quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Da simplicidade de uma sopa e do surto histérico da quinoa


Uma amiga era dona de um café. Ela usava apenas ingredientes orgânicos e frescos para produzir seus pães de fermentação natural e seus bolos. Bolos de limão, de chocolate, de cenoura. Um dia, uma cliente lhe pergunta se ela não poderia fazer um bolo, assim, mais natural: integral, sem glúten, sem açúcar, sem gordura. Ela respondeu que seus bolos já eram naturais. E que o de banana era feito com farinha integral, se ela fizesse mesmo questão disso. O assunto morreu ali. Ela andava cansada de gente perguntando se não havia pão sem glúten no cardápio, ao mesmo tempo que se revoltavam por ela não vender refrigerante. Cadê minha coca zero? Mas eu quero pão sem glúten e cappuccino sem lactose. Ela sabia que ninguém ali era alérgico, celíaco ou intolerante. Só louco e chato mesmo.

Eu achei divertido experimentar com alternativas vegan ou sem glúten para facilitar minha vida e variar um pouco. Quando acaba o ovo, sei que ainda consigo fazer panquecas usando chia e água. Ou posso fazer meus bolinhos de lentilha usando inhame para dar liga. Quando estou sem farinha de trigo, ainda consigo fazer crêpes para o almoço, ou uma massa de torta, sem ter que encaixar uma ida ao supermercado num dia já suficientemente corrido. Quando todo mundo se refestelou muito de bolo de chocolate numa semana, acho prudente fazer quitutes sem açúcar adicionado na semana seguinte. É prático, é gostoso, mas a neurose para por aí, porque eu adoro fazer um belo lombo de porco com batatas assadas de vez em quando, meu risotto de legumes sempre vira supplì, devidamente frito como se deve, meus filhos adoram quando faço um bom e velho sorvete de chocolate, e eu amo finalizar uma refeição leve com uma fatia de algum queijo forte, no melhor estilo franco-italiano.

Se por um lado de início me encantei com alguns sites ou programas de youtube naturebas, porque adoro descobrir essas alternativas ou pelo simples fato de amar verduras e legumes, por outro, comecei a ficar um bocado incomodada com a abordagem reducionista do que essas pessoas consideram uma "alimentação natural" – apesar de continuar gostando dos sites e programas.

Grosso modo, vejo uma alimentação natural como você prover seu corpo com comida pouco ou nada processada, que tenha sido produzida de modo a gerar a menor quantidade de impacto negativo no seu ambiente e na sua comunidade (o que quer dizer orgânica, biodinâmica, caipira, fair trade, local, etc.). Se é azeite ou óleo de coco, se é cevadinha ou painço, se é abobrinha ou uma galinha criada feliz e saltitante... realmente tanto faz.

Acho que todo mundo que envereda para uma comida natural acaba caindo na boa e velha cestinha de óleo de coco, quinoa, abacate, couve e batata-doce. Mas pare e pense bem: uma pessoa que more na Inglaterra ou na Suécia e pretenda se alimentar quase que exclusivamente desses alimentos, pode estar super bem nutrido e pagando de hippie ambientalista, mas a verdade é que quase todos esses alimentos são produzidos do outro lado do mundo e transportados até seu mercadinho natural gastando um absurdo de combustível e embalagens. Isso não é lá muito natural, vai dizer... ¬_¬

Pare e pense na quinoa. No modo como os pequenos produtores andinos estão perdendo espaço para grandes produções de quinoa para abastecer o resto do mundo com sua fome de "super foods". Procure. Há várias reportagens a respeito.

Quanto óleo de coco um país tropical subdesenvolvido consegue produzir para que todas as novaiorquinas zero-waste possam produzir seu próprio desodorante?

Complicado.

Podemos até mesmo deixar a esfera do mundo natureba. Lembro-me de uma reportagem antiga numa revista Gourmet que mostrava a verdade sobre a produção dos tomates pelados enlatados. Que mesmo que fossem pelados e enlatados na Itália (o que lhes garante o texto: "produzido na Itália"), os tomates na verdade vinham do norte da África e várias outras localidades, em que produtores eram mal pagos pela indústria e trabalhadores eram explorados de formas vergonhosas. Apenas para que o mundo todo possa se sentir virtuoso abrindo uma lata de tomates pelados italianos para produzir seu molho.

Há outros textos ainda que dizem que é impossível abastecer o mundo todo de azeite de oliva extra-virgem, e que por isso a maior parte das marcas de azeite extra-virgem não é sequer virgem e muitas vezes sequer 100% azeite de oliva.

Num mundo ideal em que todas as cidades são abastecidas por um cinturão verde de agricultores responsáveis, nós teríamos uma alimentação natural de produtos nativos e locais. Uma inglesa natureba comeria comida pouco processada usando ingredientes comuns à sua cultura culinária, deixando o ingrediente exótico para uma ocasião especial.

Mas sabemos que isso é impossível. Tendo já visitado cidades brasileiras cercadas por centenas de quilômetros de monoculturas de vegetais destinados a se transformarem exclusivamente em combustível ou produtos alimentícios altamente processados (cana-de-açúcar, milho e soja), sei bem a cara que têm os mercados desses lugares: comida extremamente processada que veio de longe e meia dúzia de frutas e verduras que viajaram mal por tempo demais e longas distâncias, atravessando aquele deserto verde que deveria ser ocupado por agricultura familiar orgânica para abastecer de comida fresca e verdadeira aquela cidadezinha ali no meio.

Mas largando a política um pouco, porque, afinal, eu continuo comprando macarrão italiano e azeite português...

As pessoas parecem ter entrado nessa paranóia de que comida saudável só é saudável se for quinoa com couve e batata-doce, e pior, demonizando ingredientes maravilhosos como o trigo, com todos os seus nutrientes e sua versatilidade, além de sua abundante contribuição para as culturas culinárias do mundo todo.

Peguei um bode particular da onda do sem-glúten depois que li um estudo dizendo que o consumo de macarrão na Itália anda caindo vertiginosamente por conta disso. Se isso não te deixa com raiva, saiba que eu fico furiosa.

Noutro dia meu filho pediu peixe frito. "Eu aaaaaaamo peixe frito." Às vezes ele cisma de forma adorável com algum alimento específico, mesmo nunca tendo provado. O que faz com que ele me peça coisas estranhas como uma sopa de amendoim ou uma panqueca de atum. "Eu aaaaaaamo panqueca de atum."

Mas sendo quem eu sou, não resisti a fazer-lhe essa vontade e comprei peixe fresco. Envolvi os filés cortados ao meio em uma massa de farinha, ovo e cerveja de boa qualidade, como nos famosos Fish & Chips e fritei-os lindamente. Servi com um purê de batatas e ervilhas delicioso. Tudo fresco, tudo orgânico, tudo natural, local e sustentável. Família amou, Thomas ficou contentíssimo, e eu fiquei pensando nisso: olha só, comida boa e de verdade, e sem quinoa, sem couve e sem batata-doce.

Ri silenciosamente dessa constatação.

É tão fácil entrar na neurose que seu prato tem que sempre ter aquela cara de "tigela de quarenta e três ingredientes" (eu adoro tigelas de quarenta e três ingredienres), e que se não tiver linhaça no meio você não está sendo bem nutrido (e eu adoro linhaça)... que eu tenho intercalado a compra de arroz integral e arroz branco simplesmente pelo prazer de me lembrar que peixe frito com purê de batata também é comida de verdade.

Usei uma abóbora inteira, ainda que pequena, para preparar essa sopa, que, como sempre, sendo do livro da Ginette Mathiot, surpreendeu-me por ser tão ridiculamente simples e ao mesmo tempo tão fantasticamente deliciosa. Tanto, que até o marido que continua não gostando de abóbora repetiu.

E veja só. Ela usa um só legume. E é maravilhosamente natural. E saudável, e orgânica, e todos os outros adjetivos que hoje em dia precisamos incorporar ao nosso prato para nos sentirmos bons e virtuosos. E é amanteigada sem ser cheia de manteiga, e saborosa como se tivesse quarenta e três ingredientes, e suave e cremosa e com gosto de comida que você come quando quer um abraço. Para melhorar, ela ainda é francesa. O que nos coloca sempre na posição obrigatória de terminar a refeição com uma fatia de algum queijo forte e um suspiro de satisfação.

SOPA DE ABÓBORA
(Do sempre excelente I Know How to Cook, de Ginette Mathiot)
Tempo de preparo: 30 minutos + 15 de preparo
Rendimento: 6 porções generosas.

Ingredientes:

  • 1,6kg de abóbora (de preferência Kabocha), descascada, sem sementes e cortada em cubos (uma abóbora inteira de cerca de 2kg)
  • 2-4 xic. leite *
  • 2 colh. (sopa) generosas de manteiga
  • sal e pimenta
  • croûtons caseiros (pão amanhecido, cortado em cubos e dourado em azeite e um dente de alho inteiro)


Preparo:

  1. Coloque a abóbora em uma panela grande e cubra com 4-6xic, de água. Leve à fervura, reduza o fogo e cozinhe por 25 minutos sem tampa, até que fique macia. 
  2. Bata num processador ou liquidificador até que fique cremosa. Retorne à panela, junte o leite até obter a consistência que você prefere na sopa, tempere com sal e pimenta e cozinhe por mais 5 minutos.
  3. Coloque a manteiga e os croûtons na sopeira (ou divida entre os pratos), derrame a sopa sobre eles e sirva imediatamente. 
* Observação: eu usei a quantidade menor de água para cozinhar, pois não queria uma sopa líquida demais e achei que seria mais fácil afinar uma sopa grossa na hora de incorporar o leite do que engrossá-la novamente, por razões óbvias. Também acabei não usando todo o leite. 










terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Um monte de sorvete, um monte de livros


Pimpolhada come como gente grande. Às vezes fala que não está afim de comer toda a berinjela. Mas come a berinjela. E come escarola. E come a salsinha no meio da comida. E experimenta uma coisa nova quando eu digo que eles nunca comeram aquilo na vida.

Minha vida culinária anda muito tranquila. :)

Valeu a pena encher tanto os pacová dos meus filhos durante esses quatro anos e meio.

Tanto que pude dar um tempo em toda a quinua e toda a mousse de chocolate com abacate. Não precisei enfiar linhaça em mais nenhum prato, porque eu não preciso mais esconder o espinafre. Todo mundo está forte e saudável e come o espinafre sem muita birra assim, só aquela coisa verde no centro do prato. (Mas confesso que toda a carne que rolou nos últimos meses nos fez desejar um ano vegetariano em 2016...)

A naturebice então deu uma relaxada, e depois de alguns picolés feitos apenas de fruta gelada, comecei a produzir sorvetes mais complexos de novo, coisa que eu não fazia havia um tempo, tentando fazer crianças que empurravam a abobrinha para longe comer pelo menos fruta de sobremesa então.

Aconteceu uma avalanche de sorvete nos últimos meses, para a alegria geral da família. Primeiro o de chocolate, que fez o povo aqui revirar os olhos de tão bom. Quase ganache congelada. O de iogurte já fiz mais de sete vezes. O de café e canela foi uma surpresa, como um cappuccino geladinho e cremoso, tão bom que até o marido que não gosta de sorvete de café gostou. O de buttermilk acabou no dia em que foi feito, no Natal, e todo mundo aprovou e elogiou e lambeu os beiços. O de pão era uma ideia estranha que ficou ótima, pois usei o panettone amanhecido e ele ficou parecendo um crocante dentro do sorvete. A receita original não usava açúcar no creme de ovos, mas achei isso muito esquisito, então acrescentei um pouco. Também só coloquei o crocante de panettone depois de tirar o sorvete da sorveteira, pois gente que acrescentou antes, como a receita pedia, reclamou que o pão meio que dissolveu lá dentro. Do meu jeito, o crocante continuou crocante. Ainda rolou sorvete de limão com spekulatius e sorvete de chocolate ao leite com Guinness e crocante de aveia, os dois do David Leibovitz. Mas as receitas são mais complexas e mais caras, então só vou colocar se muita gente pedir, ok?

E enquanto a comida de todo dia anda mais relaxada e mais simples, eu comecei a perceber que mesmo os livros que eu havia guardado depois da primeira rapa andavam abandonados.

Separei-os então e os apaguei da minha lista do Eat Your Books. E prossegui a vida, usando apenas os que ficaram na minha estante.

E para minha surpresa, ninguém morreu de fome. ;)

Fiz então mais uma rapa entre meus livros favoritos, mantendo em mente o que eu levaria se pudesse levar para uma ilha deserta apenas uma mala pequena de livros. Alguns dos selecionados para ir embora contém receitas que amo muito, mas que já tenho aqui no blog ou anotadas em outro caderno. Ou essas receitas já sei de cor e não preciso mais do livro. Ou elas são excelentes mas são muito parecidas com outras que já tenho,  e não preciso duas coisas parecidas ocupando lugar na estante se podia haver uma só. Eu manteria todos eles, não fosse meu desejo forte de limpar um pouco a casa de tantos livros e coisas.

Então deixo aqui para vocês a lista dos livros que estão indo agora, se alguém se interessar. Caso haja interesse em um ou mais de um, mande-me um email em lacucinetta@gmail.com (NÃO mande pelos comentários, só via email, para eu controlar melhor), informando seu cep para o cálculo do frete. Quando o livro for pago, risco aqui da lista.

Os livros estão todos usados, mas em bom estado. Estão empoeirados, alguns com a capa externa (dust cover) com sinais claros de uso, de quando você puxa a lombada para tirar da estante, mas o interior está perfeito. Alguns têm anotações. Os preços estão relativos ao menor valor do livro usado na Amazon americana, de onde comprei, e convertidos de real para dólar, mais ou menos.

Lembre-se que a maior parte dos livros de 60 reais é GRANDE e se você morar muito longe de SP, o frete pode ficar meio caro.

E para quem não quer os livros, ou para quem quer também, deixo aqui as receitas dos sorvetes. :D


Update: Já foi tudo vendido! Obrigada! ^_^
LIVROS POR 60 REAIS + FRETE:

  • THE COUNTRY COOKING OF FRANCE, Anne Willan (Lindo, grande, cheio de imagens, melhor ensopado de peixe e melhor caramelo salgado que já fiz)
  • THE BLUE CHAIR JAM COOKBOOK, Rachel Saunders (Lindo, gigante, muitas receitas muito bem explicadas, para quantidades razoavelmente grandes de geleia – eu costumava dividir pela metade ou em quartos para quantidades pequenas. Mas combinações maravilhosas.)
  • FOOD FROM MANY GREEK KITCHENS, Tessa Kiros (Ótimas receitas, mas sinto que já tenho o que quero dela em termos de influência grega em todos os outros livros que tenho da Tessa.)
  • MARCELLA's ITALIAN KITCHEN, Marcella Hazan (Muito bom, livro raro, fotos antigas, receitas ótimas, mas no fim volto sempre para os meus outros livros dela.)

LIVROS POR 30 REAIS + FRETE:
  • LOCAL FLAVORS, Deborah Madison (Excelentes receitas acho que quase tudo vegerariano, mas acabam sendo variações de tudo o que já tenho da Deborah Madison. )
  • THE ART OF FERMENTATION, Sandor Ellix Katz (Nunca usei, mas ganhou prêmios e ensina a ciência de se fermentar qualquer coisa.)
  • A16 FOOD + WINE, Nate Appleman e Shelley Lindgren (Melhor pizza. Fiz bastante coisa desse livro, com a conserva de atum, as almôndegas de frango, as cenouras com ervilhas, o ragù com polenta de castanha...)
  • THE SWEET LIFE, Kate Zuckermann (Livro lindo, receitas super apetitosas, a Pat do Technicolor Kitchen já me mandou largar mão de ser besta e usar o livro, mas eu simplesmente nunca me animei. Sempre acabo achando outra coisa pra preparar. Me arrependo de nunca ter usado o livro, mas no espírito da rapa, não vou nem tentar usar, pra não acabar ficando com ele.)
  • DESSERTS BY THE YARD, Sherry Yard (ótimo. O Devilish Angel Food Cake é maravilhoso. O Corn Bread docinho docinho parece um bolinho de fubá bem molhadinho.)
  • COZINHA DE ORIGEM, THiago Castanho (Comprei pra me aventurar mais em cozinha brasileira, mas acabei não usando.)
  • THE NEW PORTUGUESE TABLE, David Leite (Muitas receitas apetitosas de muitas coisas que parecem brasileiras, por motivos óbvios. Mas também sempre esqueço de usar.)
  • CHARLÔ EM PARIS, Nina Horta (Comprei pela ilustração há mais de dez anos. Aprendi a fazer com ele as torradas com claras em neve no forno e o bolo de mel, que era uma delícia. Uma fofura para crianças.)
  • GIADA'S KITCHEN, Giada di Laurentiis (A pastinha de figo seco com avelã é a favorita da minha irmã, e eu aprendi com esse livro a comer sanduíche de pera com taleggio. Livro muito bom.)
  • SATURDAY's & SUNDAY"s, Kay Francis (Muitas receitas de cardápios para fazer em diferentes situações de fim de semana.)
  • MIETTE, Meg Ray (Saiu daí o meu menor bolo de aniversário do mundo, do ano passado, e meus marshmallows favoritos, um maravilhoso bolo de abóbora, thumbprint cookies, etc... E o livro é uma fofura. Pena que minha filha fez o favor de rasgar a capa externa e uma das páginas internas. Ainda assim, o livro vale. 
  • CHEZ PANISSE VEGETABLES, Alice WAters (Gravuras lindas, mas nenhuma foto. Receitas impecáveis.)
  • CHEZ PANISSE FRUIT, Alice Waters (Mesma coisa do Vegetables. Muitas receitas com frutas em pratos salgados, o que é bem legal.)

LIVROS POR 20 REAIS + FRETE:

  • THE GHIRARDELLI CHOCOLATE COOKBOOK
  • SEASONAL FRUIT DESSERTS, Deborah Madison (O foco é totalmente a fruta. Vários jeitos diferentes de se servir as frutas, seja com caldas, com queijos, com bolos ou biscoitos, transformados em pudins, em tortas...)
  • THE NAKED CHEF, Jamie Oliver
  • THE ULTIMATE FROZEN DESSERT BOOK, Bruce Weinstein e Mark Scarbrough (Ótimos sorvetes. Usei horrores esse livro.)
  • THE BOOZY BAKER, Lucy Baker (Gracinha de livro, com receitas de doces e drinks.)
  • MACRINA BAKERY AND CAFE COOKBOOK, Leslie Mackies (Pão de batata maravilhoso e muffins gigantes – tem que dividir a receita pela metade para assar em forma de muffin tradicional. Mas muito bons. Vários pratinhos salgados no fim do livro.)
  • COMO COZINHAR UM LOBO, MFK Fisher (Em português, sobre como economizar dinheiro na cozinha em época de recessão.)
  • FORMAGGI, Fiona BECKETT (Comprei na Itália, então está em italiano – melhor receita de fondue.)
  • THE MULTI-CULTURAL CUISINE OF TRINIDAD & TOBAGO & THE CARIBBEAN (Comprei em Trinidad. A cozinha de lá é uma mistura de chinesa, indiana e inglesa, muito interessante e apimentada. Mas no fim não estou usando o livro, que funciona mais ou menos como aqueles livros do SESI, com tamanho de porção, calorias, nutrição... é usado nas escolas de lá. Está em inglês.)
  • COOK 1.0, Heidi Swanson (Livrinho fofo mostrando variações sobre métodos de cozinha rápida. Vegetariano. Receitas simples, fáceis e gostosas.)


E agora... SORVETE!!!


SORVETE DE BAUNILHA
(Do Livro Twelve, de Tessa Kiros)
Rendimento: cerca de 1 litro

Ingredientes:
  • 700ml leite integral
  • 250ml creme de leite fresco
  • 1 fava de baunilha*
  • 4 gemas de ovo
  • 200g açúcar
* eu uso 200g do meu próprio açúcar baunilhado e acrescento mais 1 colh (chá) de extrato natural de baunilha.

Preparo:
  1. Se estiver usando a fava, abra-a ao meio com uma faca e raspe as sementes pra dentro de uma panela. Jogue a fava lá dentro junto. Junte o leite e o creme e leve à fervura. Retire do fogo. 
  2. Enquanto isso, bata as gemas e o açúcar (e o extrato se estiver usando no lugar da fava) até que fique homogêneo. 
  3. Junte o leite quente aos poucos, batendo sempre, pra que os ovos não cozinhem.
  4. Volte essa mistura para a panela e mexa com uma colher de pau, em fogo baixo, até engrossar um pouco. Não deixe ferver. (A medida certa é quanto você passa a ponta do dedo nas costas da colher – cuidado, está bem quente – e o líquido não escorre imediatamente, mas sim mantém o rastro do seu dedo intacto.)
  5. Desligue o fogo, passe por uma peneira para dentro de uma tigela grande (a peneira retira a fava e qualquer pedacinho de ovo que pode ter empelotado). Misture o conteúdo da tigela até que pare de sair vapor. Leve à geladeira por no mínimo 4 horas ou até uma noite inteira antes de colocar na sorveteira. Isso garante que a mistura vai gelar bem devagar e não vai criar nenhum cristalzinho de gelo. 


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SORVETE DE CAFÉ E CANELA
(Do livro Recipes & Dreams From An Italian Life, de Tessa Kiros)
Rendimento: cerca de 1 litro

Ingredientes:
  • 2 xic. creme de leite fresco
  • 1 pau de canela
  • 1 colh (chá) extrato natural de baunilha
  • 1 colh (chá) cacau em pó sem açúcar
  • 4 gemas de ovo
  • 2/3 xic açúcar
  • 1 xic (250ml) de café bem forte, de preferência espresso, se você tiver uma máquina de espresso
Preparo:
  1. Aqueça o creme, canela, baunilha e cacau em uma panela grande.
  2. Bata as gemas e o açúcar até que fique fofo e claro. 
  3. Quando o creme estiver quase fervendo, misture o café.
  4. Junte devagar o creme quente às gemas, batendo sempre. Volte para a panela e cozinhe como no passo 4 e 5 do sorvete de baunilha.
  5. Remova o pau de canela antes de colocar na sorveteira. 



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BUTTERMILK ICE CREAM OU SORVETE DE IOGURTE DO DAVID LEIBOVITZ
(Do livro Apples For Jam, de Tessa Kiros)
Rendimento: cerca de 1 litro

Ingredientes:
  • 1xic. de creme de leite fresco
  • 1 xic açúcar
  • 1 colh.(sopa) extrato de baunilha
  • 2 xic. buttermilk*
*Use o soro do iogurte quando você o drena para obter "iogurte grego" ou "labneh", ou use o soro restante da fabricação de queijo, que foi o que eu usei.

Preparo:
  1. Misture o creme, o açúcar e a baunilha e bata na batedeira ou com um fouet até começar a engrossar e o açúcar ter-se dissolvido. Junte o buttermilk, misturando sempre para incorporar. Leve à geladeira por 4 horas ou durante a noite antes de colocar na sorveteira.
  2. Alternativamente, pra fazer o sorvete de iogurte, você só precisa substituir o buttermilk por iogurte integral. Se quiser, pode omitir o buttermilk E o creme e usar 3 xic apenas de iogurte integral. Já fiz ambos e ficam ótimos 



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SORVETE DE PÃO COM MANTEIGA (OU DE PANETTONE)
(Adaptado do livro Apples for Jam, de Tessa Kiros)
Rendimento: cerca de 1 litro

Ingredientes:
  • 3 fatias de pão caseiro ou panettone
  • 3/4 xic. açúcar mascavo
  • 4 colh. (sopa) manteiga e mais para untar
  • 2 gemas de ovo
  • 1 colh (chá) extrato natural de baunilha
  • 1/2 xic. leite
  • 1 1/2xic creme de leite fresco
Preparo:
  1. Pré-aqueça o forno a 205ºC. Unte uma assadeira com manteiga. Esfarele o pão ou panettone com as mãos e espalhe as migalhas na assadeira. Polvilhe com 1/2 xic do açúcar mascavo, misture bem e leve ao forno pré-aquecido.
  2. Asse por 10-12 minutos, mexendo de vez em quando para não queimar. As migalhas devem ficar razoavelmente crocantes e douradas, mas não podem queimar. Retire e transfira para um prato frio para que não continuem cozinhando.
  3. Numa panela, derreta a manteiga e continue cozinhando em fogo baixo até que ela adquira um tom de caramelo e um aroma de avelã. Retire do fogo e reserve em outro recipiente, pois se deixada na panela, ela vai continuar cozinhando até queimar.
  4. Enquanto isso, aqueça o leite e o creme numa panela. Bata as gemas com o restante do açúcar mascavo e a baunilha até que fique homogêneo. Junte o leite quente aos poucos, volte para a panela e cozinhe como no passo 4 do sorvete de baunilha. Junte a manteiga reservada e misture bem.
  5. Leve o creme e o pão torrado separados à geladeira por 4 horas ou durante a noite antes de colocar na sorveteira. Assim que o retirar o sorvete da sorveteira e colocá-lo num recipiente, incorpore o pão torrado. (Vai parecer pouco sorvete, mas ao misturar o pão ele vai preencher 1 litro.)



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SORVETE DE CHOCOLATE
(Do livro The Perfect Scoop, de David Leibovitz)
Rendimento: 1 litro

Ingredientes:
  • 2xic. de creme de leite fresco
  • 3 colh (sopa) cacau em pó sem açúcar
  • 140g chocolate amargo picado (SEM gordura hidrogenada)
  • 1 xic leite integral
  • 3/4 xic açúcar
  • 1 pitada de sal
  • 5 gemas de ovo
  • 1/2 colh (chá) extrato natural de baunilha
Preparo
  1. Aqueça 1 xic do creme misturado ao cacau em pó numa panela média, misturando bem para o cacau dissolver. 
  2. Leve à fervura, abaixe o fogo e mantenha em fervura branda por 30 segundos, mexendo sempre. 
  3. Retire do fogo, junte o chocolate picado e misture até que fique bem homogêneo. Então junte o restante do creme. 
  4. Coloque a mistura em uma tigela grande com uma peneira por cima e reserve.
  5. Aqueça o leite, açúcar e sal na panela agora vazia. Em outra tigela vazia, bata as gemas. Junte o leite quente às gemas aos poucos, volte para a panela e cozinhe como no passo 4 do sorvete de baunilha. 
  6. Derrame na tigela com o chocolate, passando pela peneira. Junte a baunilha e leve à geladeira por pelo menos 4 horas ou durante a noite antes de colocar na sorveteira. 



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Cozinhe isso também!

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