domingo, 26 de agosto de 2007

Lasagne de tudo um pouco

Neste domingo de sol e brisa refrescante entrando pela janela, sabia que queria almoçar algo que matasse minha fome muito bem matada, mas que também tivesse qualquer coisa de leve, refrescante. Na minha geladeira havia cenouras e beterrabas orgânicas, grana padano, e umas bobeiras aqui e ali; e no freezer, ervilhas, favas e couve de bruxelas. Não restara mais muitas opções de massa na despensa a não ser cannelloni e lasagne Barilla, então resolvi dar uma de inventora e juntar um monte de coisa em um prato só.

Comecei fatiando fino algumas cenouras, colocando-as numa frigideira funda com água bastante para cobrir, uma colher de mel, açúcar, sal, pimenta-do-reino e sementes de cominho, e deixando ferver, até que ficassem glaceadas. Enquanto isso, coloquei água e sal para ferver em outra panela e branqueei um punhado de couve de bruxelas, outro de ervilhas e o que restara de favas. Escorri e reservei. Em outra frigideira, dourei um dente de alho e uma cebola em fatias finas e misturei às couves.

Pré-aqueci o forno a 180ºc, e pus-me a preparar o molho branco, com manteiga, leite integral, farinha, sal e pimenta-do-reino. Untei uma travessa com manteiga, espalhei uma colherada de molho, uma camada de massa para lasagne da Barilla, as couves com cebola, molho, outra camada de massa, as cenouras glaceadas, folhas de tomilho colhidas da janela, molho, outra camada de massa, as ervilhas e favas, um punhado de salsinha picada, mais molho, a última camada de massa, molho e um punhado generoso de grana padano ralado, com mais um salpicar de salsinha. Deixei no forno por uns 20 minutos, até que dourasse, e nós dois nos esbaldamos, acompanhados por um Sauvignon Blanc simplesinho mas gostoso e o cachorro circulando aos nossos pés, todo curioso.

Não deixo aqui em formato de receita pois de fato fui fazendo no olho, experimentando. O resultado é um marido de barriga cheia capotado no sofá e eu aqui publicando esse post, orgulhosa da minha invencionisse de sucesso.

Quitutes de viagem - delícias gordurosas!

Essa semana, minha tia residente em Los Angeles, California, veio nos visitar. E há já algum tempo que, sempre que ela avisa que está a caminho, peço para que traga um quitute que adoro: manteiga de amendoim.

Quem vê muito filme e seriado americano conhece muito bem as aplicações gorduchas do quitute: sanduíche de manteiga de amendoim e geléia. Ao contrário do nosso finado Amendocrem, o Peanut Butter americano é de fato salgado, não doce como muita gente imagina, e por isso mesmo fica uma delícia com uma geléia de amoras, bem docinha. Sempre peço a Smooth, porque era a única coisa que conhecia. Quis desta vez, porém, a Crunchy ou Nutty, com pedaços de amendoim, pois todas as receitas que conheço (há um Peanut Butter Muffin da Nigella olhando para mim faz tempo) pedem a manteiga bem pedaçuda. Bom, titia trouxe as duas!

O charme do presente da tia está no fato de ela ter trazido dois potes de manteiga de amendoim orgânica! E olha que eu nem havia especificado o detalhe. Lógico que, levando as minhas delícias para casa, tive de aturar vários olhares de desaprovação maternos e paternos, que só vêem calorias e ataques cardíacos nos meus quitutes. Eles sempre me repreendem por meu ligeiro abuso de manteiga, ovos e laticínios em geral, então pedir esses potinhos de gordura é praticamente um crime para eles. Não adianta falar que meu médico disse que pode. O pior é que, só pela nóia da coisa, fui fuçar na tabela nutricional. E pasme: apesar de ser ultragodurosa, a manteiga de amendoim não tem nem gordura trans nem colesterol! Zerinho!

Aaaah... quem me segura, agora?

Cozinhe isso também!

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