quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Impossível errar com coco e chocolate

Olá. Meu nome é Ana Elisa e eu sou uma viciada em sorvete caseiro. Sim, sim, eu sei que as coisas andam um tanto monótonas por aqui desde a chegada da sorveteira (notem como o termo "a chegada" dá uma conotação de "a família real chegou" ou "deus desceu à terra"... hehehe...); mas não posso evitar. Quem lê esse blog desde o começo conhece muito bem minha antiga frustração com sorvetes brasileiros em geral. E só não tentei ainda meu fabuloso, saudosista, verde-feio sorvete de pistache, porque, convenhamos, os danados são caros prá dedéu. Enquanto isso, fico feliz e impaciente testando todas as receitas "mais em conta" dos livros que tenho. E, com certeza, as mais agradáveis experiências têm vindo do The Perfect Scoop.

Fiquei muito curiosa ao me deparar com essa receita de sorbet de chocolate e coco, mas igualmente ressabiada. A mistura de chocolate, leite de coco e ÁGUA, na minha cabecinha fértil, geraria gelo sabor chocolate, o que não me parece de modo nenhum apetitoso. Tendo todos os ingredientes em casa, porém, e sem temer o porvir, em pouco tempo eu tinha aquela calda rala de chocolate em minha sorveteira.

Como pode-se verificar pela fotografia, o resultado em nada se parece com gelo sabor chocolate. Muito pelo contrário, o sorbet ficou absolutamente macio e aveludado, intenso de chocolate meio-amargo da Callebaut explodindo na língua, suavizado pelo refrescante leite de coco. Estou louca para testar a receita dividindo o chocolate entre meio-amargo e 70% de cacau, para um sorbet ainda mais intenso e um tantinho mais sofisticado. Seu gosto doce combinou maravilhosamente com o que restava do frozen yogurt azedinho e com a calda de chocolate que me esperava na geladeira.

Quiche de cogumelos

Ontem, aquela latinha de cogumelos refogados que me fora enviada da Itália por minha cunhada estava olhando para mim com ares entediados. De modo que decidi, enfim, colocá-la em uso. O jantar foi esse quiche, ou torta, chamem do que quiserem. Preparei a massa como sempre preparo, mas susbtituí metade da farinha comum pela integral orgânica (como ela absorve umidade de modo diferente, tive de acrescentar cerca de 2 colheres de farinha comum na hora de sovar). Achei que o sabor mais pronunciado da farinha integral seria um ótimo acompanhamento para os cogumelos. E eu estava certa! O recheio não poderia ser mais simples, uma vez que apenas abri a lata e escorri os cogumelos, espalhando-os pelo fundo da massa pré-assada e cobrindo-os com uma mistura de 4 ovos, 3/4 de xícara de leite integral, 1/2 xícara de queijo parmesão ralado, um bom punhado de folhas de tomilho frescas, sal, pimenta, e um fio generoso de azeite trufado. A mistura de ovos, no forno, cresceu como um souflé, para depois desinchar num recheio denso, ainda que leve, saboroso e com um perfume de floresta no outono (que os cogumelos parecem exaltar com primor) que encheu a casa inteira.

Cozinhe isso também!

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