quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Sem receita hoje... só pequenas alegrias

O tempo vai passando muito rápido. Noutro dia chorei feito uma criancinha ao guardar as roupinhas de recém-nascido do meu pequeno matador de dragões. "Ele era tão pequeniniiiiinho...", expliquei para meu marido incrédulo. "Mas ele AINDA é pequeno!", tentou argumentar, sem sucesso. Lembro-me de ainda estar grávida e já imaginando o dia em que começasse a dar comidas diferentes para meu bichinho de goiaba. Por isso e pela óbvia curiosidade dele cada vez que alguma comida colorida passava em frente a seus olhinhos, não esperei dois segundos depois do pediatra dizer "vai!" para começar a dar-lhe algumas frutinhas. ;)

Talvez tenha sido o fato de eu ter dado meu dedinho sujo de fruta para ele sentir o gosto sem comer nos últimos meses, talvez seja pura sorte. Mas sua aceitação rápida do novo alimento me fez acreditar que ele já estava definitivamente pronto para esse passo. Primeiro foi a pera, raspadinha. Sucesso total. Depois banana, que ele gostou tanto, que erguia os bracinhos na minha direção, segurava a colher e a puxava para a boca escancarada. Seu olhar de puro espanto ao me ver descascar a fruta me fez gargalhar. "Uh!Uh!Uh!", exclamava ele, olhinhos arregalados, batendo os bracinhos nas laterais do carrinho, absolutamnete enlouquecido para pegar aquela fruta tão engraçada.

Então veio a maçã. A maçã Gala, orgânica, docinha, já não foi sucesso imediato. Vai virar gosto adquirido. No primeiro dia, foi cuspida. Mas eu, que fiquei fazendo abóbora para o meu marido até ele aprender a comer sem reclamar (malvada, eu?), não desisto fácil. No segundo dia, ele comeu relutante, mas comeu. Sempre comigo dando risada, fazendo graça, sem mostrar sinal de frustração por ele não ter amado de paixão uma das minhas frutas favoritas. No terceiro dia, mudei a estratégia: descasquei uma metade de maçã e dei o pedaço inteiro na mão dele, para que explorasse à vontade. Naquele formato, foi fácil para ele usar a fruta de mordedor, sem correr o risco de que algum pedaço menor se quebrasse e o fizesse engasgar. Imediatamente vi que ele havia adorado o gosto da maçã, mas não a textura dela raspada. A-há! Fiz um purezinho mais molinho e lá foi ele: adorou maçã. :D

Então veio a laranja, em forma de suco, dada de colherinha porque ainda não quero dar mamadeira enquanto estiver amamentando. Lambança total, mas aprovada.

Mas foi o episódio do mamão que me fez morrer de rir e ansiar ainda mais pelas abobrinhas, berinjelas e agriões. Lá fui eu com a colherinha de café cheia de mamão. E nada. Ele nem via a colher chegando, que dirá abrir a boca. Seus olhinhos estavam totalmente concentrados no grande pedaço cor-de-abóbora em minha mão. Era tudo o que ele queria. Pegar o mamão. Desisti da colher, então, e segurei o pedaço da fruta à sua frente. Suas mãozinhas descoordenadas vieram, ávidas, agarraram a fruta e daí em diante meu filho virou o Cookie Monster. Com direito a olhos vesgos de ansiedade. ;)

Muito anda sinalizando que a primeira papinha propriamente dita virá logo. É uma mistura de tristeza e alegria. Alegria porque não vejo a hora de preparar algumas sopinhas frias para os dias quentes de verão. Pergunto-me quais serão seus legumes favoritos. Tristeza porque amamentar é gostoso e vai deixar saudades. E porque meu bichinho de goiaba está crescendo rápido... :)

Enquanto isso, vou fuçando aqui, em busca de inspiração extra:


http://www.latartinegourmande.com/2009/10/15/homemade-baby-food/
http://whippedtheblog.com/2008/11/21/homemade-baby-food-for-the-mini-whipped-gourmand/
http://smittenkitchen.com/baby/

:)

Cozinhe isso também!

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