terça-feira, 16 de outubro de 2007

Couscous de abobrinha

Couscous marroquino tornou-se, em minha cozinha, uma das coisas mais fast-food que poderia existir. Ele vai bem com uma infinidade de ingredientes e temperos, é mais fácil e mais rápido de se fazer do que miojo, e meu marido adora. Além de tudo isso, nos sentimos muito saudáveis comendo-o, pois, apesar de tratar-se de uma massa, o couscous marroquino é feito de semolina, com alto valor proteico e menos carboidrato que um macarrão comum.

Este foi feito em 10 minutos, assim que o Allex chegou do trabalho: refoguei duas abobrinhas pequenas, cortadas em pedaços, em um fio de azeite extra-virgem, um dente de alho picado, uma pitada de pimenta-calabresa seca, sal, pimenta-do-reino e um pouquinho de sementes de coentro e cominho quebradas no pilão. Quando as abobrinhas amaciaram, juntei uma lata de grão-de-bico escorrido, 1 copo de couscous e mexi bem por alguns segundos. Desliguei o fogo e coloquei 1 copo de água fervendo com sal; misturei e tampei. Cinco minutos depois, quando o couscous já absorvera todo o líquido, acrescentei um naco de manteiga, acertei o sal e a pimenta, e juntei um punhado de manjericão picado e outro punhado de sementes de girassol tostadas na frigideira. Allex não me deixava guardar o que sobrou na geladeira, porque ficava dando garfadas no pote toda vez que eu tentava fechar a tampa. Ótimo sinal.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O triste fim da pimenteira

Passei meu domingo inteiro em um seminário de kriya yoga. Era de se esperar então que, após um dia de meditação, eu voltasse para casa e tivesse uma noite absolutamente tranqüila. Qual não foi meu choque ao abrir a porta de casa e encontrar minha pimenteira reduzida a três cotoquinhos mastigados enfiados no vaso. O horror! A carnificina! O caos!

Gnocchi obviamente ficou meio bravo por ter sido deixado em casa o dia todo, e resolveu atacar direto minha planta favorita, as três pimenteiras que eu plantara quando juntei os trapos com Allex, a partir das sementes de uma pimentinha seca que meu sogro me dera. Eu cuidara por 2 anos das mudas, livrando-as de todas as pragas possíveis em um apartamento, e, vira-e-mexe, curando-a de problemas causados por minha inapdidão ou desleixo. Finalmente elas pareciam estar bem e cresciam à toda força, produzindo tantas pimentas quanto uma pimenteira de apartamento pode produzir.

Então, ontem, elas foram ceifadas pelos dentes afiados de um border-collie revoltado, que queria brincar com a madeira-balsa que as sustentava. Gnocchi arrancou todos os seus galhos, mastigou e cuspiu todas as folhas e abandonou estas três pimentinhas sobreviventes embaixo do sofá, intactas. Nada restou das plantas que pudesse ser salvo, a não ser elas, as pimentinhas, que jazem na bancada da cozinha como testemunhas traumatizadas do assassinato de sua planta-mãe.

Não chorei pelo meu sapato novinho quando ele ganhou furos largos de seus caninos, mas chorei pela minha pimenteira, castigada, destruída, morta.

Cozinhe isso também!

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