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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Masala Chai esquentando por dentro


Masala Chai é uma bebida (até onde sei, me contaram, dizem por aí) indiana, a base de chá preto, leite e especiarias, muitas especiarias. Coisa que comecei a beber há uns dez anos atrás, numa era yoga-babadauê, bem quando resolvi virar vegetariana (naquela época, vegetariana de verdade; e naqueles dias conhecia só como chai mesmo, sem o masala).

É uma delícia.

E esquenta por dentro nesses dias em que o frio vem para gelar os ossos e você PRECISA ficar sentada a manhã inteira no seu escritório frio trabalhando. E você pode guardar na geladeira e requentar no dia seguinte numa boa. (Não é o ideal, mas funciona se você não quiser tomar 4 xícaras de chai numa sentada.)

Para 1 litro de chai, moa no pilão 10 bagos de cardamomo (retire e descarte as cascas), 1 pedaço de canela em pau de uns 3cm, 4 bagos de pimenta-do-reino (branca, de preferência), 1/4 colh. (chá) sementes de erva-doce. Não precisa virar um pó muito fino. Aqueça 2 xic. de leite, e quando começar a ferver, junte as especiarias moídas, 1/8 colh. (chá) de sal (ou a gosto), 1/2 colh. (chá) gengibre em pó e 3 1/2 colh. (sopa) de açúcar mascavo. Reduza o fogo e deixe cozinhar em fervura branda por 3 minutos, mexendo para dissolver o açúcar e o leite não subir nem pegar no fundo. Enquanto isso, ferva 2 xic. água com 5 colh. (chá) chá preto. Ferva por 1 minuto e desligue.
Derrame o chá por uma peneira, na panela do leite, descartando as folhas. Mexa para misturar o chá ao leite, cozinhando por mais 1 minuto. Passe novamente pela peneira, para retirar pedaços de especiarias, e sirva, bem quentinho.

Já testei várias receitas, mas essa, da revista Gourmet, depois republicada no livro Gourmet Today, da Ruth Reichl, é minha absoluta favorita.

Nham. Quentinha, quentinha. Agasalho também ajuda.

Madame-Bochechas pirou no chai, diluído com água, por conta do chá preto.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Um novo vício: Lassi

Demorei para voltar a produzir iogurte depois de me mudar, porque iogurte era meu lanche pós-corrida, com frutas ou granola caseira, e, sem correr há já muitos meses, não me via consumindo tanto iogurte desvinculado do exercício. Mas o livro Milk me trouxe essa vontade de volta, antes mesmo de lê-lo, e fui atrás de leite e um iogurte industrial (na falta do envelope de pó por aqui) para prepará-lo. Contei aqui como a primeira leva nunca virou nada que parecesse iogurte (aliás, deixei algumas horinhas a mais para ver se firmava ou azedava mais, e o que aconteceu foi o leite estragar, coisa que nunca me havia ocorrido antes), e que a segunda leva, feita com um iogurte que ainda continha alguma bactéria produtora de fermentação lática, ficou pobrinho, com textura de cola branca. O gosto estava ok, feito com leite bom, mas a textura estava muito pouco apetitosa para ser comido a colheradas com frutas frescas.

Comecei, então, a buscar o que fazer com aquele iogurte. E daí saíram o bolo de laranja e chocolate, um pãozinho de iogurte e mel delicioso e macio (foto abaixo), cuja receita original está aqui no Serious Eats, um cozido de lentilhas e espinafre com especiarias, do Bill Granger que além de muito bom, revelou-me que agora meu filho não só come, como adora grão-de-bico (ele sempre rejeitava o pobre legume), e mais um bom punhado de outras coisinhas gostosas.

E eu fiquei me perguntando por que diabos não usava mais iogurte para cozinhar.

Daí que voltei a produzir iogurte semanalmente, usando o Leitíssimo, que voltou a aparecer no meu mercado ou o Timbaúba, um leite orgânico de Alagoas que gostei um bocado. Ambos produziram bons iogurtes, só com o método de aquecer a 46ºC (por serem UHT, não há necessidade de ferver e deixar esfriar), inocular com uma ou duas colheres do iogurte anterior, ainda fresco, e deixar numa bolsa térmica por umas 8 horas. Aliás, para quem de vez em quando faz iogurte com cara de cola branca e não entende por quê, descobri no livro mais um motivo: presença de outras bactérias além das da fermentação lática; não tem problema se isso acontecer, o iogurte pode ser consumido, mas da próxima vez limpe muito bem todos os utensílios que serão usados na fabricação do iogurte e, se o leite for pasteurizado ou cru, ferva por um minutinho ou dois antes de deixar esfriar a 46ºC, para matar possíveis "bactérias erradas".

Minha produção de iogurte, no fim das contas, tem sido prolífica e constante, principalmente depois de ter começado a preparar quase que diariamente um grande copo de Lassi para meu lanchinho – a pequena futura arrasadora de corações me chuta horrores, reclamando de falta de comida, e fico com uma fome de leão no meio da manhã.

Lassi é uma bebida indiana a base de iogurte, que vai maravilhosamente bem com os pratos mais fortes e apimentados. Também existe em versões salgadas ou, uma das mais famosas, batida com manga. Mas é delicioso sozinho. Para um copão grande, estilo milk-shake, coloco 3/4 xic. de iogurte no fundo do copo, 2-3 colh. (chá) açúcar orgânico, um pouco de gelo picado, um splash de água de rosas (a gosto, mas muito pode deixar com jeito de perfume), e hortelã fresca bem picadinha. Misturo bem com uma colher comprida, e, enquanto misturo, vou completando o resto do copo com leite gelado, até ficar naquela textura de milk-shake ralinho, do tipo que você consegue beber de goles. Deve-se misturar muito bem, ou o iogurte adoçado fica no fundo e o leite por cima. Puxe a colher para a superfície enquanto mistura, para ter certeza de que ficará homogêneo. Nham! Vício, vício.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Que mané chá de latinha o quê...


Pobre de mim, que nunca pensara em fazer meu próprio chá gelado. Quer dizer... chá de hortelã, de capim-cidreira, ok. Mas aqueles "sabor pêssego" em latinhas amarelas... Folheando o novo livro da Heidi, dei de cara com várias receitas de chá preto gelado, como aqueles servidos com refil infinito nos restaurantes americanos, ou o tal de lata, empacotado de açúcar. [Aliás... descobri recentemente que a ordem dos ingredientes nos rótulos não é por acaso: eles são listados do que há em maior quantidade para menor. É sempre bom ter mais uma informação que alimente minha rotulofobia...]

É muito bom ter uma jarra de chá gelado, saboroso e refrescante, ao seu lado nesse calor dos infernos; principalmente se você passa o dia todo num apartamento com conflitos de identidade – ele acha que é uma sauna. Para minha jarrinha de aproximadamente 1,5l, fervi a água com 3 saquinhos de chá preto, algumas fatias de limão siciliano, um pedaço de gengibre de uns 2cm e 1/8 xíc. de açúcar orgânico. Ferver o chá já com o açúcar faz com que ele não desça para o fundo da jarra nunca mais. Desliguei o fogo, tampei e deixei quietinho por uns 10 minutos, então coando e deixando esfriar antes de levar à geladeira. Beeeem melhor que o de latinha, com beeeem menos açúcar e beeeeem mais barato. Aumente ou diminua quantidades de chá preto e açúcar à vontade...

Cozinhe isso também!

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