está aprontando de novo. Quem apronta é a banheira: a outra ponta da mangueira desencaixou, e toda a água quente corre vertiginosamente pelo buraco, encharcando o assoalho.

Xingo a mãe de alguém, coloco o bebê aos berros novamente no berço, encaixo desajeitadamente a mangueira de volta no lugar, tapando o buraco, e corro até a área de serviço, pés molhados, marcando todo o piso, para apanhar todos os panos de chão da casa.

Seco rapidamente o assoalho, torcendo para que não fique manchado, e, pela terceira vez, apanho o balde e vou à cozinha buscar água quente. O choro histérico é agora só mais um ruído. Tendo certeza de que está tudo em seu devido lugar, despejo a água (em duas viagens) e apanho o bebê. O contato com a água faz com que ele se aquiete novamente. Desta vez não há chafariz; as águas estão calmas, e o bebê aproveita seu momento relaxante, como se sua mãe malvada não o tivesse abandonado com frio em uma toalha até então.

Banho tomado, seco em toalha limpa, fralda trocada e roupa quentinha no corpo. Hora de mamar e, então, dormir. Uma hora depois, ele desperta em pranto histérico. Descubro que sua fralda vazou e ele está cag*do da cintura até a sola do pé.

EU MEREÇO UM BROWNIE.

Este é da Dona Martha, doce e delicioso, tão denso e cremoso que parece um brigadeiro. Exatamente o que você precisa quando seu dia parece um filme do Gordo e o Magro.

BROWNIE
Tempo de preparo: 1h30
Rendimento: 16 pedaços

Ingredientes:
  • 1/2 xic. manteiga sem sal (120g)
  • 220g chocolate amargo
  • 1 1/2 xic. açúcar cristal orgânico
  • 4 ovos grandes, orgânicos
  • 1 colh. (chá) extrato natural de baunilha
  • 3/4 xic. farinha de trigo
  • 1/2 colh.(chá) sal

Preparo:
  1. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte com manteiga uma forma quadrada de 20cm e forre com papel-manteiga, deixando uma sobra de papel de 2cm para ajudar a desenformar. 
  2. Coloque a manteiga e o chocolate em uma tigela grande e derreta em banho-maria, mexendo com frequência com uma espátula. Remova do banho-maria e deixe esfriar por 10-15 minutos. 
  3. Junte o açúcar e misture bem. Junte os ovos, um a um, mexendo com um fouet. Acrescente a baunilha e então incorpore a farinha e o sal com uma espátula, apenas até que esteja homogêneo. 
  4. Despeje a massa na forma, alisando a superfície, e asse por 40-45 minutos, até que um palito inserido no meio do brownie saia apenas com algumas migalhas úmidas.
  5. Transfira para uma grade e deixe esfriar completamente. Puxe as abas de papel para desenformar, corte e mantenha em pote fechado por até 3 dias.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sopa de brócolis e Stilton

Talvez sejam os hormônios ainda retornando a seus níveis normais; talvez seja simplesmente a maternidade instalada; mas, como um porco-do-mato protegendo sua cria, tenho tido reações tempestuosas a determinados pitacos de pessoas à minha volta. Arreganho os dentes e saio querendo dilacerar quem diz que estou errada. Afinal, conselho e julgamento são coisas bem diferentes.

A primeira verdade é: my baby, my rules.

A segunda verdade é: se todo bebê fosse igual, seria mamão com açúcar criar filhos. Então não me diga que é o SEU jeito que funciona e não o que meu marido e eu estamos fazendo.

A terceira verdade: as pessoas parecem ficar temporariamente surdas quando você tenta explicar o modo como pretende criar seu filho. Você passa a gravidez inteira explicando como quer que as coisas funcionem no quesito alimentação, brinquedos, disciplina, e a criança mal completa três semanas e você já vê metade das regras quebradas, e já consegue ver quem vai dar a primeira bala de goma pro seu filho quando ele tiver apenas um pobre e indefeso dente de leite na boca.

*Suspiro*

Meu Eu-Controlador sente espinhos se eriçarem nas costas e fogo sair pelas ventas. [Sim, nessa metáfora sou um cruzamento de porco-espinho e dragão.] Vê-se logo que toda aquela doçura maternal que vocês esperavam que eu tivesse não ganhou muita força frente a meu habitual mau humor. ;)


De qualquer forma, essa tem sido a única chateação da maternidade no momento. Já me sinto menos cansada durante o dia e durante os fins de semana, o que tem me dado paciência e disposição para cozinhar com frequência e apelar para os meus pratos congelados apenas nos momentos desesperadores. Os burritos, aliás, fizeram tanto sucesso, que o marido prometeu que se eu abastecer o freezer com eles regularmente, ele nunca mais compra miojo. :D Será que eu acredito?

Ainda consegui um tecido para amarrar o bebê ao meu corpo, liberando meus braços e, finalmente, dando-me suficiente independência para voltar a passear o cãozinho, ir ao supermercado e afins. Ou mesmo usar as duas mãos para digitar, como estou fazendo agora. E isso me deixa muito, muito feliz. Agora tudo o que falta é voltar a correr; se tudo der certo, daqui a uma semana ou duas. :)

No fim, como diz meu marido, tem sido menos trabalho do que esperávamos e mais do que gostaríamos. Mas totalmente gerenciável, com um pouco de organização e uma boa dose de calma. Talvez o fato de eu estar genuinamente feliz ajude um bocado também.

Esta sopa de brócolis não é comida congelada, mas é tão fácil de fazer que pode ser uma boa pedida para quem também está com um pequerrucho dependurado no braço. E ela é tão saborosa, que vai fazer você esquecer que não vai dormir nada esta noite e que esqueceu de pedir ao marido para comprar pão para o dia seguinte. E melhor: tanto a sopa quanto a coberturinha de pão e sementes se mantém bem na geladeira (separados, é claro), só precisando requentar a sopa numa panela e dar uma tostadinha de leve nos croûtons numa frigideira antes de servir.  Bem mais fácil que criar filho, e nisso você pode dar pitaco à vontade.

SOPA E BRÓCOLIS E STILTON 
(Ligeiramente adaptada da Jamie Magazine)
Tempo de preparo: 20 minutos
Rendimento: 6 porções

Ingredientes:
  • manteiga
  • 2 cebolas, picadas
  • 500g brocolis, cortado em pedaços pequenos (usei o japonês)
  • 250g batatas, cortadas em pedaços de 1cm (com casca mesmo)
  • 5 xic. caldo de legumes caseiro
  • 1 fatia de pão amanhecido por pessoa (usei um integral, caseiro)
  • 50g nozes, picadas
  • azeite de oliva extra-virgem
  • uma pitada generosa de páprica
  • 2 colh. (sopa) sementes de abóbora, girassol ou uma mistura
  • 200g queijo Stilton ou outro queijo azul de qualidade, como Roquefort ou Gorgonzola
  • 2 colh. (sopa) creme de leite fresco
  • 1 colherinha de Jerez (opcional; usei Marsala)

Preparo:
  1. Derreta a manteiga numa panela grande, em fogo médio e junte a cebola. Diminua o fogo e cozinhe, mexendo, até que esteja amolecida, sem deixar dourar. 
  2. Junte o brócolis e a batata e mexa algumas vezes. Junte o caldo e leve à fervura. Abaixe o fogo novamente  e cozinhe até que os legumes estejam macios, cerca de 15 minutos. 
  3. Enquanto isso, corte o pão em pedaços pequenos e misture com as nozes, a páprica, sal e pimenta. Aqueça um pouco de azeite numa frigideira grande e junte a mistura de pão, mexendo até que doure. Transfira para um prato e coloque as sementes na mesma frigideira, tostando até que estejam perfumadas. Junte ao pão. 
  4. Quando os vegetais estiverem macios, junte metade do queijo e bata no liquidificador, em partes, tomando cuidado ao bater líquidos quentes. Junte o creme e acerte o tempero. Se quiser, misture com o Marsala ou Jerez. 
  5. Sirva em tigelas, com a cobertura de pão e sementes e o restante do queijo esmigalhado.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Brownie branco e preto de bebê dormindo

Quinze dias se passaram desde que meu mini-metaleiro veio ao mundo com suas cordas vocais prontas para acabar com o silêncio da casa. Bonzinho, no entanto, ele tem dado menos trabalho do que esperávamos, e conforme nos acostumamos com o sono interrompido, as refeições interrompidas e até os banhos interrompidos, começamos a identificar alguma rotina no comportamento do pequeno e relaxar. Até conseguimos ver um filme e fazer brownies de vez em quando.

Ser metódica e organizada compensou um bocado. As refeições congeladas para emergências estão sendo providenciais quando o sono me alcança já às seis da tarde; uma rotina doméstica organizada tem nos ajudado a manter a casa incrivelmente em ordem para um lar com um recém-nascido de pais de primeira viagem; a cesta orgânica entregue em casa diminuiu minha necessidade de ir ao supermercado; mãe que gosta de passear o cachorro é uma bênção. Aliás, o conselho da mãe também: "quanto menos tralha de bebê você tiver, mais fácil vai ser se organizar". Dito e feito. A família esperava que fôssemos ficar como baratas tontas, mas confesso, com certo orgulho, que estamos tranquilos, e, no fim das contas, a única ajuda de que estamos precisando é mesmo com os passeios do Gnocchi.

Eu não esperava me apaixonar tão rapidamente por aquele serzinho roxo e melecado que colocaram no meu colo. Ele nasceu de olhos bem abertos, fixos nos meus, e não me canso de olhá-los, de acariciar seus cabelinhos, de massagear seus pezinhos imensos, como os meus. Aliás, fora isso e os longos dedos das mãos, ele não se parece em nada comigo. É inegavelmente a cara do pai. Do formato dos olhos ao cenho franzido, mau-humorado, passando pela curvatura do narizinho e a cor dos cabelos, castanhos, com um suave reflexo dourado nas raízes.

Numa tarde tranquila, em que meu matador de dragões sonhava com reinos distantes, troquei o cochilo por estes brownies. Tão fáceis, que quando ele acordou de repente, terminei-os com uma mão só, bebê equilibrado no outro braço. Os brownies ficam doces e bastante densos, ideais para momentos de fome avassaladora pós-mamadas estilo "café colonial" [Thomas é um ogro, esfomeado que só ele; o que é ótimo, pois seu apetite já eliminou quase todo o peso ganho durante a gravidez].

BROWNIE PRETO E BRANCO
(ligeiramente adaptado da revista Jamie)
Tempo de preparo: 20min + 30-40 min de forno
Rendimento: cerca de 20 quadrados

Ingredientes:
  • 180g manteiga sem sal
  • 300g açúcar cristal orgânico
  • 150g de farinha orgânica
  • 1/2 colh. (chá) fermento químico em pó
  • 1/8 colh. (chá) bicarbonato de sódio
  • 3 ovos grandes, orgânicos
  • 1/2 colh. (chá) extrato natural de baunilha 
  • 1 colh. (sopa) cacau em pó
  • 75g chocolate amargo, picado (ou em gotas/callets)
  • 75g chocolate branco, picado (ou em gotas/callets)
  • 100g avelãs, picadas

Preparo:
  1. Pr´é-aqueça o forno a 180ºC. Unte com manteiga e enfarinhe uma assadeira de 20x30cm. 
  2. Numa panela, derreta a manteiga e o açúcar, mexendo até que esteja tudo dissolvido e homogêneo. Retire do fogo e junte a farinha, fermento e bicarbonato, e em seguida os ovos e a baunilha, mexendo bem. 
  3. Divida a mistura entre duas tigelas. Em uma, misture o cacau, o chocolate amargo e metade das avelãs. Na outra, misture o chocolate branco e o restante das avelãs. 
  4. Despeje colheradas intercaladas das duas massas na assadeira. Passe uma faquinha entre elas, criando um efeito marmorizado, mas sem misturá-las demais, e leve ao forno por 30-40 minutos, até que a parte de cima tenha uma aparência seca e brilhante e um palito saia limpo quando inserido no centro. 
  5. Deixe esfriar na forma, sobre uma grade. Então desenforme e corte.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Volto quando puder... Me aguardem.

A espera acabou, finalmente. Meu mini-metaleiro, matador de dragões, cavaleiro ítalo-germânico, veio ao mundo no dia 3 de abril, forte e bonitão. Mas nadinha parecido com o desenho. Cabeludo, porém de madeixas castanhas. :)

Volto quando o pequeno deixar. Obrigada a todos pela força nos últimos meses.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Persistência e barras de coco e maracujá

Eu tenho um histórico de desistência em alguns pontos da minha vida. Normalmente relacionados àquela intuição de que você vai se dar mal ou fazer papel de idiota se continuar pelo caminho escolhido. Como foi o caso de um curso de dança cuja coreografia era vergonhosamente ruim, e resolvi saltar do barco antes de afundar com todas as outras alunas no dia da apresentação. Vendo a apresentação, depois, fiquei aliviada com minha decisão.

Em outras áreas da minha vida, no entanto, [preparem-se para o cliché de filmes de ação] "desistir não é uma opção". Quando sei que posso fazer melhor, não consigo me conformar com a mediocridade. Sempre exigi muito de mim mesma; não é nem uma questão de perfeccionismo, mas de conhecer meu potencial e saber que ainda não cheguei ao ponto de que sou realmente capaz.

Detesto me dar conta de que não sei alguma coisa dentro de um tema que me interessa. Se eu gosto de fazer pães, corro atrás de toda a informação disponível para me ajudar a fazer pães melhores, porque sei que sou capaz de fazê-los, e, uma vez encontrada e absorvida toda essa informação, decido até onde estou disposta a ir. Mas não paro no meio do caminho. Se não conheço uma palavra, corro atrás do dicionário. Se não acerto uma ilustração de primeira, faço outras. Não me conformo com o erro: procuro identificar suas causas e corrigi-las na próxima tentativa, se possível. Na minha profissão, nos meus hobbies, e em tantas outras áreas de minha vida.

Talvez por isso me irrite tanto com gente João-Sem-Braço, com complexo de Horácio, incapaz de buscar suas próprias soluções, de gastar tempo pesquisando, ou mesmo manter-se quieta com seus pensamentos por cinco minutos, raciocinando sozinha. Gente que quer tudo mastigado, o tempo todo.

Fiquei pensando sobre isso ontem, quando decidi preparar essas barras de coco e maracujá como sobremesa do almoço que estava cozinhando para minha cunhada, recém-chegada da Itália. Preparei a base de massa como descrita na receita, mas notei que a textura não era de "massa grudenta", como indicada, e sim um creme. Como ainda tinha pouca familiaridade com as sobremesas daquele livro, resolvi ir contra meus instintos e prosseguir, espalhando o creme na forma com uma espátula e levando ao forno. Resultado: meleca. O creme borbulhou, cozinhou, e não ficou nada parecido com o que deveria ficar. Na pressa, decidida a não desistir da minha sobremesa, fiz uma pâte-brisée básica, mas justamente pela pressa e pela irritação dos primeiros ingredientes perdidos, fiz o serviço de qualquer jeito, e apesar de saborosa, a massa encolheu na forma, revelando imensos buracos, incapazes de segurar o creme que viria por cima. Lixo, novamente.

Nesse momento, respirei fundo. Não queria desistir daquela sobremesa daquela forma. Já não havia mais manteiga na geladeira ou tempo para prepará-la, então resolvi parar, respirar, almoçar, e atacar o problema mais tarde.

Saí, comprei mais manteiga e olhei novamente para a receita. Aquela base de massa, com fermento, não era como um bolo, como havia ficado, nem como uma pâte-brisée, como havia tentado substituí-la. Era como um biscoito. Comecei novamente. Bate a manteiga e o açúcar, mistura o ovo e a baunilha, acrescenta a farinha e o fermento. Creme. De novo. Não fora a técnica, então. Era a proporção de ingredientes. Talvez aquela mísera meia xícara de farinha fosse um erro de digitação. Aquela não era uma textura apropriada para uma base de biscoito. Comecei a acrescentar mais farinha, 1/4 de xícara por vez. Então ela começou a tomar corpo, e finalmente atingiu a consistência de "massa grudenta", uma que você fosse capaz de espalhar na forma com mãos enfarinhadas, como a receita pedia.

Prossegui. Coloquei a massa no forno. E não abri meu leite de coco ou meu maracujá até ter certeza de que a massa assara perfeitamente. Eureka. Preparei a cobertura cremosa rapidamente, despejei sobre a base firme de biscoito e terminei as barrinhas com sucesso total. Elas ficaram perfeitas e deliciosas, crocantes por baixo e cremosas por cima, com uma textura entre um pudim e um cheesecake, com as laterais e o topo mais firmes e caramelizadas.

E pensei sobre a persistência, sobre todos os bolos e biscoitos e cheesecakes que estraguei na vida, e os que deram certo, e todos os livros e websites que li a respeito, todas as técnicas que aprendi ao longo do processo e a confiança que adquiri para tentar corrigir meus próprios erros e arriscar meus ingredientes em novas tentativas. Como essa busca funciona da mesma forma em qualquer tema, como aprender vários idiomas: o próximo idioma será sempre mais fácil, pois você já tem uma base de comparação com os anteriores, e sua mente vai criando automaticamente as conexões entre as palavras das diferentes línguas, até um ponto em que você raramente precise de um dicionário.

E isso dá um prazer imenso. O acertar depois de muitas tentativas fracassadas, sentir a evolução, sentir-se confiante no que você faz e no que você sabe. E por isso não me conformo com quem se conforma em não saber. Com quem percebe uma carência de informação e não corre atrás. Com quem não quer aprender. Com quem não tenta se aprimorar. No trabalho, na vida pessoal, em seus hobbies, o que for.

Para quem não se conforma também, barrinhas de coco e maracujá, com a quantidade de farinha corrigida. Mas vá acrescentando aos poucos, como eu fiz, porque medidas em volume são sempre pouco confiáveis, e você pode conseguir essa textura com menos (ou mais) farinha.

BARRAS DE COCO E MARACUJÁ
(ligeiramente adaptado do livro Bill's Sidney Food, de Bill Granger)
Tempo de preparo: 1h-1h30
Rendimento: cerca de 20 barrinhas

Ingredientes:
(base)
  • 125g manteiga sem sal, em temperatura ambiente
  • 1 xic. açúcar cristal orgânico
  • 1 ovo grande, orgânico
  • 1 colh. (chá) extrato natural de baunilha
  • 1 1/2 xic. farinha de trigo
  • 1 colh. (chá) fermento químico em pó
  • 1 pitada de sal
(recheio)
  • 4 ovos grandes, orgânicos
  • 1 xic. açúcar cristal orgânico
  • 1 xic. coco em flocos não adoçado
  • 1/3 xic. farinha de trigo
  • 1 1/2 xic. creme de leite fresco
  • 160ml leite de coco
  • suco e casca ralada de 1 limão (tahiti ou siciliano; usei tahiti)
  • 1/2 xic. polpa fresca de maracujá (cerca de 2 grandes)

Preparo:
  1. Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma assadeira de alumínio de 20x30cm com manteiga e forre o fundo e as laterais com papel-manteiga. 
  2. Na batedeira, ou com uma colher de pau, bata a manteiga e o açúcar até que fique clara e cremosa. Junte o ovo e a baunilha e bata até ficar homogêneo. Junte o fermento e a farinha, aos poucos, até conseguir uma textura de massa de biscoito grudenta, mas suficientemente firme para que você consiga espalhar na forma de modo uniforme, amassando com as mãos enfarinhadas. Se estiver grudando nos dedos, mesmo enfarinhados, ainda não deu o ponto. 
  3. Leve ao forno por 15 minutos, ou até a superfície pareça seca. Retire do forno e prepare o creme.
  4. Na tigela da batedeira, ou com um fouet, bata os ovos e o açúcar até que fiquem claros. Junte o restante dos ingredientes, misturando bem. Despeje sobre a massa de biscoito e volte ao forno por 35-40 minutos, ou até que esteja dourado. 
  5. Retire do forno e deixe esfriar na forma completamente. As barrinhas são suficientemente firmes para serem desenformadas como um bolo, virando de cabeça para baixo numa grade, retirando o papel-manteiga e invertendo novamente numa tábua, para serem cortadas. Não há indicação de como guardá-las na receita original, mas, como uma torta, eu as mantenho na geladeira, em um pote bem fechado.

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