Eu ia responder ao comentário deixado agorinha no post das abóboras, mas resolvi transformar isso também num post. Uma vez, plantei tomates. Tomates-cereja, minúsculos, ainda mais minúsculos por serem plantados em um apartamento sem condição nenhuma semelhante ao mais apropriado para os pobrezinhos. Ainda assim, colhi tomates. Vermelhinhos e perfeitos, sem doença nenhuma, à parte seu tamanho. Colhi-os, e eram tão poucos, e tamanho o dó de comê-los, que deixei-os na prateleira da cozinha, por uma, duas, três, quatro semanas. E todos os dias eu olhava para os tomates e eles ali, bonitinhos, vermelhos, sem nenhuma nuance de quererem estragar. Para não dizer que eu sou louca, os tomates de minha mãe fizeram o mesmo. E minhas pimentas também são assim. E as cenouras que compro na feira, com a rama, ficaram 1 mês e meio em minha geladeira até que eu resolvesse comê-las: e estavam perfeitas.
Tudo isso me fez matutar muito com minha mãe: QUANTO TEMPO as verduras ficam no estoque dos supermercados antes de serem embaladas e levadas às prateleiras??? Porque, veja bem, eles sempre indicam a data em que foram embalados, mas nunca quando foram colhidos. Por que os tomates comprados nos supermercados — mesmo os orgânicos — não duram mais que uma semana na geladeira??
Boa parte dos vegetais disponíveis nas feiras e nas cestas orgânicas é colhida na mesma semana. Outra garantia de durabilidade dos meus vegetais orgânicos é minha fantástica centrífuga de saladas. Até morangos eu passo por ela, garantindo que não reste uma gotinha de água que possa acelerar sua decomposição. Assim que compro minhas folhas, separo-as, lavo-as, passo na centrífuga e embalo em tupperware ou sacos plásticos, com uma ou duas folhas de papel toalha dentro, que ajuda a absorver qualquer água restante. As folhas de salada mantêm-se frescas e crocantes por 2-3 semanas, dependendo da folha.
Por isso, minhas abóboras vão durar. Ah, se vão.