A perspectiva das mudanças por vir (físicas, emocionais, de rotina, de hábitos, de casa, talvez...) me trazem ao mesmo tempo prazer e ansiedade. Meu eu-metódico fica apavorado com a possibilidade de ter de mudar o horário do treino de corrida, por exemplo, ao mesmo tempo em que meu outro eu, o com bom senso, explica que a vida é assim mesmo, e que eu vou precisar me adaptar.
Enquanto isso, para não surtar muito, para não me ver planejando uma agenda virtual do futuro baseada em variáveis imprevisíveis, atenho-me ao prazer de saber que teremos um rapazote saudável, quiçá inteligente, e bonito não dói, então, por que não bonito também?! Grandes esperanças de que puxe o cabelo do pai, que é lisinho e sem mistério, porque se o moleque inventar de usar chapinha, vai apanhar de chapinha quente. ;) Emo não!
Para trazer o conforto daquilo que não muda, ontem preparei lentilhas do meu jeito. Não importa quantas receitas teste, volto sempre para essa, a melhor, mais saborosa, favorita de todos os tempos. Para duas pessoas, refoguei meia cebola média em uma colher de manteiga, até amaciar. Juntei alguns raminhos de tomilho, uma folha de louro e 1/2 xic. de lentilhas verdes e 1 xic. de água. Deixei levantar fervura e então cozinhei semitampado, em fogo baixo, por cerca de 20 minutos. O importante é o ponto da lentilha, que deve estar macia, mas ainda mantendo sua forma. Se já estiver pronta e ainda restar líquido na panela, é só escorrer. Se a água estiver quase no fim e elas ainda estiverem duras, junte mais água quente. Quando estão prontas, tempero com sal e pimenta-do-reino moída na hora, a gosto, um fio generoso de azeite, uma colherinha de vinagre (tinto, branco, tanto faz), 1/2 colh. (sopa) de mostarda de Dijon e um belo punhado de salsinha e cebolinha picados. Tãaao bom...
E para mudar um pouquinho, misturei as lentilhas a rabanetes pequenos fatiados, queijo feta esmigalhado e um maço de folhas de rabanete picadas grosseiramente e refogadas em alho e azeite. Caso seus rabanetes venham sem as folhas, ou elas estejam muito amarelas e murchas, substitua por folhas de nabo, espinafre, ou mesmo folhas de mostarda, que são uma delícia.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Só manteiga salva
No supermercado, cestinha de metal na mão, tomei uma decisão impulsiva. Consciente de que restava apenas um naco de manteiga na geladeira, suficiente para as torradas do dia seguinte, respirei fundo e apanhei uma garrafa de 1kg de creme de leite fresco. Imbuída de orgulho e expectativas, voltei para casa decidida a fazer manteiga.
Apesar de já ter visto uma centena de blogs falando a respeito e outra dezena de livros com instruções precisas, foi o Forgotten Skills of Cooking que abri para ser meu guia. Ando apaixonada por esse livro, suas histórias e suas preciosas informações a respeito de comida de verdade. Não apenas a autora nos fornece relatos apaixonados sobre uma vida mais natural – que vou começar a chamar de uma vida "normal", porque a vida que se têm hoje em dia simplesmente não é –, mas ela também se apoia em estudos recentes que corroboram com o retorno do leite cru, das gorduras naturais, dos orgânicos, do ritmo mais lento, do feito em casa, do artesanal. Não é apenas moda, é uma necessidade.
É claro que na minha cozinha pequena e ainda um pouco atrapalhada – a gravidez parece ter colocado alguns neurônios meus para dormir, e ando distraída e sem foco – acabei fazendo bagunça e sujando mais louça do que o necessário. O que tornou o processo de limpeza da bagunça, desengordurando todos os utensílios que usei sem precisar deles, um pouco chato. Fazer a manteiga, no entanto, é um prazer, e é tão fácil que me sinto tentada a nunca mais comprar os tabletes prontos. A única coisa de que você precisa se lembrar é de encher algumas garrafas com água e colocar para gelar no dia anterior. E comprar seu creme de leite fresco. O seu favorito. O mais saboroso. O que bate o melhor chantilly. Pois sua manteiga, obviamente, só será tão boa quanto o creme que você usar. Se puder, compre um que seja apenas pasteurizado, e não homogeneizado. Aliás, isso vale para seu leite também. A textura e o sabor são melhores. Se puder colocar suas patinhas em creme de leite fresco de verdade, ainda cru, melhor ainda. Mas, voltando a nós pobres mortais que vivemos em São Paulo e só temos o pasteurizado nas gôndolas do supermercado. CLARO: estou falando de creme de leite de garrafa, aquele que fica na geladeira. Pelamordedeus, não vá me tentar fazer manteiga com o creme de lata ou o de caixinha. Muito menos com aqueles de caixinha que dizem que são feitos para chantilly. Aquilo é um creme mequetrefe misturado a gomas para criar textura e não deve nunca entrar na sua cozinha. Eca... :P
Bom... a manteiga. Você só precisa de creme de leite. Com 1kg de creme, produzi 2 tabletes de 210g e cerca de 500ml de buttermilk. Mas isso, acredito, vai depender do teor de gordura do seu creme, assim como a cor do produto final. Se o dia estiver quente, coloque a tigela da batedeira para gelar um pouco antes de começar. Tenha à mão uma outra tigela de inox e uma peneira fina ou um escorredor forrado com um pano fino (cheesecloth). Tenha certeza de que há água gelada o bastante na geladeira (uns 3 litros) e mãos à obra.
Bata o creme de leite em velocidade média na batedeira. Dependendo da quantidade de creme e de sua batedeira, pode demorar um pouco, mas ele vai ficar com consistência de chantilly, vai começar a ficar granulado e, de repente, você verá que os glóbulos de gordura se separaram do líquido, parecendo ovos mexidos nadando em leite. Pare a batedeira. Esse líquido esbranquiçado é o buttermilk, e você quer retirá-lo da manteiga e guardá-lo. Passe todo o conteúdo da batedeira pela peneira e escorra bem, recolhendo o buttermilk na tigela. Volte a manteiga para tigela da batedeira e bata por mais 30-60 segundos, para ter certeza de que todo o buttermilk saiu. Se algum líquido se desprender, escorra novamente pela peneira e volte a manteiga para a tigela da batedeira. Pronto, você já tem seu buttermilk e pode guardá-lo numa garrafinha fechada na geladeira.
Cubra a manteiga com água gelada. Mergulhe suas mãos (limpas, claro) na água gelada, e amasse, sove a manteiga, para desprender qualquer buttermilk que tenha sobrado. Quando a água parecer um pouco turva, escorra (agora na pia! Essa água não deve ser acrescida ao buttermilk!) e coloque mais água gelada. Repita a sova – é mais uma massagem espremendo do que uma sova propriamente dita – e a troca de água até que a água permaneça cristalina. Tenha certeza de que a água e suas mãos, principalmente, estão bem geladas, ou a manteiga começará a se liquefazer.
Escorra a água e divida a manteiga em pedaços de 100g ou 200g, lembrando-se de que a manteiga fresca vai durar alguns dias apenas na sua geladeira, então é melhor deixar na mantegueira apenas o que conseguirá consumir rapidamente e embrulhar as porções restantes em papel-manteiga ou filme plástico e guardar no freezer. Se quiser salgar sua manteiga, preservando-a por 2 ou 3 semanas, espalhe-a numa camada fina e salpique 1/4 colh. (chá) de sal fino para cada 100g de manteiga. Misture "sovando" com as mãos molhadas e geladas e então divida nas porções desejadas.
Se você tiver daquelas espátulas de madeira com ranhuras, próprias para a produção de manteiga, deixe-as de molho em água gelada por meia hora antes de começar e use-as para moldar a manteiga em tabletes e misturar o sal. Eu não tenho. Meus tabletes ficaram tortos, mas quem se importa?!
O resultado, feito com um creme bastante gorduroso, foi uma manteiga muito clara, delicadamente amarelada, e muito doce, mesmo o tablete que salguei para deixar na mantegueira (o tablete sem sal foi para o freezer, para ser usado depois). Ficou deliciosa, e não vejo a hora de tentar variações sobre o tema, como a manteiga "azeda", estilo francês, feita com creme azedo, quase um crème fraîche.
Achara estranho ler no livro que eu poderia usar o buttermilk em receitas ou para beber. "Manias irlandesas estranhas", pensei. Mas ao prová-lo entendi. É delicioso. Guarde-o na geladeira e use em poucos dias. O meu provavelmente virará Irish Soda Bread, só para manter a linha do livro. ;)
Apesar de já ter visto uma centena de blogs falando a respeito e outra dezena de livros com instruções precisas, foi o Forgotten Skills of Cooking que abri para ser meu guia. Ando apaixonada por esse livro, suas histórias e suas preciosas informações a respeito de comida de verdade. Não apenas a autora nos fornece relatos apaixonados sobre uma vida mais natural – que vou começar a chamar de uma vida "normal", porque a vida que se têm hoje em dia simplesmente não é –, mas ela também se apoia em estudos recentes que corroboram com o retorno do leite cru, das gorduras naturais, dos orgânicos, do ritmo mais lento, do feito em casa, do artesanal. Não é apenas moda, é uma necessidade.
É claro que na minha cozinha pequena e ainda um pouco atrapalhada – a gravidez parece ter colocado alguns neurônios meus para dormir, e ando distraída e sem foco – acabei fazendo bagunça e sujando mais louça do que o necessário. O que tornou o processo de limpeza da bagunça, desengordurando todos os utensílios que usei sem precisar deles, um pouco chato. Fazer a manteiga, no entanto, é um prazer, e é tão fácil que me sinto tentada a nunca mais comprar os tabletes prontos. A única coisa de que você precisa se lembrar é de encher algumas garrafas com água e colocar para gelar no dia anterior. E comprar seu creme de leite fresco. O seu favorito. O mais saboroso. O que bate o melhor chantilly. Pois sua manteiga, obviamente, só será tão boa quanto o creme que você usar. Se puder, compre um que seja apenas pasteurizado, e não homogeneizado. Aliás, isso vale para seu leite também. A textura e o sabor são melhores. Se puder colocar suas patinhas em creme de leite fresco de verdade, ainda cru, melhor ainda. Mas, voltando a nós pobres mortais que vivemos em São Paulo e só temos o pasteurizado nas gôndolas do supermercado. CLARO: estou falando de creme de leite de garrafa, aquele que fica na geladeira. Pelamordedeus, não vá me tentar fazer manteiga com o creme de lata ou o de caixinha. Muito menos com aqueles de caixinha que dizem que são feitos para chantilly. Aquilo é um creme mequetrefe misturado a gomas para criar textura e não deve nunca entrar na sua cozinha. Eca... :P
Bom... a manteiga. Você só precisa de creme de leite. Com 1kg de creme, produzi 2 tabletes de 210g e cerca de 500ml de buttermilk. Mas isso, acredito, vai depender do teor de gordura do seu creme, assim como a cor do produto final. Se o dia estiver quente, coloque a tigela da batedeira para gelar um pouco antes de começar. Tenha à mão uma outra tigela de inox e uma peneira fina ou um escorredor forrado com um pano fino (cheesecloth). Tenha certeza de que há água gelada o bastante na geladeira (uns 3 litros) e mãos à obra.
Bata o creme de leite em velocidade média na batedeira. Dependendo da quantidade de creme e de sua batedeira, pode demorar um pouco, mas ele vai ficar com consistência de chantilly, vai começar a ficar granulado e, de repente, você verá que os glóbulos de gordura se separaram do líquido, parecendo ovos mexidos nadando em leite. Pare a batedeira. Esse líquido esbranquiçado é o buttermilk, e você quer retirá-lo da manteiga e guardá-lo. Passe todo o conteúdo da batedeira pela peneira e escorra bem, recolhendo o buttermilk na tigela. Volte a manteiga para tigela da batedeira e bata por mais 30-60 segundos, para ter certeza de que todo o buttermilk saiu. Se algum líquido se desprender, escorra novamente pela peneira e volte a manteiga para a tigela da batedeira. Pronto, você já tem seu buttermilk e pode guardá-lo numa garrafinha fechada na geladeira.
Cubra a manteiga com água gelada. Mergulhe suas mãos (limpas, claro) na água gelada, e amasse, sove a manteiga, para desprender qualquer buttermilk que tenha sobrado. Quando a água parecer um pouco turva, escorra (agora na pia! Essa água não deve ser acrescida ao buttermilk!) e coloque mais água gelada. Repita a sova – é mais uma massagem espremendo do que uma sova propriamente dita – e a troca de água até que a água permaneça cristalina. Tenha certeza de que a água e suas mãos, principalmente, estão bem geladas, ou a manteiga começará a se liquefazer.
Escorra a água e divida a manteiga em pedaços de 100g ou 200g, lembrando-se de que a manteiga fresca vai durar alguns dias apenas na sua geladeira, então é melhor deixar na mantegueira apenas o que conseguirá consumir rapidamente e embrulhar as porções restantes em papel-manteiga ou filme plástico e guardar no freezer. Se quiser salgar sua manteiga, preservando-a por 2 ou 3 semanas, espalhe-a numa camada fina e salpique 1/4 colh. (chá) de sal fino para cada 100g de manteiga. Misture "sovando" com as mãos molhadas e geladas e então divida nas porções desejadas.
Se você tiver daquelas espátulas de madeira com ranhuras, próprias para a produção de manteiga, deixe-as de molho em água gelada por meia hora antes de começar e use-as para moldar a manteiga em tabletes e misturar o sal. Eu não tenho. Meus tabletes ficaram tortos, mas quem se importa?!
O resultado, feito com um creme bastante gorduroso, foi uma manteiga muito clara, delicadamente amarelada, e muito doce, mesmo o tablete que salguei para deixar na mantegueira (o tablete sem sal foi para o freezer, para ser usado depois). Ficou deliciosa, e não vejo a hora de tentar variações sobre o tema, como a manteiga "azeda", estilo francês, feita com creme azedo, quase um crème fraîche.
Achara estranho ler no livro que eu poderia usar o buttermilk em receitas ou para beber. "Manias irlandesas estranhas", pensei. Mas ao prová-lo entendi. É delicioso. Guarde-o na geladeira e use em poucos dias. O meu provavelmente virará Irish Soda Bread, só para manter a linha do livro. ;)
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Bolo de carne sem carne num belo de um sanduíche
Para ser sincera, não me lembro de minha própria mãe preparando bolo de carne com muita frequência. Carne moída, em casa, tinha quase sempre outros destinos: lasagne, polpette, e, principalmente, aquela "torta" de carne moída e purê de batatas, que muitos anos depois, quando minha mãe se lamentava que sua comida não era "sofisticada" como a minha (até parece!), contei-lhe que se tratava de Hachis Parmentier, o que a deixou muito contente e orgulhosa. ;)
O caso é que desde que comprei esse livro da Deborah Madison, que apesar de trabalhoso é um dos melhores que tenho, estava de olho nessa receita de "Cheese and Nut Loaf", uma versão vegetariana do bolo de carne, que prometia ser tão "meaty" e satisfatória quanto o original. Mas eu nunca tinha todos os ingredientes em casa, e eu sempre arranjava uma desculpa para não prepará-lo.
Até ontem.
Se arrependimento matasse... como é que eu não fiz esse prato no dia em que comprei o livro?? Ele é de preparo fácil, principalmente se você tiver sobras de arroz integral. E a única parte chatinha é picar as nozes, mas isso você pode fazer num processador, com cuidado para não transformá-las em farinha: você quer pedaços irregulares para conferir textura ao bolo.
Além do fato de ele ficar a cara de um meatloaf de verdade (inclusive mesma textura), fica absolutamente delicioso. E eu me diverti com a carinha caseira dele e o fato de seus ingredientes serem tão naturebas: parece o tipo de prato que uma mãezona "hipponga", de saia indiana e lenço na cabeça, faria. Imagino que seja uma receita dada a adaptações, também, trocando-se os tipos de nozes (com castanha-do-Pará deve ficar bom!), variando os tipos de queijo ralado, as ervas (acho que dá pra simplificar), os cogumelos... Se duvidar, deve continuar gostoso mesmo sem o gosto forte dos cogumelos secos. Ah, e funciona mesmo quando o arroz fica empapado. :D
O resultado é um bolo de queijo e nozes bastante substancial, então uma saladinha basta para acompanhá-lo. Deborah Madison sugere servi-lo com molho branco com ervas, mas eu sabia que o condimento principal aqui em casa estava fadado a ser o ketchup. O melhor de tudo, ele é facilmente "requentável", e fica ótimo dentro de um belo sanduíche com alface, tomate, mostarda e maionese, que foi, por acaso, meu almoço. :)
BOLO DE QUEIJO E NOZES (bolo de carne vegetariano)
(do livro The Greens Cookbook, de Deborah Madison)
Tempo de preparo: 40 min + 1h15min de forno
Rendimento: 1 bolo de cerca de 21x10cm
Ingredientes:
- 1 1/2 xic. de arroz integral (orgânico) já cozido (Cerca de 1/2 xic. de arroz integral cru rendem o suficiente para a receita)
- 1 1/2 xic. nozes
- 1/2 xic. castanhas de caju
- 1 cebola média, picada
- 2 colh. (sopa) manteiga
- sal
- 2 dentes de alho, picados
- 1/2 xic. cogumelos (à sua escolha), limpos e picados
- 15-30g cogumelos shiitake ou porcini secos
- 2 colh. (sopa) salsinha picada
- 2 colh. (chá) folhas de tomilho, ou 1/2 colh. (chá) tomilho seco
- 1 colh. (sopa) manjerona fresca, ou 1 colh. (chá) manjerona seca
- 1 colh. (chá) sálvia fresca picada, ou 1/2 colh. (chá) sálvia seca
- 4 ovos orgânicos
- 1 xic. queijo cottage (caseiro ou comprado pronto, sem gomas)
- 250-350g queijo ralado grosso que derreta bem (como Parmesão ralado na hora, Gruyère, Ementhal, Fontina, Prato, Mussarela, Cheddar... dependendo do que você tiver à mão)
- Pimenta-do-reino moída na hora
Preparo:
- Comece cozinhando o arroz, caso você não o tenha pronto. Enquanto o arroz cozinha, deixe os cogumelos secos de molho em água quente. Toste as nozes e castanhas numa frigideira grande e quente, até que fiquem perfumadas, sem deixar queimar. Pique e reserve.
- Pré-aqueça o forno a 190ºC.
- Limpe os resquícios de nozes da frigideira e derreta a manteiga em fogo moderado. Junte a cebola, uma pitada de sal, e cozinhe até amaciá-la. Enquanto isso, rapidamente escorra os cogumelos secos e pique-os grosseiramente. Junte-os à cebola com o alho, os cogumelos frescos e as ervas. Cozinhe até que todo o líquido liberado pelos cogumelos se evapore.
- Bata ligeiramente os ovos numa tigela grande. Junte o arroz cozido, os cogumelos refogados, as nozes, os queijos e misture muito bem. Experimente, tempere com pimenta e acerte o sal se necessário.
- Unte uma forma de bolo inglês com manteiga. (A receita original pede para forrar com papel-manteiga untado, mas ele grudou no bolo. Eu faria novamente sem o papel, pois fica mais fácil de apenas passar uma faquinha nas laterais e desenformar. Só fique de olho para não queimar.) Espalhe uniformemente a mistura na forma, preenchendo bem e alisando a superfície com uma colher.
- Asse por 1h-1h15m, ou até que o bolo esteja inflado, bem dourado e pareça firme ao balançar a forma. Retire do forno e deixe descansar por 10 minutos antes de desenformar e servir. Para reaquecer as sobras, pegue a fatia que você quer, embrulhe em papel alumínio e leve ao forno médio por uns 15 minutos.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Torradas de Endívia e Gruyère: quando o pouco promissor fica fantástico
É ligeiramente irritante quando o que há na cozinha são apenas sobras desparelhadas: uma endívia já não tão crocante para uma salada, um pedaço de queijo que não dá pra muita coisa, um pãozinho meio amanhecido, e coisinhas deprimentes do gênero. E bate uma preguiça fenomenal de ir ao mercado para se abastecer de qualquer coisa fresca que possa complementar essa refeição tristinha. Então, fuçando em livros como quem não quer nada, você dá de cara com uma receita que usa absolutamente todos aqueles seus restos de forma gloriosa, sem que você precise sequer pensar em tirar o pé de casa para comprar ingredientes extras. E você volta a se empolgar com as perspectivas do almoço.
O pãozinho foi fatiado e disposto numa assadeira. Liguei o grill do forno (mas poderia tê-lo pré-aquecido em temperatura média caso não tivesse o grill). Cortei a endívia triste em quartos, no sentido do comprimento, e então cortei-a em pedaços de 1cm. Aqueci um pouco de manteiga numa frigideira em fogo alto e refoguei a endívia até que estivesse macia e ligeiramente dourada em alguns pontos. Desliguei o fogo e temperei com sal, pimenta-do-reino moída na hora e uma espremidinha de limão. Ralei tanto queijo Gruyère quanto as fatias de pão contivessem de forma segura e levei os pãezinhos ao forno, até que suas beiradas estivessem douradas e o queijo estivesse muito bem derretido. Retirei do forno, espalhei colheradas de endívia sobre as torradas quentes e salpiquei nozes picadas, um toque meu, que não estava na receita de Deborah Madison (do livro Local Flavors).
Tão bom... pode virar fácil o antepasto da próxima reunião de amigos, ou mesmo prato principal bem leve, com uma saladinha verde com molho de mostarda. Para acompanhar, suco de uva isabel orgânico e de sobremesa, fatias de abacaxi salpicadas de manjericão roxo.
O pãozinho foi fatiado e disposto numa assadeira. Liguei o grill do forno (mas poderia tê-lo pré-aquecido em temperatura média caso não tivesse o grill). Cortei a endívia triste em quartos, no sentido do comprimento, e então cortei-a em pedaços de 1cm. Aqueci um pouco de manteiga numa frigideira em fogo alto e refoguei a endívia até que estivesse macia e ligeiramente dourada em alguns pontos. Desliguei o fogo e temperei com sal, pimenta-do-reino moída na hora e uma espremidinha de limão. Ralei tanto queijo Gruyère quanto as fatias de pão contivessem de forma segura e levei os pãezinhos ao forno, até que suas beiradas estivessem douradas e o queijo estivesse muito bem derretido. Retirei do forno, espalhei colheradas de endívia sobre as torradas quentes e salpiquei nozes picadas, um toque meu, que não estava na receita de Deborah Madison (do livro Local Flavors).
Tão bom... pode virar fácil o antepasto da próxima reunião de amigos, ou mesmo prato principal bem leve, com uma saladinha verde com molho de mostarda. Para acompanhar, suco de uva isabel orgânico e de sobremesa, fatias de abacaxi salpicadas de manjericão roxo.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Waffles de banana para a fase 2
A Fase 1 parece ter acabado. O que havia de azia das cinco da tarde e "apetite seletivo" – ainda que não tenha havido enjôos – parece ter ficado para trás. O sono monstruoso, que me colocava na cama, derrubada, impreterivelmente às sete da noite, também foi embora, ainda que eu tenha algumas recaídas que me deixam pescando nos fins de tarde em frente ao computador.
Agora, conforme uma inconfundível protuberância arredondada começa a aparecer cercando meu umbigo (finalmente!), pareço ter entrado definitivamente na Fase 2. Ah, Fase 2. Quando choro vendo desenhos animados, choro porque o pão de queijo acabou, choro porque... é terça-feira. O marido assiste inconformado, enquanto tento, soluçando, explicar o novo motivo esdrúxulo que me leva às lágrimas. Às vezes minha mente deturpada inventa que a culpa é dele. E mesmo enquanto o acuso me dou conta de que o fato de ele não ter levado a xícara de café para a cozinha não é motivo grande o bastante para 35 minutos de choro barulhento e ininterrupto. Então choro porque me dou conta de que estou à mercê dos hormônios e choro por me sentir ridícula.
Para aplacar toda essa choradeira, lambida de cachorro, abraço de marido e waffles de banana com nozes. Ah, waffles de banana. Se me dissessem que nunca mais poderia comê-los, choraria por isso também, mas o motivo seria mais do que justo. Porque eles são de fato uma delícia, fofos e com aquele delicioso perfume de bolo de banana. Feitos para uma manhã sossegada de fim de semana, pés cruzados em cima da mesinha, uma xícara de café quente, nenhuma pressa de tirar o pijama. De chorar, de tão bom.
Agora, conforme uma inconfundível protuberância arredondada começa a aparecer cercando meu umbigo (finalmente!), pareço ter entrado definitivamente na Fase 2. Ah, Fase 2. Quando choro vendo desenhos animados, choro porque o pão de queijo acabou, choro porque... é terça-feira. O marido assiste inconformado, enquanto tento, soluçando, explicar o novo motivo esdrúxulo que me leva às lágrimas. Às vezes minha mente deturpada inventa que a culpa é dele. E mesmo enquanto o acuso me dou conta de que o fato de ele não ter levado a xícara de café para a cozinha não é motivo grande o bastante para 35 minutos de choro barulhento e ininterrupto. Então choro porque me dou conta de que estou à mercê dos hormônios e choro por me sentir ridícula.
Para aplacar toda essa choradeira, lambida de cachorro, abraço de marido e waffles de banana com nozes. Ah, waffles de banana. Se me dissessem que nunca mais poderia comê-los, choraria por isso também, mas o motivo seria mais do que justo. Porque eles são de fato uma delícia, fofos e com aquele delicioso perfume de bolo de banana. Feitos para uma manhã sossegada de fim de semana, pés cruzados em cima da mesinha, uma xícara de café quente, nenhuma pressa de tirar o pijama. De chorar, de tão bom.
WAFFLES DE BANANA E NOZES
(do livro KitchenAid - Best Loved Recipes)
Tempo de preparo: 25 minutos
Rendimento: 4 porções
Ingredientes:
- 3/4 xic. nozes ou pecãs
- 2 xíc. farinha de trigo
- 1/4 xic. de açúcar cristal orgânico
- 2 colh. (chá) fermento químico em pó
- 1 colh. (chá) sal
- 2 ovos, clara e gemas separadas
- 2 xic. buttermilk
- 2 bananas médias, bem maduras, amassadas (cerca de 1 xíc.)
- 4 colh. (sopa) manteiga, derretida
- 1 colh. (chá) extrato de baunilha
Preparo:
- Toste as nozes em fogo baixo numa frigideira, até que fiquem perfumadas, com cuidado para não queimá-las. Pique-as e reserve.
- Pincele um ferro de waffles com manteiga e aqueça-o (ou siga as instruções do fabricante, no caso dos elétricos).
- Enquanto isso, misture a farinha, o açúcar, fermento e sal numa tigela grande e reserve. Bata as gemas em outra tigela e adicione o buttermilk, bananas amassadas, baunilha e nozes picadas, misturando bem. Junte a mistura líquida à seca, mexendo com uma espátula apenas até não haver mais pontos de farinha.
- Bata as claras na batedeira em velocidade alta, até que forme picos firmes, mas não ressecados. Misture as claras ao restante da massa, aos poucos, em movimentos de baixo para cima, girando a tigela, rapidamente.
- Cozinhe os waffles até que fiquem dourados, com cuidado para não queimá-los. Sirva-os quentes, com maple syrup ou mel, e, se quiser, fatias extras de banana e nozes picadas.
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Microtortinhazinhas bonitinhas de cogumelos ou do que você quiser
E resolvi fazer meu bolo de aniversário [31 anos, para quem estiver curioso]. E resolvi que seria um bolo de chocolate com recheio e cobertura de marshmallow e uma "pintura" de chocolate ao leite. Receita de um livro que jamais me decepcionou.
No entanto, algo deu errado.
A receita citava o chocolate, mandava derretê-lo, mas não dizia quando incorporá-lo à massa. Sem pânico, tendo já feito muitos bolos, misturei-o à massa junto com o café, no final do processo. Bolos no forno, muitos minutos passados. Eles estão sequinhos, palitos saindo limpos, mas suas superfícies não estão tão firmes quanto a receita sugere. Estão fofos. Perigosamente fofos. Longe de mim reclamar de um bolo fofo, mas quando estamos pensando em camadas, pensamos em bolos firmes o bastante para suportarem a manipulação e empilhamento sem grandes problemas. Bem... problemas. Os bolos são tão fofos que ameaçam partirem-se ao meio quando tento levantá-los da grade para empilhá-los. Foi uma lambança movê-los sem maiores prejuízos.
Hora da cobertura. O marshmallow vai bem, lindo, branco e fofo. Mas a receita pede para batê-lo por 2-3 minutos para esfriá-lo até determinada temperatura. Tenho de ficar parando a batedeira para inserir o termômetro eletrônico e checar. Desastre: não se passaram 2 minutos e o marshmallow já está mais frio do que deveria. Corro para espalhá-lo no primeiro bolo. Tudo ok. Atrapalhada, posiciono o segundo bolo em cima do recheio. Começo a espalhar a cobertura. O bolo é macio demais. A espátula cheia de marshmallow quase frio e não tão cremoso começa a arrastar migalhas e verdadeiros pedacinhos de bolo junto, arruinando a alvura angelical que eu almejava e transformando o bolo num pequeno dálmata circular. Não consigo alisar a cobertura sem correr o risco de desmontar todo o bolo. Ele fica assim, rebarbento, pontilhado. Nhé.
Suspiro. Fazer o quê? Agora é deixá-lo secar umas duas horas para pincelar o chocolate ao leite. Passam-se duas horas e o marshmallow continua mole. Passam-se três. Quatro. Apanho o secador de cabelos e ligo o botão de ar frio para ver se resolve alguma coisa. Nada. O vento move a cobertura mas ela não resseca. Coloco o bolo na geladeira. E devagar, muito devagarinho, ele começa a secar. Mas não o suficiente. Não vai dar tempo. Apanho o pincel e o chocolate derretido e faço minha arte. Arte de criança de 3 anos, que pinta fora da linha. O chocolate claro, mal pincelado sobre uma cobertura branca, irregular e grudenta, faz o bolo parecer feito de neve suja. Manchas marrons pouco atraentes num solo branco mal acabado e pontilhado.
Feio. Muito feio. Nem fotografo. Vocês me matam se precisarem passar pelo que passei para provarem um bolo que ficou gostoso, mas não vale tanto esforço e stress.
No fim, olho minhas tortinhas. Lindas, perfeitas, simples. Diferentes do bolo. Receita tirada de um livro que ganhei na quinta-feira meio que de surpresa, de uma boa amiga da corrida, incrivelmente doce e gentil. As tortinhas foram tão fáceis de fazer que achei que não dariam certo. Vão grudar na forma. Nunca mais vou tirá-las daí. Não vão ficar gostosas. Mas ficaram tão boas que minha irmã, famigerada "detestadora" de cogumelos, comeu, gostou e repetiu.
Tão poucos ingredientes rendem uma fornada inteira de microtortinhas. Fica fácil e em conta fazer mais fornadas e servir as delicadezas numa festa, e elas têm carinha de comida de buffet, de cocktail party. Mas não foram bandejas prateadas que me vieram à mente. Meu cérebro, que anda muito focado em uma coisa e uma coisa apenas, imediatamente transportou as tortinhas para o futuro, para as festinhas infantis, e fiquei cogitando recheios que as outras crianças comeriam. [Por que afinal, sonho meu, meus filhos vão comer cogumelos; mas filho dos outros, já não sei não... ;) ]
Quando digo fácil, digo fácil mesmo. A massa fica pronta em instantes e você não precisa sequer abri-la com rolo. Basta separar em bolinhas e pressioná-las com os dedos diretamente na forma de minimuffins (ou forminhas pequenas de empada) sem sequer untar. Distribuir o recheio causa pânico. Você não acredita que seja o bastante. Mas milagrosamente aquelas poucas gotas de creme de ovo em volta dos cogumelos de fato infla, e as tortinhas saem lindas, douradas, recheadas, com um cheiro maravilhoso.
Se é para dividir algo com vocês, uma receita de aniversário, prefiro que seja algo que deu certo de primeira e que pretendo repetir à exaustão. Essas prometem virarem um clássico. :)
Obs: eu dobrei a receita para servir em casa, fazendo 48 tortinhas. Fiz toda a massa (o dobro) de uma vez, colocando para gelar apenas uma vez, e dividindo ao meio na hora de fazer as tortas. Metade da massa ficou na geladeira enquanto dividia e assava a primeira fornada. Assim que a forma esfriou (rapidamente), preparei a segunda fornada.
No entanto, algo deu errado.
A receita citava o chocolate, mandava derretê-lo, mas não dizia quando incorporá-lo à massa. Sem pânico, tendo já feito muitos bolos, misturei-o à massa junto com o café, no final do processo. Bolos no forno, muitos minutos passados. Eles estão sequinhos, palitos saindo limpos, mas suas superfícies não estão tão firmes quanto a receita sugere. Estão fofos. Perigosamente fofos. Longe de mim reclamar de um bolo fofo, mas quando estamos pensando em camadas, pensamos em bolos firmes o bastante para suportarem a manipulação e empilhamento sem grandes problemas. Bem... problemas. Os bolos são tão fofos que ameaçam partirem-se ao meio quando tento levantá-los da grade para empilhá-los. Foi uma lambança movê-los sem maiores prejuízos.
Hora da cobertura. O marshmallow vai bem, lindo, branco e fofo. Mas a receita pede para batê-lo por 2-3 minutos para esfriá-lo até determinada temperatura. Tenho de ficar parando a batedeira para inserir o termômetro eletrônico e checar. Desastre: não se passaram 2 minutos e o marshmallow já está mais frio do que deveria. Corro para espalhá-lo no primeiro bolo. Tudo ok. Atrapalhada, posiciono o segundo bolo em cima do recheio. Começo a espalhar a cobertura. O bolo é macio demais. A espátula cheia de marshmallow quase frio e não tão cremoso começa a arrastar migalhas e verdadeiros pedacinhos de bolo junto, arruinando a alvura angelical que eu almejava e transformando o bolo num pequeno dálmata circular. Não consigo alisar a cobertura sem correr o risco de desmontar todo o bolo. Ele fica assim, rebarbento, pontilhado. Nhé.
Suspiro. Fazer o quê? Agora é deixá-lo secar umas duas horas para pincelar o chocolate ao leite. Passam-se duas horas e o marshmallow continua mole. Passam-se três. Quatro. Apanho o secador de cabelos e ligo o botão de ar frio para ver se resolve alguma coisa. Nada. O vento move a cobertura mas ela não resseca. Coloco o bolo na geladeira. E devagar, muito devagarinho, ele começa a secar. Mas não o suficiente. Não vai dar tempo. Apanho o pincel e o chocolate derretido e faço minha arte. Arte de criança de 3 anos, que pinta fora da linha. O chocolate claro, mal pincelado sobre uma cobertura branca, irregular e grudenta, faz o bolo parecer feito de neve suja. Manchas marrons pouco atraentes num solo branco mal acabado e pontilhado.
Feio. Muito feio. Nem fotografo. Vocês me matam se precisarem passar pelo que passei para provarem um bolo que ficou gostoso, mas não vale tanto esforço e stress.
No fim, olho minhas tortinhas. Lindas, perfeitas, simples. Diferentes do bolo. Receita tirada de um livro que ganhei na quinta-feira meio que de surpresa, de uma boa amiga da corrida, incrivelmente doce e gentil. As tortinhas foram tão fáceis de fazer que achei que não dariam certo. Vão grudar na forma. Nunca mais vou tirá-las daí. Não vão ficar gostosas. Mas ficaram tão boas que minha irmã, famigerada "detestadora" de cogumelos, comeu, gostou e repetiu.
Tão poucos ingredientes rendem uma fornada inteira de microtortinhas. Fica fácil e em conta fazer mais fornadas e servir as delicadezas numa festa, e elas têm carinha de comida de buffet, de cocktail party. Mas não foram bandejas prateadas que me vieram à mente. Meu cérebro, que anda muito focado em uma coisa e uma coisa apenas, imediatamente transportou as tortinhas para o futuro, para as festinhas infantis, e fiquei cogitando recheios que as outras crianças comeriam. [Por que afinal, sonho meu, meus filhos vão comer cogumelos; mas filho dos outros, já não sei não... ;) ]
Quando digo fácil, digo fácil mesmo. A massa fica pronta em instantes e você não precisa sequer abri-la com rolo. Basta separar em bolinhas e pressioná-las com os dedos diretamente na forma de minimuffins (ou forminhas pequenas de empada) sem sequer untar. Distribuir o recheio causa pânico. Você não acredita que seja o bastante. Mas milagrosamente aquelas poucas gotas de creme de ovo em volta dos cogumelos de fato infla, e as tortinhas saem lindas, douradas, recheadas, com um cheiro maravilhoso.
Se é para dividir algo com vocês, uma receita de aniversário, prefiro que seja algo que deu certo de primeira e que pretendo repetir à exaustão. Essas prometem virarem um clássico. :)
MICROTORTINHAS DE COGUMELOS
(do livro KitchenAid Best Loved Recipes)
Tempo de preparo: 5 minutos + 1 hora de descanso + 20 minutos de forno
Rendimento: 24 tortinhas
Ingredientes:
(massa)
- 115g cream cheese
- 3 colh. (sopa) manteiga em temperatura ambiente
- 3/4 xic. + 1 colh. (chá) farinha de trigo
(recheio)
- 250g cogumelos, picados grosseiramente
- 1/2 xic. cebolinha picada
- 1 ovo grande, orgânico
- 1/4 xic. tomilho seco
- 1/2 xic. queijo suiço ralado grosso (Gruyère, Ementhal, etc...)
Preparo:
- Coloque o cream cheese e 2 colh. (sopa) da manteiga na tigela da batedeira e bata em velocidade médio-baixa por 1 minuto. Pare, raspe com uma espátula e adicione 3/4 xic. da farinha. Reduza a velocidade para baixa e bata por 1 minuto, ou até que a massa esteja bem misturada. Forme uma bola, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora. Enquanto isso, faça o recheio.
- Derreta a colher (sopa) restante de manteiga numa frigideira grande, em fogo médioo. Junte os cogumelos e a cebolinha. Tempere com sal e pimenta e cozinhe, mexendo de vez em quando, até que os cogumelos estejam macios, ligeiramente dourados e toda a água que eles liberarem tiver evaporado. Remova do fogo e deixe esfriar um pouco.
- Coloque o ovo, a colher (chá) restante de farinha e o tomilho na tigela da batedeira e bata em velocidade média por 30 segundos. Com uma colher, misture o queijo e os cogumelos.
- Pré-aqueça o forno a 190ºC. Retire a massa da geladeira e divida-a em 24 pedaços iguais. Pressione cada pedaço em uma cavidade da forma de minimuffins, formando cestinhas, e divida o recheio entre elas, com a ajuda de uma colherzinha de chá ou café. Asse por 15-20 minutos, até que o recheio tenha inflado e dourado. Desenforme imediatamente com a ajuda de uma colher e sirva morno.
Obs: eu dobrei a receita para servir em casa, fazendo 48 tortinhas. Fiz toda a massa (o dobro) de uma vez, colocando para gelar apenas uma vez, e dividindo ao meio na hora de fazer as tortas. Metade da massa ficou na geladeira enquanto dividia e assava a primeira fornada. Assim que a forma esfriou (rapidamente), preparei a segunda fornada.
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