Choque.
Dei-me o direito de ficar deprimida com aquela figura por cinco minutos. Percebi quão fácil é, sozinha em casa com o bebê, deixar-se levar pelo cansaço, tédio social e fome por conta das mamadas, e simplesmente esquecer quem era aquela mulher pré-maternidade. Como, apesar de ter me cuidado durante a gravidez e engordado pouco, eu poderia facilmente desandar agora e enfiar o pé na jaca, tornando-me, de forma praticamente irreversível, uma mãe com barriga de pochete, moletom, perna peluda e cocô na testa.
Decidida a não deixar isso acontecer, fiz um voto de "não ao cocô na testa": apesar de minha calça jeans não entrar ainda (faltam 8 miseráveis quilos), estou me esforçando para sair por aí bonitinha, fazendo o melhor uso do que cabe em mim; a maquiagem saiu da gaveta, mesmo que para ficar em casa; e no mesmo dia em que o médico liberou, corri para a musculação. Incrível como senti falta da endorfina liberada pelos exercícios, o que, mais do que nunca, faz com que eu não entenda um ser humano sedentário.
Dou início ao projeto "Xô, pochete!', vulgarmente chamado "Projeto M.I.L.F." ;)
SALADA DE ESPINAFRE, RADICCHIO E MAÇÃ
(ligeiramente adaptado da revista Jamie)