domingo, 24 de setembro de 2006

Sabor de Fazenda


Neste sábado de manhã fiz um pequeno curso que une duas coisas de que gosto muito: "jardinagem gastronômica". O curso é simples e rápido, e ensina, além dos diferentes tipos e usos de cada erva, como reconhecer outras plantas comestíveis que nascem em seu jardim, na beira da estrada, no meio do mato, e que dariam uma excelente salada se você estivesse (ou não) acampando. No final, você aprende a aromatizar azeites, vinagres e manteigas, e leva um vaso com a erva que você escolher para casa.

O curso é dado pelas irmãs donas do viveiro Sabor de Fazenda, que eu conhecera através de uma revista e do site. Nunca lhes fizera uma visita, pois pensava que o lugar era de difícil acesso, mas descobri que o caminho é muito fácil e (num sábado) rápido. O viveiro foi montado no meio de uma área industrial na Vila Maria, a um quarteirão da marginal Tietê. Ao entrar no lugar, no entanto, você se sente transportado para uma pequena chácara do interior. As ervas-mãe (de onde são tiradas as mudas) foram plantadas em canteiros com formatos sinuosos, o que torna tudo mais leve e natural, como um jardim inglês. Cansada de esperar em vão alguma paixão das pessoas que trabalham com plantas ou comida, foi a mais agradável surpresa conhecer as duas, e ver que eu não sou a única pessoa que fica genuinamente feliz quando seu pé de pimenta dá a primeira flor (foto acima). E o melhor de tudo, toda a sua produção é orgânica!

Se você está começando a se interessar por culinária, recomendo fortemente que comece a conhecer as ervas. E este é um ótimo lugar para começar a aprender ou a criar seu jardim de ervas (elas têm uma variedade grande de espécies, e as mudas pequenas são bastante em conta).

Visite o site: www.sabordefazenda.com.br

OBS: o viveiro mais um amigo meu atrapalhado por não saber o que era tomilho me inspiraram a criar uma área nova do blog: ervas. Tentarei descrevê-las, fotografá-las e dar receitas, tudo para facilitar a sua vida na cozinha e para me divertir um pouco!

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Eu não acredito em calorias 1 - A Dieta

Eu me considero uma gordinha que teve um período bastante magro e agora se encontra num equilíbrio ligeiramente cheinho. Quando nasci, no entanto, me recusava a comer, e os médicos tiveram a brilhante idéia de dar-me um remédio que abria o apetite. Acredito que o efeito tenha sido permanente. Isso mais a esperteza infantil que driblava o olhar atento de minha mãe cada vez que eu abria um novo pacote de bolachas me colocaram em dieta logo aos 12 anos de idade, tempo em que me lembro de levar palitinhos de cenoura para a escola e de não poder comer bananas. O resultado disso foi o de qualquer dieta restritiva: perda de peso insignificante e frustração incomensurável.

Outras dietas vieram depois disso, e os resultados eram sempre os mesmos: um mês inteiro comendo saladas de alface com limão, 2kg perdidos que logo voltavam e pura melancolia. Contudo, as coisas mudaram quando tranquei a faculdade de filosofia e, querendo entrar em publicidade, matriculei-me no cursinho. Na mesma época, empolgada com coisas novas, comecei um curso de esgrima e um de violino. O cursinho me obrigava a andar um bocado para pegar o ônibus, a esgrima fez-me exercitar músculos que eu sequer sabia que tinha, e o violino, que me encantara, ocupava cerca de 3 ou 4 horas de meu dia. Vi, maravilhada, os quilos indo embora, apesar dos gordos croissants de chocolate devorados todos os dias na padaria próxima ao cursinho. Aquilo me instigou.

A segunda grande perda de peso, e aquela que me fez finalmente atingir o tão almejado “peso ideal” foi quando, um ano depois, arranjei meu primeiro emprego: assistente de vendas em uma loja de shopping. Eram 6 exaustivas horas em pé dobrando e arrumando camisas masculinas, mais fins-de-semana e feriados inteiros sem folga. Junte a isso pegar metrô todos os dias para a faculdade (até o metrô eram 6 quarteirões subindo uma ladeira de dar medo). O emprego durou exatamente um mês. Comendo batatas assadas com cheddar e bacon, lasagne ai funghi, sorvetes Häagen-Dazs e a ocasional taça de vinho à noite, consegui, nesse curto período, emagrecer 6 kg.

Foi então que me dei conta de que meu problema não era especificamente o que eu andava comendo, mas quanto tempo meu traseiro ficava acomodado no sofá. O simples fato de ficar em pé metade do meu dia, subindo e descendo a escada que levava ao estoque, já conseguia eliminar toda a comida que eu havia consumido em meu almoço.

Então, essa é a lição número um do “Eu não acredito em calorias”:

NÃO FAÇA DIETA; TIRE A BUSANFA DO SOFÁ.

Cozinhe isso também!

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