quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pão de nada

Sou mal acostumada mesmo. Com a batedeira com gancho para pão, a balança para medir a quantidade certinha de fermento, a farinha mais forte e o forno regulado, todos os meus pães têm saído ótimos. Ah, nem vou me dar o trabalho de ser uma falsa modesta: ficam bons mesmo! Mas não é sempre que dá tempo ou bate aquela inspiração, aí o negócio é sair e comprar do melhor pão que conseguir encontrar nas redondezas. No meu caso, eu acabo indo ao Santa Luzia e comprando algum pão rústico, como um ciabatta, ou algum pão de campanha mais interessante (os preços são salgadinhos, no entanto). Ultimamente, o Pão-de-Açúcar (eca!) da região deu uma bela melhorada em sua padaria e os pães estão bons e mais em conta. Se tenho paciência, ando mais um quarteirão até a Pâtisserie do Le Vin, que faz um pão que é um absurdo de macio e gostoso, mas nem sempre tem: dependendo do horário, acabou faz um tempão.

Quando, porém, simplesmente esqueço de comprar pão para o café-da-manhã, acontece o que mais temo: Allex me aparece com algum pão-de-forma industrializado. Tá, os integrais, pretos, de centeio, vá lá: eu gosto, eu como, tudo bem. Mas pão-de-forma BRANCO da Panco, Wickbold, ou qualquer desses... Passa manteiga, passa requeijão, bota geléia, tosta, vira do avesso, e o pão continua sem gosto e sem textura. O desgraçado é feito para ser tão macio, que ao invés de desmanchar-se na língua, ele vira uma insuportável massaroca, que prende no dente e no céu-da-boca (sem falar no aparelho fixo, que eu uso na arcada inferior). Ô, diacho de pão ruim! Aí me dá vontade de sair correndo e comprar meu ciabatta fresquinho, cortá-lo em fatias grossas, tostar um dos lados na frigideira e colocar um nadinha de manteiga sem sal, que vai derreter no calor do pão quentinho, saboroso, de casca crocante e interior fofinho como uma nuvem.

Cozinhe isso também!

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