
Porém, vi decepcionada um prato de penne, como um monte solitário de pasta sem molho, cercado minuciosamente de uns 6 tomates-cereja cortados ao meio e umas 6 bolinhas de mozzarella, graciosamente intercaladas. O manjericão farto que eu esperava eram folhinhas minúsculas individualmente repousadas sobre cada uma das metade de tomates. Muito bonitinho, pensei. Mas onde está o molho?
É claro que não importava o quanto eu mexesse o garfo no meu prato, o macarrão não pegaria jamais o gosto daqueles três ingredientes esparsamente distribuídos. De modo que terminei minha noite mais uma vez frustrada, pensando por que alguém que tem um restaurante italiano se importaria tanto com a aparência do prato ao ponto de prejudicar seu sabor... Seria influência dessa onda de gastronomia, em que o mais porcaria dos botecos tenta aparentar sofisticação na aparência ao invés de... ahn... melhorar seus pratos? Por que um lugar como o Pasquale, que obviamente sabe o que é servir boa comida, se renderia a uma tendência como esta?
Paguei minha conta, àquela noite, pensando que talvez tivesse sido mais proveitoso pedir um antipasto atrás do outro, pulando o prato principal e indo direto à sobremesa...