quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Chovendo no molhado: meu item primordial contra o desperdício de coisas verdes folhosas

Quando morava com meus pais, verduras eram um problema sem solução. Minha mãe as comprava em grande quantidade, na esperança de que isso nos incentivasse a comer mais delas, mas a verdade é que o apetite mais voraz por coisas verdes não era capaz de exterminar as benditas antes que elas estragassem na geladeira.

Quando me mudei, contraí o mesmo mal. Peço a cesta orgânica uma vez por mês, pois o que vem costuma bastar para duas pessoas durante esse período. Quando vêm muitos legumes e raízes, tudo bem. Mas há meses em que recebo 6 pés de diferentes tipos de alface, mais espinafre, escarola, rúcula, couve... Então bate o desespero, pois você não acredita que seja possível consumir tudo aquilo em duas bocas dentro do "prazo de validade" das folhas.

Demorei muito tempo para adquirir minha centrífuga de saladas. Principalmente porque elas costumavam custar mais de cinqüenta reais, e Allex não me deixava comprá-las de jeito nenhum, considerando-as uma tranqueira inútil. Mas quando elas proliferaram nos mercados e surgiram por aí por menos de 30 merrecas, não consegui conter mais meu impulso. E, desde então, tem sido uma das minhas melhores aliadas contra o desperdício de coisas verdes.

Assim que as folhas chegam em casa, vão direto para a pia, onde são lavadas sob água corrente, folha pro folha. Eu pulo tudo aquilo de deixar de molho em vinagre ou cloro, porque:
  • acredito na força do meu organismo para combater qualquer invasor invisível não lavável;
  • não acredito nesse mambo-jambo de esterilização geral de tudo o que nos cerca (coliformes, germes e bactérias existem até na sua escova de dentes, e você não vive doente por isso);
  • os vegetais ficam ali absorvendo água, e por isso apodrecem mais rápido; fora que eu SINTO o gosto deles diferente depois do tempo de molho.
Depois da lavagem, vão para a centrífuga, e adoro ver a curiosidade do cachorro quando começo a girar a manivela, todo inquieto por causa do barulho leve de "turbina" provocado pelo movimento. E aqui vem os dois truques mais úteis que tenho a ensinar:
  1. Escolha um pote ou saco plástico que comporte todas as folhas folgadamente. Coloque uma ou duas folhas de papel-toalha no fundo do pote, cubra com as folhas, e cubra novamente com papel-toalha antes de fechar muito bem a tampa. Se usar o saco, empilhe as folhas uma em cima da outra, enrole-as em papel-toalha e então coloque-as no saco, tentando tirar boa parte do ar antes de fechá-lo bem. O papel absorverá toda a umidade excedente das folhas e fará com que elas continuem secas e crocantes por mais tempo.
  2. Antes de guardar as folhas separe as mais murchinhas ou manchadas das mais novas e frescas. Guarde-as em potes ou sacos separados; assim você pode usar as murchinhas primeiro, sabendo que as mais novas estão separadas e durarão mais tempo. Também porque as manchadas começarão a estragar antes e, uma vez estragadas, acelerarão o processo das outras mais novas.
Desta forma, já consegui manter pés inteiros de alface na gaveta de legumes da geladeira por duas semanas, sem que elas sofressem perda de crocância ou frescor. Se o papel encharcar, troque-o.

Caso, no entanto, seus pés de alface realmente tenham murchado e estejam muito sem graça para uma salada, não os jogue fora. Refogue-os e use-os como recheio para esse pão. Claro, também demorei uma eternidade para me dar conta de que poderia fazer o mesmo com os maços de cheiro-verde que murchavam na geladeira de um dia para o outro. Hoje, eles duram mais de uma semana.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Rigatoni (de uma designer ocupada) ao perfume de canela

Sabendo que em pouco tempo Allex chegaria com seu amigo para almoçar em casa, saí correndo a preparar um prato que servisse bem aos três, e que fosse ao mesmo tempo saboroso e fácil, pois ando ainda submersa em trabalho e não podia me dar ao luxo de passar uma manhã preparando um almoço sofisticado.

Desta necessidade surgiu esse rigatoni ao forno, que acabou ficando tão bom que pretendo repeti-lo outras vezes.


























RIGATONI
GRATINADO AO MOLHO DE TOMATE E CANELA
Tempo de preparo: 45 min.
Rendimento: 4 porções


Ingredientes:
  • 400g de rigatoni
  • 1 cebola picada
  • 1 dente de alho grande picado
  • 2 colh. (sopa) de azeite extra virgem
  • 1/2 colh. (chá) de orégano
  • 2 tomates italianos orgânicos
  • 1 lata (400g) de tomates italianos pelados
  • 1/4 colh. (chá) de canela em pó
  • 1/4 colh. (chá) de açúcar orgânico claro
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
  • 1 punhado de salsinha picada
  • 1 1/2 xíc. de queijo parmesão ralado grosso

Preparo:
  1. Coloque a água do rigatoni para ferver e comece o molho. Quando a água do rigatoni estiver fervendo, salgue (1 colh. de sopa) e coloque nela o rigatoni, cozinhando por cerca de 80% do tempo descrito no pacote.
  2. Aqueça o azeite e refogue a cebola, o alho e o orégano em fogo baixo, até que fiquem bem macios e ligeiramente dourados.
  3. Corte os tomates frescos em quartos, no sentido do comprimento, e depois em pedaços de cerca de 2cm. Junte-os à cebola e mexa, cozinhando até que estejam bem moles, mas ainda sem virar purê.
  4. Junte o tomate em lata ao molho, com seus sucos, quebrando os tomates com uma colher de pau, e mexendo de vez em quando, e deixe em fogo baixo enquanto o rigatoni cozinha.
  5. Escorra a massa, passe-a sob água fria da torneira para parar o cozimento e coloque em uma travessa refratária.
  6. Nesse momento, você poderá ver uma camada de óleo na superfície do molho. Desligue o fogo, junte a canela, o açúcar e a salsinha e tempere a gosto. Cubra o rigatoni com o molho, misturando bem. Espalhe o queijo uniformemente por cima, deixe escorrer um fio de azeite e leve ao forno pré-aquecido a 200ºC por 15 minutos, até que o queijo esteja bem derretido. Sirva imediatamente com uma porção de queijo extra.

Cozinhe isso também!

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