terça-feira, 28 de agosto de 2007

Brasil a gosto

Aniversário de minha irmã, tia de Los Angeles visitando, terça-feira... para mim todos são motivos válidos para se conhecer um restaurante novo. Hoje, descobrimos uma casa escondida numa ruela, travessinha da Barão de Capanema, nos Jardins, chamada Brasil a Gosto. O restaurante serve comida brasileira de todos os cantos, num ambiente muito bonito, claro e preocupado com detalhes charmosos.

O couvert foi manteiga comum, de alho e uma pastinha de legumes saborosíssima, passados sobre biscoito de polvilho, pãozinho de queijo, de abóbora, comum e com ervas. De entrada, pedimos bolinhos de arroz, deliciosos, crocantes, sequinhos por fora e desmanchando por dentro, que vêm com um molhinho vinaigrette e um de pimenta para os apaixonados por emoções fortes.

Pedi uma Pescada Cambucu com vatapá e acarajé dos Santos. O peixe, absolutamente no ponto, desmanchando no garfo, estava no centro de um purê laranjíssimo, e cercado de acarajés crocantes, do tamanho de azeitonas. Bonito para os olhos e bom para o paladar. Minha irmã pediu carne seca desfiada com batatas-doces douradas, e também raspou o prato com gosto. Titia desde cedo queria almoçar um filé, então quis o filé mignon com angu e legumes. Disse ela estar tudo à perfeição, e, de fato, havia muito tempo que eu não via legumes tão frescos e tão no ponto. Mesmo minha mãe, que não quis passar da saladinha verde, teceu inúmeros elogios ao molho da salada e ao frescor das folhas.

Satisfação total.

Apenas nas sobremesas a coisa derrapou um pouquinho. Mas parece que é tendência dos restaurantes desse tipo (desse preço, desse serviço, etc), pecar nas sobremesas pelo sem-gracismo ou pelo super-docismo. Foram ambos, nesse caso. A tortinha de massa de castanha de caju, recheada de chocolate e com geléia de cambuci parecia bom em teoria. Mas o chocolate matou o gosto das castanhas e era molenga demais para uma casca dura demais. A geléia que prometia refrescância terminou de deixar tudo simplesmente enjoativo. Minha irmã pediu a bananada (que era um purê de banana) com sorvete de natas e biscoitos, mas também não pareceu muito empolgada à primeira mordida. "É... nada demais...", disse ela.

Cafézinho excelente, no entanto.

No fim das contas, gostei e recomendo. Todo o cardápio (inclusive há uma parte especificamente vegetariana) parecia muito apetitoso. Voltarei com certeza. Mas vou deixar a sobremesa por conta da Häagen-Dazs da Oscar Freire.

:: Tudo isso mais bebida de cada um deu por volta de 60 reais por cabeça. ::

Cozinhe isso também!

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