quinta-feira, 26 de maio de 2022

Visita fácil e quiabo acebolado com pimentão


Às vezes, eu tenho um plano. Meu plano, em primeiro lugar, com meus pais visitando por duas semanas, era me dar a oportunidade de conhecer a cidade onde moro há um ano, e que por tanto tempo esteve fechada para mim, por quarentenas e invernos intermináveis. Levei-os a todos os restaurantes que queria conhecer, a todos os lugares bonitos que eu nunca vira, tão turisticamente quanto possível.


Meu plano, era, também, não ter trabalho. Porque anfitrião cansado fica chato. E cozinhar para muita gente todo dia nem sempre é assim aquela alegria.

As crianças levaram sanduíches de almoço, e Allex resolveu muitos jantares infantis com pizza e pipoca, quando os adultos ainda estavam empanturrados das porções canadenses do almoço. 

Mas quando a fome e a vontade bateram, fui à cozinha preparar um jantar para seis sem complicações. Complicações, no caso, sendo muitas panelas, muitos preparos simultâneos ou excesso de mis-en-place. Mas pode ser simples e também saboroso, que se meus pais pegaram tantas horas de voo para visitar, não era minha intenção que jantassem gororoba de terça-feira e resto de geladeira.

Num dia, lancei mão de um pacote de ravioli de ricotta que é BEM gostoso, apesar de pronto, e, enquanto cozinhava, derreti uma quantia generosa de manteiga na frigideira grande, com um alho fatiado e folhas de sálvia (mas pode ser alecrim), até que dourasse. Juntei uns punhados de folhas de espinafre, uma pitada de sal, e deixei que murchassem na manteiga aromática. Foi mais outros punhados de tomates-cereja cortados ao meio, uma misturada, e antes que o tomate desmanchasse, os ravioli cozidos, remexendo muito bem até que os travesseirinhos de ricota se encobrissem de molho. Muita pimenta-do-reino e muito parmesão. Um prato que eu repito sempre, desde que minha amiga Marina e eu o criamos quando estávamos na praia, na minha visita ao Brasil em fevereiro.E eu sempre esqueço de fotografar.

Noutro dia, porque havia comprado confit de pato no Costco (às vezes vou ao Costco do Quebec porque lá se compra dessas coisas #phynas a preços módicos), liguei o forno bem alto, lá pelos 225oC, e lhe botei dentro uma assadeira com batatinhas com sal e azeite, cortadas ao meio, para cozinharem mais rápido. Enquanto elas assavam, cozinhei as coxas de pato como dizia embalagem (é coxa de pato temperada, imersa na própria gordura, que você só termina de cozinhar e doura no grill), descasquei os aspargos e lavei os fiddleheads, que são brotos de samambaia que só dão na primavera. Cozinhei os aspargos rapidamente em água fervente, e em seguida os brotos, que foram passados na água fria para parar o cozimento, e temperados com sal, azeite, suco de limão e alcaparras. Abri o forno, e espalhei os fiddleheads sobre as batatas, com fatias de limão, para que as temperassem e terminassem de dourar, assim, tudo junto. No finalzinho, entraram os aspargos, só para aquecer, quando então liguei o grill para dourar a pele do pato. Acho que os brotos de samambaia podem ser tranquilamente substituídos por vagens finas. Servi assim, direto na assadeira, que aqui em casa panela vai pra mesa com visita ou sem visita, que eu é que não tenho vocação pra ficar lavando louça desnecessária.

 
Em seguida, porque meu pai gosta de peixe, comprei um filé de salmão Sockeye, típico aqui do Canadá, que veio congelado. "Vai dar tempo de descongelar até o jantar?" Ô, se vai. Coloquei o salmão no pacote fechado em cima da secadora de roupas quentinha, enquanto ela secava nossas toalhas. #lifehacks. Haha. E voilà, salmão descongelado a tempo do jantar. Lá vão de novo as batatinhas no azeite em forno alto, que batatinha é um negócio maravilhoso pra encorpar jantar.
 
Enquanto isso, seco o salmão com papel toalha, e espalho nele todo azeite, sal, pimenta-do-reino. salsinha e cebolinhas picadas, raspas e suco de limão. E largo, em temperatura ambiente, até as batatas estarem quase prontas. Enquanto isso, cozinho as vagens. Tiro a assadeira quente de batatas, e abro espaço no meio para o peixe, que faz som sibilante de fritura assim que é transferido e a pele toca o metal quente. Espalho as vagens à volta, tempero tudo com limão e azeite, e volto ao forno, por uns 15minutos, até o peixe ficar opaco. Salsinha sobre os legumes nunca é demais. Acompanhou uma salada de alface e tomates bem temperadinha, e um aïoli (maionese com alho) que bati no olho enquanto o peixe cozinhava. Lembrei na hora daquele salmão com vagens e aïoli do Jamie Oliver, que postei aqui nos primórdios do blog, falando sobre como apresentar a comida toda empilhada no prato fazia ela parecer chique. O tempo passa, o tempo voa, e Ana Elisa não empilha comida no prato, mas espalha na assadeira, que é BEM mais prático. E quem não acha isso lindo, sai pra lá.
 

 
Quando não teve jantar propriamente dito, teve mesa de acepipes, que eu fui muito bem ensinada que uma tábua de frios, um pão e um vinho é jantar sim senhora, e ninguém fica cansado. E eu aproveitei para comprar uns queijos gostosos e uma manteiga de leite de cabra, que eu sei que eles não comem no Brasil, principalmente com os preços exorbitantes de hoje em dia. 
 

Ainda outras, vezes, Allex pilotou a churrasqueira, num dia bonito, churrasco propriamente dito, em que eu esqueci de comprar tomate para o vinagrete, então improvisei uma salsa verde que fica delicinha com a picanha e o queijo coalho. 
 
No outro dia, que acabou virando um susto, ele fez hambúrgueres recheados de queijo e pimenta jalapeño, que ficaram tão bons que eu o incumbi agora de catar uma receita de hambúrguer de porco com queijo manchego da Suzanne Goin e preparar pra mim semana que vem. 
 

 

 
O susto veio porque tinha chuva prevista, e a gente lá no quintal rindo que todo mundo tinha comido hambíurguer e a tal chuva não tinha acontecido. E ela caiu de uma vez só, e com ela caíram metade das árvores e postes de eletricidade da cidade, e enquanto escrevo isso ainda tem 45 mil pessoas em Ottawa sem energia elétrica, desde a semana passada. :(

O susto aqui foi só o bosque atrás de casa, que foi parcialmente destruído, mudando a luz que entra na casa e a vista do quintal. 

Mas voltando à comida.

Conforme o jantar aparecia pronto na mesa, minha mãe ria: "como isso saiu tão rápido? Eu nem vi você cozinhando". Aaaaaaanos de prática de picar legumes com faca grande, mãe! Haha. ( A resposta engraçadinha seria "É que vocês tavam bebendo vinho e não viram!" Haha) Mas também... Eu tinha um plano. A comida toda pronta na cabeça, exatamente como quando eu desenho e tenho o processo todo ensaiado na mente. E é engraçado ver como os processos se parecessem. Quando comecei a pintar, eu olhava uma imagem, e não fazia a menor ideia de como chegar naquele resultado, ainda que eu tivesse todos os instrumentos à disposição. Precisava de um passo-a-passo, um primeiro isso, depois aquilo, se você misturar esse com aquele, produz esse resultado, mas aquele com esse outro não funciona junto. Com o tempo e a prática, o cérebro começou a juntar lé com cré, e a mão passou a obedecer sem resistência, sem questionar. Sem "será que?". E eu já não penso mais no nome das cores quando pinto. Olho a imagem, e o processo inteiro está lá, como quem olha um ser humano e enxerga camadas de tecidos e músculos e veias e ossos, e apenas entende. 

Ultimamente a cozinha tem sentido assim. Um ter em mente um resultado e de alguma forma saber chegar nele. Apanhar temperos sem questionar e seguir processos numa ordem quase coreografada. 

E flui. E dança. E é muito gostoso.  

Também tem disso de a gente entender que não precisa ter vinte ingredientes, nem precisa ser tudo complicado. Se tem um pedaço da refeição que me exige muita atenção, que o acompanhamento seja uma salada, ou qualquer coisa que eu esqueci no forno. Tem essa dança dos tempos. De não se arranjar muita sarna pra coçar. Ah, Nigella, hoje eu super te entendo. 

E ontem, já sem meus pais, fui ao mercado com outro plano. Eu queria quiabo. Mas quiabo colorido. Um prato suculento, para acompanhar o arroz branco com louro e o feijão que eu já tinha pronto. Quiabo com o quê? Pensei. Com pimentão.Amarelo, pra ficar bonito com o verde do quiabo. E que mais? Cebola, óbvio que fatiada. Vai bem cominho. Coentro, com certeza. Ah, se tivesse uma pimenta dedo de moça, mas não tem disso aqui no Canadá ou eu que nunca achei. Tudo bem, completa o molho de pimenta bem brasileiro e aromático que meu pai fez aqui para o Allex. Limão pra levantar o prato.

 E ficou tão bom, mas tão bom, que no dia seguinte mandei no almoço das crianças arroz e feijão com outra coisa, e fiquei com o quiabo que sobrou só pra mim. Torrada, queijo de cabra, e o quiabo com pimentão acebolado assim mesmo frio no pãozinho quente. 

Afe, que comida boa!

Meu plano era comer bem, me divertir e não ter trabalho, e as duas semanas passaram deliciosamente leves. Agora é manter essa dança boa e continuar cozinhando com prazer. E sem complicação, que a vida já tem disso de sobra. 

Cadê a próxima visita pra eu levar pra passear?


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QUIABO ACEBOLADO COM PIMENTÃO

Rende 4 porções.


Ingredientes:

  • 500g quiabo pequeno, do tamanho de um dedo
  • azeite de oliva
  • 1 cebola  média, fatiada em meias-luas
  • 1 dente de alho grande, fatiado
  • 1 pimentão amarelo grande, sem a parte branca, cortado em cubos de 2cm
  • 1 /4 colh (chá) sementes de cominho
  • 1 folha de louro
  • meio maço de coentro, picado
  • suco de meio limão tahiti


Preparo:

  1. Esquente uma frigideira grande em fogo médio. Enquanto isso, fatie os quiabos na diagonal, com mais ou menos 1cm de espessura. 
  2. Coloque um fio generoso de azeite na frigideira e espalhe os quiabos fatiados na frigideira, de preferência numa camada única. NÃO SALGUE. Você não quer que ele solte água ou baba, mas quer que ele seque e doure. Mexa uma vez ou duas, para garantir que todos os lados ficaram dourados. 
  3. Tempere com uma pitada de sal, a folha de louro, o cominho, mais um fio de azeite, e junte a cebola. Misture bem. Coloque mais uma pitadinha de sal, e junte o alho e o pimentão em cubos. Misture bem, e mantenha em fogo médio, mexendo de vez em quando, até que o pimentão esteja macio e a cebola tenha caramelizado um pouco. Se a panela parecer seca, junte mais um fio de azeite. 
  4. Continue cozinhando, abaixe o fogo se necessário, até que os legumes estejam bem macios e dourados. Junte o suco de limão, raspando o fundo da panela (que vai ter pegado um pouco, por conta do quiabo), com uma colher de pau. Desligue o fogo, acerte o sal e a pimenta-do-reino e junte um punhado generoso de coentro picado. Sirva imediatamente ou guarde para comer com pãozinho no dia seguinte, que os sabores se intensificam. 
  5. Coisas a se testar, mas que devem ficar maravilhosas: pimenta-dedo-de-moça picada refogada junto com a cebola, ou usar óleo de gergelim e refogar gengibre junto. Nham.


quinta-feira, 7 de abril de 2022

Primavera, primavera, primavera. Falei que é primavera? É primavera.

April showers, May flowers. Chove, primavera, chove.

 

Era a "última" semana de inverno (oficial).

Meto aspas e parênteses assim na frase como marca da minha revolta anual contra as primaveras quentes e abundantes de flores dos marços e abris (abrils?) de outros pedaços do hemisfério norte. A gente aqui bem sabe que lá em Toronto a última neve é sempre na segunda semana de abril, e que não dá para se empolgar muito com os quinze graus surpresa no meio de março - peguei o trouxa que achou que o inverno tinha acabado. Mas a vizinha aqui em Ottawa já avisou pra só plantar o jardim no fim de maio, que ainda tem geada vindo por aí. Enquanto isso há ainda montinhos de gelo sujo aqui e ali, neve na sombra e gelo nas trilhas, e a lama e os galhos no canteiro morto fazem meu quintal parecer jardim de casa abandonada.Só falta a janela quebrada à pedra.

Ainda assim, permito-me alegria com qualquer raio de sol que esquente, qualquer temperatura de camiseta, qualquer convite que a varanda faz para um café. Um café que se mantenha quente até o fim. Quem já levou xícara de chá para fora, no pico de -30 graus do inverno, aprende rápido lições de física. O universo tende à entropia e o quentinho do seu chá vai sumir em 3, 2, 1. Puff. Chá gelado.

Obrigada, temperaturas positivas da pseudo-primavera canadense, por permitir a manutenção da quentura do café por uns minutinhos.

Primavera lembra que a gente também é bicho, ao contrário do que eu sempre digo, que bicho também é gente. Assim que você vê aquela cadeira seca e sente aquele ar que não dói o rosto, sente nas entranhas uma agitação, um fuzuê um je ne sais quois nas entranhas, e tudo o que você quer é ser conduzido para um espaço que não tenha teto, não tenha parede mas dê pra botar uma rede. E ali no great outdoors, você se dá conta de que, no mesmo dia em que toda a sua civilizada humanidade se dignou a botar a cara para fora da sua casinha climatizada, os gansos e as gaivotas voltaram, os racoons estão procurando restos dos seus churrascos alucinados de inverno, e os Chipmunks já começaram a fazer buracos no gramado do seu vizinho que acabou de descongelar (o gramado, não o vizinho). Red-winged black birds já estão bicando cabeças de pedestres, robins estão tentando fazer um ninho na luminária da sua porta, e, óbvio, sua filha encontrou a primeira aranha embaixo da cama. 

Coelhinho, se eu fosse como tu, continuava aparecendo todo dia, porque eu acho você muito fofo.


Você não é especial, e aquela vontade louca de começar um projeto criativo novo é só seu corpo primata e selvagem reagindo à mudança de estação. Isso e as alergias. Ah. As alergias. 

A primavera este ano tem um gosto mais doce. O fim do inverno e do March Break também anunciaram a reabertura completa de Ontario. Bares, restaurantes, museus, galerias, cafés, estádios, piscinas, bibliotecas, todos os espaços se enchem mais uma vez de vida. Respiro aliviada o ar fresco da certeza de que esse ano meus shows, meus eventos, minhas viagens, minhas corridas, nada disso será cancelado. Inspiro a saudade da vida normal com a antecipação de quem guardou o último pedaço de bolo para depois e o esqueceu no fundo da geladeira. Lembra esse bolo? Lembra como era bom? Abre o pote. Pega um garfo. Dá pra comer bolo de novo. Vê só que delicia.

Primeira saída do ano, depois de 826 quarentenas.

 

Plena desse furor primaveril, e da esperança de ver flores e borboletas novamente (seis meses de inverno fazem qualquer um começar a acreditar que verão é um conceito inventado e uma alucinação coletiva), comecei a escrever nova histórias, projetos de novos livros, me enfiei em projetos de ilustrar histórias dos outros, inscrevi-me em cursos, montei finalmente minha agenda de treino para a maratona de Ottawa, inscrevi-me em concursos, editais, antologias, pintei, desenhei, fiz planos. Planos! Lembra fazer planos? Ai que bolo bom, né?

E no meio dessa vontade veio vontade de fazer sorvete. Há quanto tempo não fazia sorvete! Se é para celebrar saudade, pego a saudade do maracujá. Essa fruta que não se via em Toronto e aqui, veja só, tem no mercado do lado de casa. Do pequenino, europeu, com preço de coisa europeia, mas de mesmo aroma de infância que os amarelões lá do Brasil.

"Esse é o melhor sorvete que eu já comi", disse Allex.

"Dos que eu já fiz?", perguntei.

"Não, da minha vida."

"Faz isso SEMPRE", pediu Thomas.

"Sempre não, mamãe. Só de vez em quando", disse Laura. "Porque é tão bom que eu não quero que vire comum e perca a graça."

Menina esperta.

Sol.

 

Que essa é a graça da primavera. O sol sair de vez em quando, no meio de uns dias gelados. O musgo surgir de repente, brilhando verde, ao pés das árvores, depois de seis meses de neve. O dia bonito que puxa pra fora e amanhã joga pra dentro, de chuva, vento e geada. Alegrias pontilhadas num rabicó de inverno. 

Há muitos pássaros cantando lá fora, interrompendo o longo silêncio invernal. Os robins e os chickadees mergulham dos galhos aos restos de neve no chão, buscando as sementes de girassol que lhes joguei em novembro, antes da primeira nevasca. Eles bicam bolas de neve cravejadas de pontos pretos, sob a garoa, agitados de felicidade pela promessa de dias melhores. Como eu e o sorvete de maracujá.

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 SORVETE DE MARACUJÁ

(da última edição do livro The Perfect Scoop, de David Lebovitz)

Rendimento: faz só 750ml


Ingredientes:

  • 1/2 xic (125ml) polpa de maracujá fresca ou congelada, sem sementes (eu usei polpa congelada), mais uma colher bem cheia de sementes de maracujá para colocar no final
  • 1 xic (250ml) creme de leite fresco
  • 6colh (sopa) (90ml) leite integral
  • 7 colh (sopa) (85g) açúcar
  • Uma pitada de sal
  • 3 gemas de ovo
  • raspas de uma laranja pequena (opcional, e eu não usei)

 

Preparo:

  1.  Misture numa tigela grande a polpa de maracujá e 1/2 xic do creme de leite. Posicione uma peneira sobre a tigela.
  2. Numa panela pequena, misture o leite, o açúcar, o sal e o restante do creme de leite e coloque em fogo médio-baixo para aquecer até quase a fervura.
  3. Numa outra tigela, bata as gemas com um fouet ligeiramente. 
  4. Devagar, vá juntando a mistura de leite quente às gemas, batendo sempre com o fouet. Quando estiver tudo misturado, volte o líquido à panela e leve ao fogo baixo.
  5. Cozinhe, misturando com uma espátula, raspando bem o fundo, num movimento em 8, até que a mistura engrosse um pouco, cobrindo as costas da espátula e ficando com consistência de iogurte líquido. NÃO DEIXE FERVER, ou a mistura vai talhar. 
  6. Passe o creme pela peneira sobre a mistura de maracujá, junte as raspas de laranja se estiver usando, e misture com a espátula até que pare de sair vapor. (SE sua tigela for de metal, você pode colocá-la sobre outra tigela com gelo para acelerar o processo.
  7. Leve a mistura à geladeira por algumas horas (da minha experiência, a textura do sorvete melhora se você deixar a mistura na geladeira durante a noite), e coloque na sorveteira, seguindo as instruções do fabricante. Quando o sorvete estiver quase pronto, junte as sementes reservadas, para que a máquina termine de incorporá-las. 
  8.  

 


Já que estamos no tema dos pontilhados, vamos também de biscoito de aveia com passas. Não encontrei aqui no blog essa receita, que é minha favorita por ser tão fácil, e que adaptei de uma outra, de chocolate chip cookies. (Para voltar aos chocolate chip cookies, basta trocar a aveia por nozes ou pecãs picadas, as passas por chocolate chips, e omitir a canela e noz moscada. Esta receita é tão simples que Laura fez sozinha. "Agora EU sou a baker da casa. Eu que faço todos os doces", ela anunciou. 


 

BISCOITOS DE AVEIA COM PASSAS

Adaptado não sei mais de onde. Faz 18 biscoitos imensos ou até uns 48 pequenininhos, a gosto do freguês.

Ingredientes:

  • 1 xic. (230g) manteiga sem sal, derretida
  • 3/4 xic. açucar mascavo apertado na xicara
  • 3/4 xic açúcar
  • 1 colh (chá) sal
  • 2 colh (chá) extrato de baunilha
  • 2 ovos grandes
  • 2 1/4 xic farinha de trigo
  • 1/2 colh (chá) bicarbonato de sódio
  • 1/4 colh (chá) fermento químico em pó
  • 1 colh (chá) canela em pó
  • 1/4 colh (chá) noz moscada ralada na hora
  • 2 xic uvas passas escuras, sem sementes
  • 2 xic de aveia laminada ou em flocos


Preparo:

  1. Pré-aqueça o forno a 180oC, com as grades posicionadas nos terços inferior e superior do forno. Forre duas assadeiras grandes com papel-manteiga.
  2. Numa tigela grande, coloque a manteiga derretida, os dois açúcares, sal e baunilha, e misture com um fouet até que o açúcar tenha se dissolvido na manteiga e a mistura esteja homogênea.
  3. Junte os ovos, um a um, e misture bem. 
  4. Troque para uma espátula e incorpore a farinha, bicarbonato, fermento, canela e noz moscada, até quase ficar homogêneo. Não tem problema e ainda houver traços de farinha não misturada nesse ponto.
  5. Junte as passas e a aveia e misture até que a massa esteja uniforme e as passas estejam bem distribuídas.
  6. Use uma colher para tirar porções iguais de massa e distribuir nas assadeiras. Deixe espaço entre os montinhos de massa para que ela espalhe. (Calcule o dobro do tamanho do montinho) Como a aveia absorve muito líquido, no entanto, a massa fica mais firme do que a versão original da receita, com choocolate e pecãs, e não espalha tanto (no caso da receita original, a massa era levada à geladeira por uma meia hora antes de ser porcionada). Eu gosto de usar os dedos molhados com água para achatar os montinhos um pouco, para que os biscoitos assem num formato mais uniforme e não fiquem tão gordinhos no meio, mas fica a gosto do freguês. 
  7. Leve as assadeiras ao forno e asse por no mínimo 15 minutos, trocando as assadeiras de posição no meio do cozimento. O tempo de cozimento vai depender do tamanho do biscoito. Já fiz estes em porções de 1 colh. (sopa), que ficam mais crocantes por inteiro, os da foto são de montinhos de 2 1/2 colh (sopa) (que é o volume daquela colher de sorvete com mecanismo que solta a bolinha) e já fiz os biscoitões americanos da receita original, em que cada bolinha de massa tem 1/4 xícara (4 colh. sopa), e esses são os que ficam mais chewy no meio, por conta do tamanho. O meio termo é o que mais gosto. Para os biscoitos da foto, o tempo foi cerca de 18 minutos, até que as beiradas tivessem dourado bem. A parte debaixo do biscoito precisa estar de um dourado castanho bem caramelado. Se estiver da mesma cor da parte de cima, ainda não está pronto. 
  8. Retire as assadeiras do forno e deixe que esfriem sobre grades por alguns minutos, antes de transferir os biscoitos diretamente à grade para esfriarem. Ao esfriarem, eles ficarão crocantes. A massa pronta e formada em bolinhas pode ser congelada por meses e vai direto ao forno, precisando apenas de uns minutos a mais para cozinhar.

Cozinhe isso também!

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