
Ê, fase, viu?! Primeiro marido doente, depois excesso de trabalho, agora cãozinho resolveu ficar borocochô (eis uma palavra que nunca pensei que escreveria — será que é assim??). O coitado do bichinho empipocou todo de calor e está sendo entuchado de antibióticos e antialérgicos. Lá vou eu parar de trabalhar e levar o Gnocchi no veterinário (que, ainda bem, é aqui do lado). Toma remédio e... passa mal do estômago. Lá vai a Ana limpar a sujeirada, morrendo de dó do cãozinho, mas simultaneamente pensando no prazo. Ai, o prazo. Tem que terminar a estrutura do painel, tem que ilustrar os edifícios, os veículos, tem que converter os gráficos, e ilustrar as pessoinhas... Ai, as pessoinhas! Tem que escanear e enviar para o cliente para que ele aprove o traço! Mas eu ia fazer isso no fim de semana! Droga. Volta tudo. Refaz o cronograma. Não vai dar tempo, não vai dar tempo...
AAAAAARGH!!!


Apanhei duas cenouras pequenas, descasquei-as e fatiei-as, cortando também um tomate em bocados. Misturei-os, em uma assadeira, a um pouco de azeite, sal, pimenta moída na hora, uma pitada de cominho em grão, 1/2 colher (chá) de mel e levei ao forno quente, a 220ºC por uns 20 minutos, até que as cenouras estivessem caramelizadas e o tomate, murchinho. (Enquanto isso, volta para o computador e reescreve os contratos para o outro cliente.) Bati tudo no liqüidificador com 125ml de caldo de legumes e 1/4 de xícara de creme de leite fresco. Acertei o tempero, e comi acompanhado de lascas finas de polenta assada, crocantes depois de salteadas no azeite.
Aaaaaaaaaaaah... que booooom... Suquinho de maracujá para acompanhar e terminar de acalmar os nervos.
Agora de volta ao buraco negro que me engole para dentro do universo chamado trabalho.