terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Meu livro saiu! Meu livro saiu! Meu livro saiu! Já falei que meu livro saiu?


O livro foi lançado. 

Solto essas palavras assim, feito uma bomba. Mas não uma bomba ruim. Uma bomba de chocolate. Doce, explodindo risada à primeira mordida. Uma bomba. Num dia está ali, quietinho, sendo preparado, aguardando, aguardando. Então, de repente, ao apertar de um botão, ele está ali, solto no mundo, no ar, explodindo todas as minhas palavras para quem quiser lê-las. 

Ok, eu voltei para a metáfora da bomba que explode.

É difícil conter em mim apenas uma das sensações: o prazer do doce e o medo da explosão. Pois é isso, não é? Esse coração que bate forte? O ápice desse meu envolvimento com a história, essa história, minha história, minha relação com quem me leu durante todos esses anos... ela chega aqui: na publicação de um livro cujo lançamento me deixou tão feliz e tão exausta, que dormi por um dia inteiro depois dela. 

Ok, essa metáfora está virando uma outra coisa completamente diferente.

Voltemos. 

Mas de fato, dormi um dia inteiro. 

Estava já acostumada a esperar. Acostumada ao processo, o ir e vir de versões escritas, revisadas, editadas, ir e vir de textos extras e imagens de capa, acompanhados de mil e-mails burocráticos. Quem passou uma vida se especializando em procrastinação toma um susto danado quando um projeto calha de ser, enfim, finalizado. E eu procrastinei esse livro por oito anos. Vira um filho, um projeto, quando a gente nina ele por tanto tempo. E, como um filho, dá medo de soltar no mundo. 

Aí um dia você decide que é o momento de soltar a mão. Você dá um dinheiro na mão do seu filho e ele vai sozinho até a padaria.

Você aprova a versão final do seu livro e manda para a gráfica.

O filho volta uns minutos que pareceram horas depois, com uns centavos de troco e uma baguete. 

Chega um e-mail da editora dizendo que seu livro está em pré-venda nas livrarias. 

Naquela noite, acordei várias vezes de um pesadelo genérico, suada e com taquicardia, com a certeza retumbante de que tinha enviado o arquivo errado à editora e que eles publicavam uma versão antiga, não revisada. 


À tarde, ouço a conversa online do marido com um funcionário novo. "O que faz sua esposa?', pergunta o funcionário, me vendo trabalhar ao fundo da chamada por câmera. "She's an illustrator and a published writer", Allex responde. Passo o dia todo animada e simultaneamente aflita. Como quem ganhou na loteria mas não sabe o que fazer com o dinheiro.

Na manhã seguinte, uma leitora me envia uma mensagem pelo Instagram com um "Parabéns!" e uma foto de tela. Demoro para entender o que estou olhando. Quando entendo, suspeito que seja mentira. É pegadinha, penso, lembrando daquela vez na escola em que recebi um bilhete de Correio Elegante do menino de quem eu gostava; só para descobrir, meses depois, que o bilhete fora fabricado pelo valentão da escola, com o mero intuito de me ver animada com uma mentira e rir de mim. 

"O que foi?", Allex pergunta.

"Meu livro está em nono lugar dos lançamentos mais vendidos na categoria Biografia e Histórias Reais, na Amazon Brasil."

"Uau! Parabéns!", ele diz.

"É de verdade?", pergunto, ainda confusa, meu cérebro enevoado por décadas de Síndrome do Impostor.

"Deixa eu ver", ele diz, apanhando o celular da minha mão. "É sim! Parabéns, Pastel!"

 BUUUUUUM!

Começo a receber mensagens com recibos eletrônicos. "Comprei seu livro!", dizem. "Allex, outra pessoa que não é minha mãe comprou meu livro!!", berro da cozinha. "Parabéns!", ele responde do quarto. 

"Seu livro já tá vendendo, mamãe?", perguntam as crianças.

"Tá sim."

"Então eu quero comprar um", diz Laura, saindo para pegar sua bolsinha de dinheiro. "Quanto custa?"

A mente é tão agitada durante o fim de semana, que aceito o convite de Allex para correr, no sábado e no domingo. As crianças vão junto. Se normalmente conversamos durante a corrida, desta vez fico quieta, sem conseguir organizar os pensamentos. Voltamos para casa, abro um vinho, e não consigo parar de olhar os sites das livrarias para ver se meu livro está mesmo lá. Está. Meu livro, minha capa, meu nome. 

Caspita

Não consigo fazer nada do que havia me proposto a fazer nesses dois dias. Faço cálculos de como mandar trazer setenta livros do Brasil ao Canadá para poder autografá-los em janeiro, uma vez que meus planos de viajar ao Brasil no começo do ano que vem foram arruinados pela pandemia. Tadinha dela, continuou tentando fazer planos em 2020. Não aprendeu nada. 


Nasce a segunda-feira e meu cérebro dá uma pane geral. Levo as crianças para a escola, e, quando chego em casa, volto direto para cama, onde durmo profundamente até a hora de buscá-las outra vez. 

Hoje, descansada, deixo o sol das temperaturas negativas entrar pela janela, e refletir nas tintas coloridas que uso para terminar uma encomenda. Há caricaturas para entregar e textos para escrever. 

Meu livro está publicado. 

A história que precede esse blog, escrita por quem amadureceu um bocado desde aquele primeiro post. A viagem que me fez voltar a escrever, que me fez começar uma família, que me fez começar a questionar, devagar, quem eu era de verdade.

Quando comecei a escrever essa história, queria recheá-la de receitas. Mas logo me dei conta de que elas não cabiam ali. Pois a viagem que eu fazia, ainda que fosse um descobrimento de comidas deliciosas, abria caminho por mares mais profundos e matas mais fechadas. 

É a história das memórias que escapam à desconstrução de alguém. Lembranças que eu precisei escrever para me compreender. Vergonhas das quais aprendi a rir. Muitas, muitas vergonhas.O nome do livro não é à toa: "Brutta Figura". "Fare una brutta figura" quer dizer "fazer feio" ou "passar vergonha" em italiano.

É irônico pensar no quanto lutei contra minha Síndrome do Impostor em todo o processo desse livro. E no fim ele está aqui: escrito, terminado, publicado, pago com meu próprio trabalho de artista, com uma capa pintada por mim. 

Agora que a bomba caiu, olho em volta para ver o estrago. Não é vergonha que vejo, mas orgulho. Quando a poeira abaixa, vejo uma sombra à distância. Meu Senhorzinho de Terno. Minha Sindrome do Impostor. Ele olha para trás, carrancudo, e acena, na esperança de ser convidado de volta. Eu rio. Mando ele à m*rda e volto para casa, que eu tenho um livro novo para escrever.

...

 

Meu livro, Brutta Figura, está em pré-venda até dia 8 de janeiro, quando será lançado. Essa é uma fase importante. As livrarias usam a pré-venda como termômetro para decidir quantos livros impressos encomendar à editora. 

A pré-venda da versão e-book pode ser encontrada nos seguintes sites:

Amazon Brasil:  https://www.amazon.com.br/Brutta-Figura-Ana-Elisa-Granziera-ebook/dp/B08PG1FKZY/ref=tmm_kin_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=&sr=

Martins Fontes Paulista: https://www.martinsfontespaulista.com.br/brutta%20figura#1

Livraria da Travessa: https://www.travessa.com.br/brutta-f-9-igura-1-ed-2021/artigo/27a61158-7a3b-48ad-bcab-c5936e4a1468

Fnac Portugal: https://www.fnac.pt/livre-numerique/a8270352/Brutta-Figura#FORMAT=ePub%23omnsearchpos=1

Kobo Books: https://www.kobo.com/br/pt/ebook/brutta-figura

Google Books: https://play.google.com/store/books/details/Ana_Elisa_Granziera_Brutta_Figura?id=GlMMEAAAQBAJ

Bertrand Livreiros: https://www.bertrand.pt/pesquisa/brutta+figura

A pré-venda da versão impressa pode ser encontrada nos seguintes sites, por enquanto apenas no Brasil (Em Portugal, o livro pode ser encomendado pela Bertrand Livreiros e pela Fnac Portugal):

Martins Fontes Paulista: https://www.martinsfontespaulista.com.br/brutta%20figura#1

Livraria da Travessa: https://www.travessa.com.br/brutta-f-9-igura-1-ed-2021/artigo/27a61158-7a3b-48ad-bcab-c5936e4a1468

A partir de 8 de janeiro, o livro impresso poderá ser adquirido em todos esses endereços, e mais no site da editora, que ENVIA PARA O MUNDO TODO, caso você não esteja nem no Brasil nem em Portugal:

https://www.chiadobooks.com/

Enquanto isso, você também pode entrar em contato com as livrarias e ENCOMENDAR o livro impresso. 

Eu terei acesso aos impressos em janeiro, e precisarei transportá-los do Brasil para o Canadá. Assim que tiver os livros em mãos, farei a venda dos autografados. ;) 

Quem estiver me acompanhando no Instagram, fique de olho, pois tenho algumas lives e stories programados para falar mais a respeito do livro. 

No mais, preciso agradecer a cada um de vocês que me leram durante todos esses anos e principalmente àqueles que me mandavam mensagens me incentivando a escrever esse livro. Não fosse pelo apoio de vocês, eu talvez nunca tivesse dado esse passo. Escrevi esse livro pensando em vocês. Espero que gostem. ^_^

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Múltiplas escolhas e um molho de salmão

   

Eu já não me surpreendo mais quando neva pela primeira vez no dia em que resolvo voltar a correr. É claro que neva. É claro que aquele dia lindo tem temperaturas negativas, na manhã em que me animo, enfim, a calçar meus tênis de corrida, ainda novos, desde o fatídico dia em que quebrei meu pé. Mas neve e frio nunca me impediram antes, e assim fui, depois de deixar as crianças na escola, correr no parque, sobre lama fria, folhas secas, e flocos de gelo que fazem a cidade que ainda veste tons de outono parecer um enorme cappuccino, castanho-avermelhado, entremeado de espuma branca.


Canto paródias de Frozen na minha cabeça. "Você quer correr na ne-veeeee? Escorregando de montão! Você pode até se segurar, mas se bobear, vai cair no chãaaaaao!" Sigo a passos curtos, que naturalmente evitam impacto em meus calcanhares, e sigo sentido ora o vento doído que resseca o rosto, ora o movimento dos tornozelos ao se adaptarem ao relevo irregular, na tentativa de me divertir e ao mesmo tempo estar alerta aos sinais do retorno iminente da maldita fascite plantar. 


Paro para ouvir passarinhos. Procurá-los por entre os galhos. Encontro alguns Robins, das cores das folhas de maple e carvalho que caem ao chão, que ainda não voaram para terras mais quentes. Robin, meu Sabiá canadense. Corro sorrindo, como sempre fiz, alegre por não sentir dor nos pés, alegre pelo frio que chega, me mandando preparar um chá e abrir um livro, enquanto um cozido lento espalha seu perfume pela casa. Um frio que pede música calma e jogos de tabuleiro antes de dormir. Mas um frio que faz meus filhos rirem e fazerem planos de patinar no gelo e levar o trenó para descer a longa e íngreme colina de Albion Hills. "Você faz chocolate quente, mamãe?", pede Thomas. "Faço sim, filho, a gente leva chocolate para descer de trenó no parque. Mas tem que nevar muuuuuito mais do que isso ainda", explico.

Salto displicentemente um tronco, enquanto penso num vinho tinto no fim do dia. Presto atenção para atravessar as tábuas geladas sobre o córrego. Aventuras miniatura que me fazem sentir criança novamente. Dou bom dia a quem vem correndo na direção contrária, dou bom dia a quem passeia seus imensos cães pelas trilhas, dou bom dia aos esquilos e a um casal de Mourning Doves que raramente vejo por aqui. Sou uma criança que corre no mato, vestida de Branca de Neve. 


Volto para casa agitada, com vontades maiores que meu dia. Quero escrever um texto no blog sobre o fettuccine com salmão. Quero pintar pinturas novas para colocar à venda na loja online. Quero desenhar aquele cartum inspirado na tarde anterior. Quero continuar a escrever aquelas crônicas do meu próximo livro. Quero terminar de editar meu e-book de poesia. Quero procurar a receita de sopa de cogumelos que Thomas me pediu para preparar. Quero ir ao mercado comprar geleia de damasco.Quero sair para comprar uns presentes de Natal das crianças e taças de espumante. Quero chamar uma amiga para um café. Quero ir à biblioteca apanhar os outros dois livros que reservei, e que vão somar à pilha dos outros oito livros que pedi e chegaram ao mesmo tempo.

A vida às vezes parece muito com aquela pilha de livros da biblioteca. Quero ler todos, mas por qual começar? E se eu começar esse e não der tempo de ler aquele outro antes de devolver? Posso lê-los em ordem cronológica segundo sua chegada em casa. Mas e se este que chegou primeiro não for o que eu realmente quero ler nesse momento? Arrisco pegar por último aquele que tenho que devolver primeiro?

Pinto ou desenho? Desenho ou escrevo? Escrevo ou vou ao mercado? Vou ao mercado ou marco aquele café? Marco aquele café ou resolvo as burocracias da loja? Resolvo as burocracias da loja ou saio para comprar os presentes de Natal?

Essa vida de freelancer que levo há tantos anos têm desses minidilemas. Miniproblemas que me deixam agitada e confusa feito criança em loja de brinquedos. Ou feito eu mesma em frente a uma prateleira de geleias. Meu FOMO (Fear Of Missing Out) dispara alarmes em frente a prateleiras de geleia. Framboesa? Morango? Mirtilo? É por isso que já saio de casa pensando em Damasco. Eu quero geleia de damasco. Eu procuro geleia de damasco. Se tiver, ótimo. Se não tiver... Amor, me dá meia hora que eu preciso decidir que geleia levar para casa. 

Durante muitos anos eu fui do time do "tanto faz, você escolhe". O horror de escolher errado me fazia não escolher coisa nenhuma. Eu voltava para casa sem geleia. Eu sentava no sofá e ligava a tv, apanhava o celular, fuçava no youtube, ou, pior, ia lavar uma louça, dobrar meias, passar vassoura, procrastinando magistralmente o momento de decidir o que fazer primeiro da lista cada vez maior de atividades, tarefas e projetos que eu tinha. Prazos são coisas lindas. Prazos me obrigam a tomar decisões. Se você é também um procrastinador nato, talvez sofra também desse medo irracional de escolher.

"Vou fazer macarrão, hoje", anunciou Allex, no sábado, empolgado com a arte de preparar sua própria massa nas últimas semanas.

"Ah, ok, eu pretendia fazer também", comentei.

"Eu queria fazer alguma massa recheada", explicou. "O que VOCÊ queria fazer?"

"O fettuccine com salmão defumado que comi em Murano e sobre o qual eu falo no livro."

Ele notou a tensão em meu rosto e perguntou: "o que foi?"

"Ah, não sei. Sei lá. Acho que tanto faz. Você escolhe."

"Olha você de novo." 

"Afe. Verdade. A gente faz os dois. Hoje eu tô afim de fazer o de salmão. Amanhã a gente faz a recheada."

"Assim que eu gosto. A festa do macarrão no fim de semana!"

Naquele dia, ele preparou a massa e eu preparei o molho.Um molho delicioso de salmão defumado e creme de leite, que comi mais de uma vez no Veneto, durante a viagem à Itália que descrevo em meu livro, que está sendo publicado. A massa é um sucesso, e sobra na panela apenas porque há sorvete de pistache de sobremesa. (As crianças aprenderam bem ao longo dos anos a guardar espaço para a sobremesa, mesmo que Thomas tenha passado boa parte de sua primeira infância dizendo que ele tinha um estômago separado para os doces.) 

"Laura, sobrou pizza e sobrou macarrão para o jantar. Qual dos dois você quer, amor?", perguntei, naquela noite. 

"Quero os dois, mamãe!"

"Como assim os dois?"

"Ué, eu gostei dos dois e eu quero os dois. Posso?"

Sustentei seu olhar por um segundo e desatei a rir.

"Pode sim, filha, eu coloco um pouco de macarrão e uma fatia de pizza, fazer o quê?! Fico feliz que você não tenha herdado minhas caraminholas."

"Como assim?"

"Eu teria dito um 'não sei, sei lá, tanto faz, você escolhe'. Teria escolhido nada. Você escolheu tudo. Você quer abundância na sua vida. Isso é lindo! Adorei!"

Preparo um chá. Percebo que já decidi o que fazer hoje. Escrever no blog, criar as promoções de natal da loja online, começar a organizar as histórias do livro novo, organizar as referências das novas pinturas, ir buscar os livros na biblioteca e passar no mercado para comprar a geleia de damasco. 

Se não tiver de damasco, eu compro a que tiver a cor mais bonita. 

A pilha de livros ao lado da cama não parece tão ameaçadora. Apanho aquele que me faz sorrir e separo para ler à noite. O que não fiz hoje fica pra amanhã. E o que fiz hoje virou passado.

...


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MOLHO SIMPLES DE SALMÃO COM CREME DE LEITE
(Adaptado de vários sites italianos diferentes, até chegar no que eu lembrava ter comido.)
Rendimento: 4 porções (400g de macarrão, que não precisa ser fettuccine, pode ser penne também)

Ingredientes:

  • 2 colh. (sopa) manteiga + 1 colh (sopa) para finalizar a massa
  • 6-8 cebolinhas, parte branca separada da parte verde, ambas picadas. 
  • 200g salmão defumado (ou fresco, sem pele, ou uma mistura dos dois), picado em pedaços de 2cm
  • 1/3xic. de vinho branco (ou cachaça - eu não tinha nenhum e confesso que usei tequila)
  • 1/2 xic. creme de leite fresco
  • sal e pimenta-do-reino

Preparo:

  1. Numa frigideira em fogo médio, derreta a manteiga e refogue as partes brancas das cebolinhas com uma pitada de sal, apenas até que amoleçam.
  2. Junte o salmão, mais uma pitada de sal, se estiver usando o salmão fresco, e refogue em fogo médio apenas até que o salmão mude de cor. Não deixe a manteiga escurecer. 
  3. Junte o vinho ou o álcool que estiver usando e deixe evaporar. Junte o creme de leite e cozinhe em fogo baixo até que engrosse um pouco. Acerte o sal e a pimenta e tire do fogo, reservando até que a massa esteja cozida. 
  4. Junte a massa escorrida, misture, acrescentando a última colher de manteiga, e polvilhe com as partes verdes das cebolinhas. Acerte o tempero e sirva imediatamente.

Cozinhe isso também!

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