sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Folha amarga + folha amarga + fruta ácida = ana elisa feliz

Tenho algo a confessar... Sempre me retorci de inveja das saladas fantásticas da Fer. [Sim, Fer, queria almoçar na sua casa todo dia!] Eu me perguntava como ela podia ter tanta coisa apetitosa em sua cozinha, e como podia produzir saladas (e fotos de saladas) tão criativas, coloridas e interessantes. Dava dois passos até a cozinha, abria minha geladeira, e nunca havia lá ingredientes suficientes para uma salada que prestasse. Frustração.

Foi só com o início da palavra que começa com "d" e termina com "ieta", e sobre a qual não agüento mais falar a respeito, que tive de aumentar consideravelmente a quantidade de legumes, frutas e verduras de minha geladeira [o que parece estranho para uma semivegetariana, mas fazer o quê?!] e finalmente passei a ter em minha cozinha uma paleta de cores e texturas digna de uma boa salada.

Essa, feita ontem, adaptada de ou inspirada por uma receita do livro Jamie at Home, produziu em mim um tipo de felicidade que só tenho ao observar cores vibrantes no prato e sentir bons gostos na boca. Como não se sentir contente ao ver a mistura do rubi do radiccho, o amarelo cítrico e delicado da endívia e o verde radiante da maçã, tudo pontilhado de salsinha e coberto de um molho simples e cremoso? Adoro a crocância da maçã verde e a penugem suave das barcas de endívia.

Enquanto jantava, olhei para o pôr-do-sol lá fora e vi que o céu tinha o mesmo tom amarelo e cor-de-vinho de meu prato.

Fer, você com certeza me inspira, e esse post é para você. ;)

Para preparar a salada, corte uma maçã verde em quartos, sem o miolo, e fatie fino. Misture às folhas inteiras de radicchio e endívia (quantas bastarem). Em uma tigelinha, misture bem 1 colh. (sopa) de azeite extra-virgem, 1 colh. (sopa) de iogurte natural integral, 1 colh. (chá) de vinagre de cidra e sal e pimenta-do-reino a gosto. Despeje sobre a salada, salpique com um punhado de salsinha picada e misture muito bem. Serve uma porção.

Que mané chá de latinha o quê...


Pobre de mim, que nunca pensara em fazer meu próprio chá gelado. Quer dizer... chá de hortelã, de capim-cidreira, ok. Mas aqueles "sabor pêssego" em latinhas amarelas... Folheando o novo livro da Heidi, dei de cara com várias receitas de chá preto gelado, como aqueles servidos com refil infinito nos restaurantes americanos, ou o tal de lata, empacotado de açúcar. [Aliás... descobri recentemente que a ordem dos ingredientes nos rótulos não é por acaso: eles são listados do que há em maior quantidade para menor. É sempre bom ter mais uma informação que alimente minha rotulofobia...]

É muito bom ter uma jarra de chá gelado, saboroso e refrescante, ao seu lado nesse calor dos infernos; principalmente se você passa o dia todo num apartamento com conflitos de identidade – ele acha que é uma sauna. Para minha jarrinha de aproximadamente 1,5l, fervi a água com 3 saquinhos de chá preto, algumas fatias de limão siciliano, um pedaço de gengibre de uns 2cm e 1/8 xíc. de açúcar orgânico. Ferver o chá já com o açúcar faz com que ele não desça para o fundo da jarra nunca mais. Desliguei o fogo, tampei e deixei quietinho por uns 10 minutos, então coando e deixando esfriar antes de levar à geladeira. Beeeem melhor que o de latinha, com beeeem menos açúcar e beeeeem mais barato. Aumente ou diminua quantidades de chá preto e açúcar à vontade...

Cozinhe isso também!

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