terça-feira, 19 de outubro de 2010

Torradas de Endívia e Gruyère: quando o pouco promissor fica fantástico

É ligeiramente irritante quando o que há na cozinha são apenas sobras desparelhadas: uma endívia já não tão crocante para uma salada, um pedaço de queijo que não dá pra muita coisa, um pãozinho meio amanhecido, e coisinhas deprimentes do gênero. E bate uma preguiça fenomenal de ir ao mercado para se abastecer de qualquer coisa fresca que possa complementar essa refeição tristinha. Então, fuçando em livros como quem não quer nada, você dá de cara com uma receita que usa absolutamente todos aqueles seus restos de forma gloriosa, sem que você precise sequer pensar em tirar o pé de casa para comprar ingredientes extras. E você volta a se empolgar com as perspectivas do almoço.

O pãozinho foi fatiado e disposto numa assadeira. Liguei o grill do forno (mas poderia tê-lo pré-aquecido em temperatura média caso não tivesse o grill). Cortei a endívia triste em quartos, no sentido do comprimento, e então cortei-a em pedaços de 1cm. Aqueci um pouco de manteiga numa frigideira em fogo alto e refoguei a endívia até que estivesse macia e ligeiramente dourada em alguns pontos. Desliguei o fogo e temperei com sal, pimenta-do-reino moída na hora e uma espremidinha de limão. Ralei tanto queijo Gruyère quanto as fatias de pão contivessem de forma segura e levei os pãezinhos ao forno, até que suas beiradas estivessem douradas e o queijo estivesse muito bem derretido. Retirei do forno, espalhei colheradas de endívia sobre as torradas quentes e salpiquei nozes picadas, um toque meu, que não estava na receita de Deborah Madison (do livro Local Flavors).

Tão bom... pode virar fácil o antepasto da próxima reunião de amigos, ou mesmo prato principal bem leve, com uma saladinha verde com molho de mostarda. Para acompanhar, suco de uva isabel orgânico e de sobremesa, fatias de abacaxi salpicadas de manjericão roxo.

Cozinhe isso também!

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