quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Salada Waldorf com atum, ou sem, ou com frango, ou peça uma pizza

Para quem anda achando meus posts um pouco esporádicos demais, uma "explicação": nóis é fia de deus e de vez em quando dá uma canseira de cozinhar.


Óh!

O choque.


E por que não, afinal? Por que não, de vez em quando, se dar umas férias das panelas e pedir uma pizza? Ir até um árabe/libanês e comprar excelentes esfihas de verdura? Dar um pulo numa rotisserie de bairro, sair para almoçar fora ou simplesmente comer um sanduíche despretencioso e fácil de preparar? No pressure. Cozinhar deve ser um prazer, não uma obrigação. Principalmente porque, se você for como eu, cozinhar sem vontade é garantia de comida queimada, sem gosto, esquisita.

A primeira vez em que ouvi falar de Salada Waldorf foi com uns 19 anos, quando queria muito emagrecer uns vários quilos e comprei um livrinho de receitas light.

Óh!
Mais um choque.

É, meus amores, também padeci desse mal um dia. Mas vou dizer que muito do que sou hoje devo a esse livrinho nada a ver. Pois na época minha mãe deixara bem claro que não faria refeições especiais para ninguém, e que se eu quisesse comer diferente, teria de cozinhar eu mesma. Dito e feito. De repente lá estava eu preparando peito de frango grelhado com molho de laranja, salada de qualquer coisa com algum molho de iogurte desnatado, gazpacho, etc e tal. Minha mãe ficou ligeiramente impressionada. Mais ainda porque eu limpava a bagunça que fazia na cozinha depois. ;)

O livro tinha bem seus méritos: os diferentes molhos para o danado do frango grelhado de fato tornavam a dieta bem menos tediosa. E aquela variedade dentro do mundinho restrito da dieta me atiçou um pouco mais a curiosidade pela cozinha e a vontade de comer pratos diferentes todos os dias, sem cair na rotina do arroz e feijão.

Eventualmente acabei mandando o livro embora, uma vez que se tratava apenas de receitas clássicas exageradamente simplificadas e com pouca gordura. O que hoje, convenhamos, não faz sentido nenhum na minha cabeça.

E lá estava a salada Waldorf. Na sua versão que conheci pela primeira vez e que passei a acreditar que era a única e original: alface, maçã, aipo, nozes, frango e maionese. (Acho que no livro era iogurte, mas a memória me falha agora.) De modo que todas as vezes, depois disso, em que me deparei com uma Salada Waldorf num livro ou num cardápio, passei reto sem nem uma segunda olhadela, uma vez que não como mais frango.

Então, num belo dia, abro uma revista do Jamie Oliver e me deparo com uma salada Waldorf em formato de wrap... com atum no lugar do frango. Claro! Como não havia pensado nisso antes? E então, querendo ver se a versão mais "clássica" continha mais ingredientes do que apenas aqueles cinco citados na revista, abri meu Professional Chef e surpresa! Salada Waldorf não leva frango coisa nenhuma. :P

E eu ignorando a coitada ate´ hoje.

Para esse almoço sossegado, rasgue algumas folhas de alface e misture a 1/2 maçã verde em cubinhos, 1 talo pequeno de salsão em cubinhos, um punhado de nozes ligeiramente tostadas e picadas, 1 colh. (sopa) de maionese (caseira, de preferência, mas se não for, não conto prá ninguém), e 1/2 lata de atum escorrido. Tempere com sal e pimenta-do-reino e misture muito bem. Com as mãos é bem mais fácil, para que tudo fique muito bem coberto pela pequena quantidade de maionese, e se você só estiver fazendo essa porção para seu almoço solitário, ninguém vai ver se você lamber os dedos. ;)

Claro, sinta-se à vontade para omitir o atum ou mesmo trocá-lo por peito de frango (orgânico, please!) grelhadinho e cortado em cubos. Ou faça como o Jamie diz e embrulhe em pão pita ou pão-folha e leve para o almoço.

Para acompanhar, suco de uva concord orgânico, que descobri que produz um excelente picolé. Só o suco direto na forminha e bum! no freezer. Delícia. Dá um couro nos Frutare da vida.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Salada de escarola, funcho, maçã verde e queijo coalho

Para que ninguém acredite que ando vivendo à base de bolo, pão e pudim, essa é uma de minhas novas saladas favoritas. Na hora do almoço, a não ser que esteja um frio de rachar nariz, nada me apetece mais do que uma salada. Um hábito que tinha na época em que morava com meus pais e que retornou com força na época da dieta. Só uma refeição leve impede meu cérebro de desligar completamente após o almoço e me permite trabalhar, tranquila porém alerta.

Trata-se de uma mistureba de outras várias saladas de escarola que já comi. Apenas algumas folhas de escarola rasgadinhas, um talo bonito de funcho fatiado fino, meia maçã verde picada grosseiramente, cebolinha, salsinha e estragão frescos picados, tudo temperado com azeite de oliva extra-virgem, um pouco de vinagre de sidra, sal e pimenta-do-reino. A graça fica por conta do bastão de queijo coalho, desses de churrasco, cortado em cubos e dourado em um fiozinho de azeite em uma frigideira bem quente, até que quase todos os lados dos cubos estejam bem dourados e ligeiramente crocantes.

Essa salada ficou tão boa, que a comi durante quase a semana toda, apenas acompanhada de um belo suco de laranja feito na hora. As laranjas orgânicas estão feias de dar dó, mas incrivelmente doces e suculentas, e apenas duas delas renderam mais de meio copo de suco. Mesmo completando o copo com água o suco continua denso e doce como se fosse apenas fruta. Felicidade total!

De sobremesa, jabuticabas. ;)

Cozinhe isso também!

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