quarta-feira, 24 de julho de 2019

Junho e Lisboa e Toronto



Quando chamaram meu voo de volta para casa, ouvi atônita aqueles dois chamados simultâneos: Passageiros do voo para Toronto, Canadá... Passageiros do voo para São Paulo, Brasil... Uma enorme estranheza tomou conta de mim, mas os motivos eram completamente inesperados: aquela era a primeira vez em que eu deixara o Canadá para outro lugar que não o Brasil, e era também a primeira vez em que eu estava irrevogavelmente certa de que Toronto era meu LAR. 


Junho fora um mês corrido à maneira que Dezembro costumava ser quando morava nos trópicos: festinhas de fim de ano escolar, apresentações, lanches comunitários, os últimos play dates antes dos amigos desaparecerem em seus dois meses de férias. A mãe tentando usar sabiamente o tempo que lhe resta de crianças na escola: faltam quinze dias para as férias, faltam dez, faltam três, meu deus, hoje é o último dia em que posso terminar esse trabalho sem os filhotes do lado! Montei minha segunda exposição num café de Toronto, mas já nesse momento, pelos horários impostos pelo lugar, precisei arrastar a pimpolhada comigo, pendurando quadros e grudando etiquetas, enquanto pedia aos filhos para tirarem os pés dos bancos e não incomodarem a mesa ao lado. Aqui, comam seu biscoito vegan-gluten-free, que esse café é uber-hipster e é o que tem pra hoje. Não, não pode ter outro, que a gente vai voltar pra casa e jantar. Sim, eu sei que está calor, mamãe também está com calor, o verão chegou, vocês não queriam o verão?, ali, taí, chegou o verão e o verão é quente. Ai, meu deus, os ganchos do café não cabem nos quadros, p*taquelospariu, vem com a mamãe na loja ali do lado pra comprar clipes de papel e resolver isso, que mamãe tem que pendurar os quadros pra vender, e a moça do café é muito educada e sorridente, mas à melhor maneira canadense, não está mexendo um dedo pra encontrar uma solução para o meu problema. Vem, que a mamãe é brasileira e a gente tem jogo de cintura e se vira nos trinta. 

No calor que chegou atrasado e repentino, guardei os casacos e meti-me num par de shorts e uma regata, cabelo póinhóinhóin desarranjado pela umidade e olhei no espelho. E aquela branquidão cadavérica do inverno sob a luz do sol, os bracinhos de ciabatta saindo da cava da camiseta, dando aquele tradicional tchauzinho em câmera lenta, a pele que exposta que já não tem aquele, como se diz mesmo? "viço" dos anos anteriores... fizeram-me olhar o espelho como cachorro que não entende, cabeça pendendo prum lado, sobrancelhas franzidas sobre os olhos. O que era isso que eu estava olhando? Quem era essa pessoa? Saída da elegância invernal, confortável consigo mesma, para essa estranha imagem sem idade nenhuma, uma mulher mais velha vestida d e "xófem" verão passado. Não conseguia definir se eu parecia uma velha tentando se passar por adolescente, se gostava ou não daquela mulher que eu olhava, se se era só um choque me ver de novo num biquini, após dez meses, e pela primeira vez eu me senti com os quarenta anos que se aproximam.

Ou melhor... me senti com idade nenhuma. Num limbo.

Liguei para minha melhor amiga: tô com crise de meia idade. Não sei quem eu devo ser com quarenta anos. Eu tava sussa até agora, de repente o espelho quebrou e não sei mais quem eu sou. Quem eu sou com quarenta anos? Eu sei que não sou mais quem eu era com trinta e poucos ou com o vinte e alguns. E agora, José? Que é que eu faço. 

Venha para Portugal me visitar, ela disse. 

E eu fui. 

Às vezes a gente precisa do farol para indicar o caminho.
Uma conversa rápida com o marido fenomenal que me apoia nas minhas loucuras e arranjamos o esquema das crianças na escola e alguém para passear o cachorro no meio do dia. Ele conseguiu horários alternativos de trabalho com a chefe dele, e em menos de vinte e quatro horas daquele convite, eu já estava de passagem comprada. O universo conspirou tanto, que até passagem promocional por metade do preço eu achei. 

E no meio de Junho dei um beijo na testa de cada filho, catei minha malinha e fui respirar ares portugueses na casa da minha querida amiga que eu não via havia dois anos. O abraço longo e amoroso, apertado de prender a respiração, compensou o voo com as galinhas da companhia aérea promocional mequetrefe. Enquanto andávamos até seu carro, sorrisos imensos, parando cinco vezes em vinte metros para mais abraços, fui sentindo os ares familiares entrando em mim e energizando meu corpo cansado. Familiar por aquela presença que me conhece tão bem, familiar por olhar em volta e ver aquele Brasil antigo de Lisboa, a arquitetura das casas de São Paulo, o idioma estampado nos outdoors. A mesma sensação de retorno às origens que senti quando fui à Itália pela primeira vez, mas agora eu compreendia não as minhas origens, mas do lugar onde nasci.


pão com chouriço
Fotografei o cone infantil de sorvete e mandei para Allex. No Canadá, sempre pedimos cones infantis para os adultos, pois a bola de sorvete que se faz para as crianças é do tamanho de uma bola de tênis.
Foram apenas cinco dias. Cinco dias de conversa infinita e mais abraços apertados. De O Que É Que Vamos Comer Hoje? De Quero Tanto Te Mostrar Esse Lugar! Fomos a Óbidos, Cascais, Sintra... comi todos os pastéis de nata que pude, e travesseiros de Sintra, e queijadas, e Toucinho do céu, e Sardinhas e pão com chouriço na festa dos Santos, e Pastéis de Bacalhau, e Polvo a Lagareiro olhando para o mar, e Bacalhau com batatas ao murro e sorvete de maracujá, e pão com manteiga de padaria e suco de laranja espremido na hora. Porque pão na chapa com suco de laranja em padaria de bairro é das poucas coisas que realmente me fazem falta do Brasil. As porções de comida eram consideravelmente menores do que as canadenses (e mais baratas), o que senti como um alívio. Que bom que a gente não se matava de comer numa refeição só e sobrava espaço para experimentar um pão-de-ló e tomar mais um café.

Não comi nada em Portugal que não estivesse gostoso.

 
Acordávamos cedo com minha amiga cantarolando uma musiquinha que, brinco, ficou gravada na minha mente para sempre. As crianças eram sempre cheias de energia, e a mesa do café era farto, como sempre era quando eu a visitava no Brasil. Queijos, presunto, muitas frutas devoradas inteiras pelas crianças. Café da manhã sem pressa, sem horário. Bota todo mundo no carro, bicicleta de criança, vamos passear. As crianças participam da conversa. Música. Estrada. Histórias de família. Esperanças e planos para o futuro. Passeios longos, caminhadas sem pressa em cidadelas antigas, ruas estreitas de escorregadias pedras portuguesas. Um calorzinho com vento fresco que pede vestido com echarpe. Cafezinhos bons e docinhos delicados em lugares de tetos antigos e janelas de madeira. Luz aconchegante. Sanduíches de sardinha e vinho verde. Crianças brincando com os brinquedos e os livros dos cafés. 


Banho de descarrego.
Cheiro de mar. Quem nada em lago não tem medo de água fria. Enquanto os portugueses sentavam na areia de agasalhos sob um ventinho frio de vinte e um graus, larguei as roupas e fui e eu e meu biquini brasileiro, minha barriguinha de mãe, minha pele branca de bicho de goiaba encasulado num inverno de oito meses, e me joguei no outro lado do Atlântico, cabeça submersa, tocando as mãos na areia do fundo, e emergindo com o sal na boca, estranho, tão estranho, porque não é lago. A água gelada pinicava minha pele e então esquentou. Nadei muito, deixei a corrente me levar, boiei à deriva um pouco, olhando as nuvens la´em cima, sentindo o cheiro salgado daquele mar que eu não via havia anos. 

Saí da água feito sereia que ganhou pernas, renovada, recriada, um mundo novo a explorar sob meus pés.

De volta à casa, a rotina bem conhecida, jantar, banho nas crianças, um vinho, uma conversa até tarde da noite, o cansaço do dia palpitando de energia viva sob a pele. Olho para fora, para as ovelhas sendo recolhidas na quinta em frente, o pôr do sol nas montanhas lá no fundo, ah, montanhas, sinto saudades suas, naquela terra plana onde moro, e ouço as vozes de pai e mãe explicando o mundo para os filhos, cantando músicas, contando histórias, dizendo boa noite. Roupas coloridas balançam no vento do lado de fora das janelas.

Tenho sorte de poder participar da rotina de uma família amorosa. E no outro dia vamos fazer uma visita à Maria, do Seis Mais Dois que virou Sete. Outra família que nos recebe de braços abertos, calorosa e gentil, e a realidade é sempre melhor do que o que se vê pelos filtros do Instagram, se você souber observar. A realidade das vidas dos outros, quando temos a sorte de viver com eles, de conectar e estar ali, é o aconchego do imperfeito, é a paz que vem quando a gente aceita a vida como é e não como dizem que tem que ser (ou como achamos que tem que ser). É vida que não cabe em página de revista e em foto de Instagram. É um alívio de se sentir parte de um mundo de verdade, de romper aquele filtro mágico que recobre a realidade dos outros na internet. O imperfeito que está bem e é lindo por isso mesmo. Que permite que nossas cobranças se dissolvam. Que permite que respiremos. Estar ali com aquelas duas famílias foi um presente divino do universo, o farol que acendeu suas luzes para me guiar naquele mar.


Num dia de uma volta sozinha em Lisboa, paro no fim da tarde para ouvir uma banda tocando numa praça. Tomo um vinho no meio da rua, sentada na beira do canteiro da praça com mais umas trinta pessoas. Olho o Tejo nessa luz de noite de verão que não escurece, ventinho frio sob a jaqueta jeans. Eu estava tranquila.

O tempo passa devagar. O tempo tem passado devagar desde que cheguei a Lisboa. Respiro devagar. As ideias fluem mais lentamente e com mais atenção. Vejo um grafite de um guaxinim ali, mas é tão a cara de Toronto. Sinto saudades. Pela primeira vez sinto saudades de Toronto. Lisboa é linda e antiga, é comida maravilhosa, familiaridade, mar. Mas sinto saudades de meus filhos, queria que estivessem comigo, e penso neles naquela cidade. Eles teriam adorado o mar e o castelo São Jorge. Teriam adorado os pastéis de nata e os frutos do mar. Mas como eu, cansariam rápido da dinâmica da cidade, pediriam mato e parque e trilha e bicho. Muito bicho. Falei dos bichos? Toronto tem bichos que não são grafite. Guaxinins aos montes. E esquilos. E chipmonks. E cisnes, e gansos e patos e corujas e falcões, que há dias que vejo mais de três sobrevoando baixo acima de minha cabeça. E coelhos, vi coelhos durante uma corrida cedo no parque. E noutro dia, para espanto geral, dei de cara com um coiote que ficou muito curioso com minha presença e me olhou nos olhos por longos minutos até assustar com minhas palmas e correr mato adentro. Bichos.




Penso na infinidade de playgrounds de Toronto. Como é fácil ter filhos ali. Com as calçadas grandes para andar de bicicleta. As trilhas que se conectam nos corredores verdes e vão te levando do lago para o rio, para o bosque, para a praça, para a floresta, para a lagoa, para o rio, para o lago de novo, borboletas voejando à sua volta e você esquecendo que aquela é uma cidade grande. Enquanto estou em Lisboa tomando meu vinho verde e pensando essas coisas, Allex me manda um video: Laura pedalando a primeira vez de bicicleta sem rodinhas. Pronto, meus dois filhos são crescidos agora.

Despeço-me com a promessa de um novo encontro, uma nova travessia de oceanos. Levo um doce português comigo no avião, para curar as mágoas da refeição aérea desastrosa. Agradeço e continuo agradecendo por dias ainda aquele convite singelo e transformador.

Estou ouvindo a chamada no aeroporto e despeço-me também da dúvida. O voo para São Paulo não faz mais parte da minha vida. Quando o avião decola, despeço-me não da Europa, mas da ideia de Europa que assombrava minha mente: e se tivéssemos ido para a Itália ao invés do Canadá? Quando o avião sobrevoa Toronto no meio de uma linda tarde de céu azul, vejo meu prédio ali perto do lago. É a primeira vez que consigo ver minha casa de um avião. Ele se destaca, assim como todos os poucos prédios, naquela imensidão verde que cobre a cidade. As árvores antigas são maiores que as casas, e  Toronto de cima é quase amazônica no verão. Meu coração se enche de amor e gratidão por aquelas árvores, aqueles parques, aquela infinidade de playgrounds que meu filhos amam tanto explorar. Um playground novo a cada cem metros. É uma cidade para crianças. 


Volto para abraços apertados. Volto para meu novo familiar. Estou em casa. Estou em paz. Estou zen.
Boto meus shorts, prendo o cabelo desarranjado pela umidade e vejo no espelho uma mulher de (quase) quarenta anos que está bem. Subimos em bicicletas e pedalamos vinte quilômetros por trilhas ao longo do lago, até prainhas pequenas. As crianças nadam com peixes. A água é gelada. Entro de roupa e tudo para refrescar.



Voltamos e botamos linguiças na churrasqueira. E tomates e abobrinhas e pimentões e cebolas. E no dia seguinte comemos os legumes que sobram com torradas e queijo e salada.


Quando Junho acaba, volto contente para o café para recolher meus quadros e descobrir que vendi alguns. Corro atrás da próxima empreitada. Quero vender todos.

Julho começa com o fim da minha breve crise de meia-idade. Renovada pela convivência com uma família linda e amorosa. Pelo banho de descarrego no mar gelado. Volto zen. Volto com amor e certeza por minha cidade, pelo meu momento, pelo meu lugar no mundo. Munida de toda a paciência do universo, de quem respira devagar. Paciência com as crianças. Paciência com os outros. Mas principalmente comigo. Dou-me conta do quanto julgar os outros me faz intolerante comigo mesma. Então apenas paro. Respiro. Aceito.

Não vejo a hora de poder dizer com orgulho que tenho quarenta anos.

The purpose of life is to enjoy.


......

E o que se cozinhou em Junho por aqui? 

Pouca coisa nova, no meio da correria. Rolou muita improvisação, isso sim.


Lembrei-me de um hábito que tinha com as crianças no Brasil, de comer queijos de sobremesa. Isso funciona bem aqui, pois a pimpolhada não come doce durante a semana, a não ser que seja um bolo ou biscoito de lanche da escola. Eles adoram queijo de sobremesa, e eu me divirto comprando um queijinho diferente por semana. Acompanham castanhas, que Thomas adora, e uma porção pequenina de frutas, que Laura devora.



Andei cavocando de novo o livro da Suzanne Goin, e dele saíram essa sopa de agrião com torradas com relish amanteigado. A sopa é uma delícia e o relish fez sucesso imediato. Mas achei muito bizarro descartar os legumes cozidos. Guardei-os e no dia seguinte transformei-os em recheio de quiche. Nham!


Dica: eu achei que a sopa ficou deliciosa, mas um pouco mais rala do que gostaria. Não sei se me faltou agrião ou se o caldo não reduziu como deveria. De qualquer forma,  numa próxima vez, eu colocaria menos sal no começo para poder reduzir um pouco mais o caldo antes de bater com o agrião. 

SOPA DE AGRIÃO COM TORRADAS COM RELISH
(Largamente adaptado do Sunday Suppers at Lucques, de Suzanne Goin)
Rendimento: 6 porções

Ingredientes:
  • 7 colh. (sopa) manteiga
  • 1 xic. cebola fatiada + 2 xic. cebola picada
  • 2 alhos-porós pequenos fatiados
  • 1 cenoura, descascada e fatiada
  • 2 talos de salsão, fatiados
  • 1/4 de maço de tomilho
  • 1/4 de maço de salsinha + 2 colh. (sopa) salsinha picada
  • 1 pitada de pimenta caiena
  • 5 xic. folhas de agrião (cerca de dois maços)
  • 2 colh. (sopa) cebolinha picada
  • 1 colh. (sopa) estragão picado
  • 1 xic. creme de leite fresco
  • 1 limão
  • sal e pimenta do reino
(torradas com relish)
  • 1 baguette em fatias diagonais
  • 1/4 xic. azeite
  • 6 colh. (sopa) manteiga, amolecida
  • 1 colh. (chá) anchova picada
  • 2 colh. (chá) cebola picadinha
  • 1 colh. (chá) suco de limão
  • 1/4 colh. (chá) raspas de limão
  • 1 colh. (chá) salsinha picada
  • 1 colh. (chá) cebolinha picada
  • sal e pimenta

Preparo:
  1. Aqueça uma panela grande. Derreta nela 4 colh. (sopa) de manteiga da sopa e junte a cebola fatiada, o alho-poró, cenoura e salsão. Misture bem e tempere com 1 colh. (sopa) sal e um pouco de pimenta. Cozinhe por 5 minutos e junte as ervas, sem tirar dos talos, para facilitar retira-los depois. Cozinhe em fogo médio por mais 5 minutos até que os vegetais caramelizem. 
  2. Junte 10 xic. de água e leve à fervura. Abaixe o fogo e cozinhe pro 30 minutos. Passe por uma peneira e reservando o caldo. (Reserve também os legumes para outro uso, retirando os talos das ervas.)
  3. Volte a panela vazia ao fogo. Junte 3 colh. (sopa) manteiga e junte a cebola, 1 pitada da pimenta caiena, 1 colh. (chá) de sal  e pimenta. Cozinhe por 5 minutos, mexendo sempre, até que amoleçam. Junte o caldo, aumente para fogo alto e leve à fervura.
  4. É preciso bater a sopa aos poucos. Coloque 2 1/2 xic. de agrião e as ervas no liquidificador. Junte 1 1/2 xic. do caldo quente e bata até que fique homogêneo. Vá juntando o restante do agrião e batendo, acrescentando caldo se necessário, e volte a sopa à panela do que restou de caldo. Misture bem, Junte o creme de leite e misture, acertando o tempero.  Tempere com uma espremida de limão, se quiser. 
  5. Para as torradas, aqueça o forno a 190oC. Coloque as fatias de pão numa assadeira e pincele com o azeite. Leve ao forno por uns 10 minutos ou até que dourem. Deixe que esfriem.
  6. Numa tigela, misture todos os outros ingredientes até que vire uma pasta. Acerte o tempero. Espalhe a pastinha sobre as torradas frias e sirva com a sopa.



E esse peixe delicioso, marinado, grelhado, servido sobre um arroz verdíssimo e com rúcula fresca por cima. Um molhinho de pepino e iogurte para acompanhar.


Para deixar bem claro: essas são as medidas originais das ervas ´picadinhas. Mas, de verdade, eu já fiz assim ipsis literis e já saí jogando simplesmente "punhados" das ervas, e fica igualmente ótimo. Então não precisa ficar medindo loucamente não.

PEIXE COM ARROZ VERDE E PEPINOS NO IOGURTE
(Largamente adaptado do Sunday Suppers at Lucques, de Suzanne Goin)
Rendimento: 6 porções

Ingredientes:
(peixe)
  • 6 filés de peixe branco com pele (o Vermelho é uma boa opção no Brasil)
  • casca ralada de um limão
  • 1 colh. (sopa) folhas de tomilho
  • 2 colh. (sopa) folhas de salsinha picadas
(pepino com iogurte)
  • 450g pepino
  • 1/2 colh. (chá) sementes de cominho
  • 3/4 xic. de iogurte
  • 1/2 colh. (chá) alho picadinho
  • 2 colh. (sopa) cebola picadinha
  • uma pitada de pimenta caiena
  • 2 colh. (sopa) folhas de menta, picadas
  • 2 colh. (sopa) azeite
(arroz verde)
  • 3 xic. água
  • 1/2 xic. salsinha
  • 1/4 xic. folhas de menta ou hortelã
  • 2 colh. (sopa) cebolinha
  • 1/4 xic. folhas de coentro
  • 2 colh. (chá) semente de erva doce
  • 1/4 xic. azeite
  • 3/4 xic. de funcho picado
  • 3/4 xic. cebola picada
  • 1 1/2 xic. arroz branco
  • 1 colh. (sopa) manteiga
  • sal e pimenta do reino
(finalização)
  • 1 maço de agrião, sem os talos mais grossos
  • 6 raminhos de coentro
Preparo:
  1. Tempere o peixe com as raspas de limão e as ervas, cubra e refrigere por 4 horas. 
  2. Faça o arroz: Leve a água para ferver e desligue o fogo. Coloque num liquidificador todas as ervas do arroz e 1 xic. da água quente. Bata até virar um purê bem verde e homogêneo.Junte o restante da água e termine de bater. Quanto mais lisinho for o caldo de ervas, mais bonito fica o arroz.
  3. Doure as sementes de erva-doce na panela em que vai fazer o arroz. Transfira as sementes para um pilão e transforme em pó (se ficar com preguiça, só doure e depois junte ao restante no passo seguinte). 
  4. Aqueça o azeite na panela do arroz e junte o funcho picado, a cebola, as sementes de erva doce, e 1/2 colh. (chá) de sal. Cozinhe em fogo médio até a cebola e o funcho ficarem macios, sem dourar. Junte o arroz, mais 1 colh. (chá) de sal e pimenta do reino. Mexa bem, e junte o caldo de ervas. Experimente e acerte o sal a gosto.  Leve à fervura, reduza o fogo e junte a manteiga. Cubra e cozinhe por uns 15 minutos ou até o arroz ficar pronto, normalmente. Afofe com um garfo, acerte o tempero e reserve.
  5. Enquanto o arroz cozinha, faça os pepinos: Fatie os pepinos bem fininhos e tempere com 1 colh. (chá) de sal. Deixe sorar por dez minutos.
  6. Toste o cominho (dica: as sementes já estão tostadas o bastante quando você sente o perfume delas) numa frigideira e pulverize num pilão. 
  7. Drene os pepinos, seque com uma toalha e junte aos outros ingredientes. Acerte o tempero e reserve. 
  8. Aqueça uma frigideira grande por uns dois minutos. Tempere o peixe com sal e pimenta dos dois lados. Coloque um fio de azeite na frigideira e espere um minuto para esquentar. Coloque o peixe com a pele para baixo e cozinhe por 3 a 4 minutos até a pele ficar crocante. Vire o peixe, abaixe o fogo para médio-baixo e cozinhe por mais alguns minutos. 
  9. Transfira o peixe para a travessa do arroz quente. Sirva com o agrião por cima, mais um fio de azeite, uma espremida de limão e os pepinos para acompanhar.





Cozinhe isso também!

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