sexta-feira, 13 de junho de 2008

Eat less carbs! Crumble de legumes com curry

"Não faz mais macarrão no jantar, não...", pediu um marido consternado com os próprios pneus.
"Hum... Vai ser difícil, mas posso tentar."

A verdade é que, para quem não come carne e praticamente só come peixes em restaurantes, é incrivelmente tentador usar todos os legumes da gaveta em molhos de massa. Além de delicioso, é extremamente reconfortante, e você se recheia daquela ilusão de que, à parte toda a farinha refinada e o queijo ralado por cima, você está se empanturrando de algo saudável. Bem... Cinquenta e sete milhões de italianos não podem estar errados, podem?

Bem... se o objetivo é perder a os quilos americanos adquiridos e os brasileiros persistentes, acho que terei de render-me ao pedido do homem e cortar as massas por um tempinho.

Ontem achei que tinha na geladeira todo o necessário para um crumble à indiana que vira numa revista francesa Saveurs certa vez. Mas não, faltavam metade dos legumes, de modo que, cabeça dura, resolvi fazer sim o crumble, mas do meu jeito.

Ele ficou leve e saboroso, com uma deliciosa mistura de texturas, cores e gostos. Ok, ok, leva farinha. Mas é tãaaaaaaaao pouquinho, que acho que Allex vai me perdoar.

CRUMBLE DE LEGUMES COM CURRY
(Adaptado da revista Saveurs)
Tempo de preparo: 30 minutos
Rendimento: 4 porções


Ingredientes:
  • 1 beringela média cortada em pedaços pequenos
  • 2 abobrinhas médias cortada em pedaços pequenos
  • 1 pimentão vermelho sem sementes, em tiras finas
  • 1/2 pimentão amarelo sem sementes, em tiras finas
  • 4 colh. (sopa) de queijo de cabra cremoso
  • 1/2 xíc. de castanhas de caju sem sal picadas
  • 3 colh. (sopa) de manteiga sem sal
  • 3 colh. (sopa) de farinha de trigo
  • 2 colh. (chá) de curry
  • azeite de oliva

Preparo:
  1. Refogue os legumes cortados em um pouco de azeite, sal e metade do curry. Cozinhe por 10-15 minutos, até que estejam cozidos e al dente.
  2. Em uma tigela, misture o resto do curry, a farinha, as castanhas picadas, a manteiga e o queijo, mexendo com um garfo para desfazer os pedaços de manteiga e queijo e criar uma farofa grossa.
  3. Coloque os legumes cozidos em uma travessa baixa e espalhe a farofa por cima. Leve ao forno pré-aquecido a 210º por cerca de 10 minutos, até que a farofa por cima esteja dourada e o prato, perfumado. Sirva quente, imediatamente.

Os novos integrantes da estante

Comentei muito por cima sobre um dos livros que adquiri durante a viagem. A verdade é que pensei que compraria muitos mais. No entanto, senti-me inibida pelo limite de peso da bagagem (já bem pesada devido a formas de metal e garrafas de vinho), e pelo fato de que 99% dos livros que vi por lá e que achei interessantes eu poderia comprar sentada em meu sofá, através da Amazon. Comprei apenas estes, então, que foram aqueles que pareciam ter mais apelo para mim.

O Fast Food, de Gordon Ramsay, surpreendeu-me um pouco. As receitas são de sua série The F Word, e são muito simples e pé no chão, perfeitas para o dia-a-dia. "Pé no chão" porque uma das características que sempre me desestimulou a comprar seus livros é o fato de as receitas parecerem mais pesadas e levarem muitos ingredientes caros como cogumelos Morel, trufas, vieiras, e carnes das quais não chego perto (nem quando comia carne), como fois gras ou vitela. O que gostei do livro foi o fato de ele não gastar metade das páginas em técnicas básicas, que já sei de trás prá frente por outros livros. São apenas receitas, muitas vegetarianas (ou facilmente adaptáveis) Ainda tenho, no entanto, muita curiosidade com relação a seu livro de sobremesas, que, infelizmente, não encontrei por lá.

Falando em sobremesas, estava muito indecisa entre o livro de Dorie Greenspan e de Elisabeth Falkner. Ao folhear os dois, o de Falkner era com certeza mais moderno e ousado, desde as combinações de sabores até o projeto gráfico do livro. No entanto, não posso me deixar enganar: não faço tantos jantares rebuscados quanto gostaria, e, portanto, de nada me adianta um livro cujas receitas parecem mais apropriadas para figurarem após um jantar mais refinado do que numa mera terça-feira à tarde. Ou talvez seja apenas eu que não ache que valha a pena preparar uma sobremesa elaborada somente para nós dois. De qualquer forma, sempre me apetecem mais os livros de sobremesas mais caseiras; pois sei que quando tiver vontade de comer um doce junto com minha xícara vespertina de café, não farei éclairs de chá verde com molho de chocolate branco e wasabi, mas sim um simples bolo de maçã. E desses, o livro de Dorie está cheio. Falkner ainda está na minha lista, com certeza, mas fica para um outro momento.

Meu queridinho, no entanto, é o pequenino, que comprei na fábrica da Ghirardelli, em San Francisco. Não pude resistir às fotos e e às receitas fáceis e carregadas no chocolate. Sei que boa parte terá de ser adaptada aos chocolates disponíveis em meu supermercado, uma vez que os Ghirardelli, conforme for terminando a lata que comprei, ficarão apenas na memória. Mas não acho que vá haver nenhum grande problema em, ao invés de fazer brownies com os chocolates recheados de caramelo da Ghirardelli, usar os da Lindt. Certo? Tenho água na boca apenas em pensar neles...

Cozinhe isso também!

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