quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Alguns resultados e umas conclusões auto-ajuda em bullets


  • Tempo de dieta: 3 meses, 16 dias, 9 horas e 31 minutos.
  • Dias faltados na corrida durante esse período: 2 (3? Não me lembro)
  • Produtos light consumidos: zero
  • Pozinhos bizarros e proteicos consumidos: zero
  • Shakes estranhíssimos e alienígenas consumidos: zero
  • Pilulinhas e capsulazinhas consumidas: zero
  • Iogurte integral caseiro consumido: 18 litros
  • Pães caseiros não-light consumidos: uns 5kg
  • Frutas variadas consumidas: ah, umas 4-5 por dia? Faz a conta aê.
  • Legumes consumidos: uma verdadeira cornucópia
  • Doces preparados: 12
  • Peso eliminado para nunca mais voltar: 7kg
  • Músculos novos: 400g
  • Furos de cinto diminuídos: 4
  • Calças a serem mandadas na costureira para apertar: 3
  • Conclusão auto-ajuda nº1: Quando a gente quer, a gente consegue.
  • Conclusão auto-ajuda nº2: Não é porque você é vegetariano (ou semi-vegetariano, ou vegan, ou qualquer coisa do gênero) que você come direito.
  • Conclusão auto-ajuda nº3: Não é porque você come mais legumes que seus amigos que você come legumes suficientes.
  • Conclusão auto-ajuda nº4: Não é porque tem maçã na torta que ela não engorda.
  • Conclusão auto-ajuda nº5: O problema não é o cookie ter manteiga, mas comer 30 cookies.
  • Conclusão auto-ajuda nº6: Tudo o que eu precisava era um bico dosador no meu azeite.
  • Conclusão auto-ajuda nº7: Para quem não gosta de cozinhar, dieta deve ser um martírio muito, MUITO maior.
  • Conclusão auto-ajuda nº8: Para quem a-do-ra legumes, dieta é MUITO mais fácil.
  • Conclusão auto-ajuda nº9: A indústria do light, do desnatado, do 0% de gordura e dos pozinhos e pilulinhas que se lasque: é perfeitamente possível emagracer de forma saudável e rápida sem apelar para nenhuma porcaria industrializada.
  • Conclusão auto-ajuda nº10: É bem mais fácil arrastar um corpo 7kg mais leve por uma pista de corrida.
Posso comer bolo, agora? Posso?

domingo, 23 de novembro de 2008

Um jantar com amigos e uma nova Ana


Sempre quis ter uma casa cheia de gente. Uma casa onde pudesse chamar meus amigos e fazer festas, jantares e afins. Mas a verdade é que reuno gente com muito menos freqüência do que gostaria.

Confesso que minhas primeiras experiências como anfitriã foram um pouco traumáticas. Acabáramos de nos mudar, e por isso ainda estava me acostumando com o ritmo de minha vida nova e o tamanho do apartamento. Ainda tinha uma insuportável mania de perfeição, muito típica de quem mora sozinho pela primeira vez e quer mostrar "o jeito certo de fazer as coisas". [Lembram-se de que dissera certa vez que sou chata?] Achava que minha casa tinha de ser absolutamente impecável, que deveria produzir jantares de oito pratos e ficava irritadíssima com convidados que colocassem copos suados diretamente sobre os móveis. [Bree? Monica? Alôoo?] E eventos descontraídos logo se tornavam fontes inesgotáveis de stress. À toa.

Então, chegou o verão e com ele a constatação de que nosso apartamento era um forninho. Isso, somado ao fato de ele comportar apenas um número limitado de pessoas sentadas, fez-me começar a duvidar da vocação de minha casa para festas. Fui ficando insegura, e me sentia ainda mais pressionada quando de fato tínhamos coragem de chamar alguém em casa. Com o blog sendo divulgado entre os amigos, comecei a não querer decepcionar meus convidados e passei a preparar pratos mais trabalhosos e sofisticados. O que só fazia aumentar minha frustração quando o evento era cancelado de última hora. Gastava tempo, dinheiro e paz de espírito em troca de... bem... apenas stress e muito pouca diversão.


Duas coisas fizeram minha cabeça mudar radicalmente: o retiro de yoga, que acalmou minha mente e fortaleceu meu espírito, me fazendo enxergar quão simples minha vida de fato é e o quanto teimo em complicá-la; e algumas conversas com determinadas pessoas, que me contaram suficientes histórias a respeito de suas juventudes em apartamentos minúsculos para me fazer sentir ridícula por acreditar que eu não poderia dar uma enorme festa em casa.

Por isso decidi descomplicar. E para testar minha nova política de "descomplicação da vida", chamei um casal de amigos de quem gosto muito para jantar. Normalmente passaria o dia todo criando um cardápio de pelo menos três pratos, terminaria tudo em cima da hora e ficaria preocupada em servir cada prato no momento certo. Stress. Desta vez, deixei castanhas-de-caju em potinhos pela casa, preparei uma mousse de chocolate na hora do almoço (para firmar durante a tarde), e, quando todos estavam com fome, preparei em quinze minutos um panelão de um dos primeiros pratos que aprendi a fazer na vida: fusilli ao molho de alho-poró. Tudo muito simples, mas gostoso e feito com carinho.


Castanhas, fusilli e mousse foram devorados, ótimo vinho foi bebido, muito Guitar Hero foi jogado, e eu consegui me divertir prá burro. A noite inteira foi excelente, a companhia foi ótima, e mal posso esperar para chamá-los novamente. Nenhum stress. Só risadas. É assim que deve ser.

FUSILLI AO MOLHO DE ALHO-PORÓ
Tempo de preparo: 15 minutos
Rendimento: 4 porções generosas


Ingredientes:
  • 500g de fusilli ou a massa de sua escolha (exceto spaghetti e afins)
  • 1 colh. (sopa) manteiga sem sal
  • 1/2 colh. (sopa) azeite
  • 2 alhos-poró grandes
  • 1 lata de creme-de-leite
  • 50g de queijo parmesão ralado
  • casca ralada de 1/2 limão
  • sal e pimenta-do-reino

Preparo:
  1. Fatie o alho-poró finamente e lave sob água corrente duas ou três vezes para tirar qualquer grão de terra. Escorra bem. Aqueça a manteiga e o azeite em uma panela e coloque o alho-poró, com uma pitada de sal. Cozinhe em fogo médio-baixo por 15 minutos, até que esteja bem murcho mas sem dourar, mexendo de vez em quando.
  2. Enquanto isso, prepare a massa segundo as instruções do pacote. Abaixe o fogo do alho-poró para o mínimo e junte o creme de leite, mexendo bem, apenas o suficiente para aquecê-lo um pouco. Escorra a massa e junte ao molho. Acrescente o queijo, o limão, pimenta-do-reino a gosto e mais um naco de manteiga e misture bem. Sirva imediatamente.

Cozinhe isso também!

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