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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Salada caprese do único jeito que me faz suspirar

É difícil compreender a simplicidade de uma salada caprese, a não ser que você já tenha tido em mãos tomates muito vermelhos e suculentos de verão, manjericão muito perfumado, um bom azeite extra-virgem e uma mozzarella de búfala delicada, saborosa e que derreta como manteiga em sua boca. De outra forma, tudo o que você tem é uma salada com gosto de água. Mas quando os planetas se alinham, tudo de que precisa é uma pitada de sal e um pouco de pimenta-do-reino. Qualquer alface, salsinha ou azeitona é uma mácula nessa combinação tão simplesmente perfeita. Uma fatia de um bom pão e uma taça de vinho, e você pode fechar seus olhos e fingir que nada mais existe.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Folha amarga + folha amarga + fruta ácida = ana elisa feliz

Tenho algo a confessar... Sempre me retorci de inveja das saladas fantásticas da Fer. [Sim, Fer, queria almoçar na sua casa todo dia!] Eu me perguntava como ela podia ter tanta coisa apetitosa em sua cozinha, e como podia produzir saladas (e fotos de saladas) tão criativas, coloridas e interessantes. Dava dois passos até a cozinha, abria minha geladeira, e nunca havia lá ingredientes suficientes para uma salada que prestasse. Frustração.

Foi só com o início da palavra que começa com "d" e termina com "ieta", e sobre a qual não agüento mais falar a respeito, que tive de aumentar consideravelmente a quantidade de legumes, frutas e verduras de minha geladeira [o que parece estranho para uma semivegetariana, mas fazer o quê?!] e finalmente passei a ter em minha cozinha uma paleta de cores e texturas digna de uma boa salada.

Essa, feita ontem, adaptada de ou inspirada por uma receita do livro Jamie at Home, produziu em mim um tipo de felicidade que só tenho ao observar cores vibrantes no prato e sentir bons gostos na boca. Como não se sentir contente ao ver a mistura do rubi do radiccho, o amarelo cítrico e delicado da endívia e o verde radiante da maçã, tudo pontilhado de salsinha e coberto de um molho simples e cremoso? Adoro a crocância da maçã verde e a penugem suave das barcas de endívia.

Enquanto jantava, olhei para o pôr-do-sol lá fora e vi que o céu tinha o mesmo tom amarelo e cor-de-vinho de meu prato.

Fer, você com certeza me inspira, e esse post é para você. ;)

Para preparar a salada, corte uma maçã verde em quartos, sem o miolo, e fatie fino. Misture às folhas inteiras de radicchio e endívia (quantas bastarem). Em uma tigelinha, misture bem 1 colh. (sopa) de azeite extra-virgem, 1 colh. (sopa) de iogurte natural integral, 1 colh. (chá) de vinagre de cidra e sal e pimenta-do-reino a gosto. Despeje sobre a salada, salpique com um punhado de salsinha picada e misture muito bem. Serve uma porção.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Uma salada de verão para compensar o cassoulet

Desta vez não preciso pedir para que finjam coisa alguma. Está de fato calor como a fornalha do Inferno. Tenho a janela escancarada à minha direita e o ventilador ligado no máximo à minha esquerda. Um copo de chá preto gelado com limão e canela sua devagar sobre a mesa da sala, à minha frente. Permaneço o mais inerte possível em frente ao computador, perguntando-me como diabos posso estar com tanto calor sem estar me mexendo. Poderia ser pior, no entanto: se eu fosse peluda como o Gnocchi. Pobrezinho, adormecido de barriga rosa para cima, em frente ao vento intermitente do ventilador, que gira para lá, gira para cá. Já que essa peça de plástico horrosa enfeia minha sala ao tentar fabricar frescor, poderia ao menos vir com um aroma de maresia embutido.

Alucinações à parte, o calor faz um favor quando é momento de esquecer todas as festas passadas e retornar à dieta. Por quê? Vocês pensaram que havia terminado? Pois não estamos justamente na fase mais difícil e crucial de todas: a eliminação total e completa dos últimos 2kg?? Ah, dieta... Você que me acompanha há já seis meses... Pois é, faz já tanto tempo. A verdade é: não sei quem foi o idiota que inventou que se deve fazer dieta no inverno, quando obviamente é muito mais fácil ser saudável e comedido no verão. Alguém consegue comer comida pesada e gordurosa sob um calor de 30ºC? Vai, levanta a mão. Pois é, eu também não consigo. Meu corpo implora por um prato de salada fria, refrescante, crocante, repleta de vegetais frescos e de diferentes texturas.

É uma boa hora para varrer todas as seções de saladas dos livros das estantes, e buscar novas combinações para não cair na velha e cansativa tríade alface-tomate-cenoura. Hoje caí em um de meus livros favoritos, Sabores da Toscana. Coloquei dois ovos orgânicos para cozinhar até que suas claras estivessem cozidas e suas gemas ainda no meio do caminho, permanecendo úmidas, amarelo-vivas e quase cremosas [você que tem fobia de gema crua, olhe para o outro lado]. Enquanto isso, rasguei algumas folhas novas de alface, cortei os talos e folhas do coração de um aipo, fatiei fino alguns rabanetes e misturei a azeitonas pretas na tigela. Temperei com sal grosso moído na hora, pimenta-do-reino, e um vinaigrette de azeite extra-virgem e vinagre de vinho tinto. Descasquei e cortei os ovos ainda quentes, dispus no prato e salpiquei um punhado generoso de salsinha fresca. Não poderia ser mais verão, tão fresco, colorido, energizante.

Daqui a pouco, um sorvetinho, claro. Ninguém é de ferro.

[Apenas porque a nutri me proibiu de pular os carboidratos do almoço, botei para dentro um pouquinho do que restara do cassoulet, frio mesmo, com um fiozinho de azeite. Viu, nutri? Ah, em tempo: a esteirinha de bambu, tão verde e delicada, foi presente da Nana!]

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Nada mudou, tudo ficou no lugar: cevada, abobrinha, grão-de-bico.

Estou esperando pela sensação purificadora da dieta. Aquela quando você passou uma semana comendo porcaria e resolve compensar com uma semana de saladas; aquela sensação de estar leve, limpa, renovada. No entanto, tenho me sentido... satisfeita. À parte a chateação de medir tudo milimetricamente, não tenho tido nenhuma dificuldade em seguir as novas diretrizes. Olho para meu prato e, bem, ele não parece diferente do que sempre esteve. A impressão que tenho é de que esqueci de comprar macarrão na última ida ao supermercado. Posso dizer, portanto, que estou contente. É bom perceber que o que estava errado era a quantidade, e não a qualidade do que eu preparava. Invertem-se proporções, mas no fim das contas, nada mudou: os ingredientes são os mesmos, os sabores também.

Ok, ok, tenho meio litro de creme de leite fresco na geladeira, comprado antes da dieta começar, que anda me incomodando um bocado. Não quero que estrague, mas também não posso usá-lo em nada. Tanto, que estou pensando em preparar sorvete de creme e deixar no freezer, para o marido que não está de dieta, evitando assim o desperdício.

Para não dizer que nada mudou, minha geladeira está subitamente cheia. Como as quantidades de legumes no prato aumentaram na proporção inversa às dos carboidratos, fui obrigada a comprar mais quantidade e mais variedade. Também passei a fazer algo que jamais fizera: cozinhar alguns elementos com antecedência para tê-los quando quiser, a exemplo dos grãos-de-bico e da cevada. Convenhamos, não vou ficar gastando gás e tempo para cozinhar 3 colheres de qualquer coisa. Melhor cozinhar uma xícara toda e usar durante a semana. Pois é, isso é novo para mim, uma vez que sempre gostei de preparar tudo na hora. E é por esse tipo de praticidade (e por ter ficado muito bom) que repeti hoje o almoço de ontem. E, na certeza de que não foi apenas a fome falando, deixo a receita aqui.

É difícil não chamar meu almoço de salada: tem cara de salada. Talvez apenas por estar tudo misturado. Poderia ter disposto os elementos no prato de forma organizada: um montinho de cevada, um montinho de grão-de-bico, um montinho de abobrinha. Mas deus sabe que eu detesto isso e que sou obcecada por "pratos únicos". O caso é que os sabores e texturas dessa "salada quente" de fato se complementam e se ajudam. Não é a primeira vez que uso dessa mistura de ingredientes e não será a última. E para quem quiser comprovar o fato de que apenas o tamanho do prato mudou, veja aqui a salada de cevada e beringela que já era uma de minhas favoritas há muito tempo atrás...

SALADA QUENTE DE CEVADA, ABOBRINHAS E GRÃO-DE-BICO
Tempo de preparo: 15 minutos com a cevada pronta
Rendimento: 1 porção


Ingredientes:
  • 3 colh. (sopa) de cevada em grão cozida
  • 2 colh. (sopa) de grão-de-bico cozido
  • 2 mini abobrinhas ou 1 abobrinha pequena
  • 1 dente de alho pequeno
  • 1/2 pimenta dedo-de-moça
  • 1/2 colh. (chá) de azeite
  • 1 fatia de queijo tipo Feta
  • 1 colh. (chá) de suco de limão
  • sal e pimenta-do-reino moída na hora
Preparo:
  1. Fatie as abobrinhas em rodelas finas. Pique o alho. Retire as sementes da pimenta, descartando-as, e pique-a.
  2. Aqueça 1/4 colh. (chá) de azeite em uma frigideira pequena e doure ligeiramente o alho e a pimenta. Junte a abobrinha fatiada e salgue ligeiramente. Salteie até que a abobrinha esteja suavemente dourada, mas ainda firme.
  3. Junte a cevada e o grão-de-bico e misture para que os dois aqueçam e absorvam os sabores. Desligue o fogo, tempere com sal, pimenta-do-reino, o suco de limão e o restante do azeite. Esmigalhe o queijo por cima e sirva quente sobre folhas de salada crocantes de sua preferência.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mais uma de espinafre, porque é o que tem na geladeira...

Hoje posso dizer que terminei de fato minhas tarefas. Um por um, os post-its coloridos foram arrancados da parede atrás de meu computador, e consegui enfim respirar fundo e... morrer de sono. Sim, são oito horas da noite, eu já jantei e estou me segurando firme para não deitar e dormir. Fico contente de pensar, pelo menos, que os maiores pepinos que eu tinha já foram resolvidos (enfim!), e que semana que vem será uma semana mais normal, só corrida, trabalho e cachorro, sem nenhum compromisso ou pepino pessoal inesperado.

Por estar cansada e com fome, não quis inventar tanta moda quanto ontem à noite, quando resolvi usar da matemática culinária em cima das regras coladas à geladeira e preparei beringelas ao forno com muita (e permitida) mozzarella de búfala e um nadinha de molho de tomate.


Decidi, portanto, que o jantar seria uma salada e pronto. Muito, muito espinafre cru, coberto de 3 cogumelos portobello fatiados fino e ligeiramente refogados em 1/2 colh. (chá) de azeite (olha que menina comportada!), 1 ovo cozido fatiado, 2 colh. (sopa) de grão-de-bico cozido e 1 fatia fininha de queijo feta esmigalhado. Para temperar, 1 colh. (sopa) de azeite, 1 colh. (chá) de vinagre de vinho branco, 1 dente de alho pequenininho cru picado muito, muito fininho, e sal e pimenta-do-reino moída na hora. Muito gostoso, e vale vários repetecos ao longo das próximas semanas...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Light uma ova: fui na nutri, tô de dieta...


Sempre fui muito avessa a nutricionistas. Nada contra a profissão, mas eles nunca me pareceram... bem... pessoas que gostam de comer. A impressão que tenho assistindo a determinados programas de TV (em especial aquele BemStar, do GNT, que me dá arrepios às vezes) é que eles ODEIAM comer e só o fazem porque ainda não aprenderam a viver de luz.

A verdade é que estou há tantos anos com meu peso no vai e volta, que perdi completamente a noção do meu tamanho. A roupa cabe, você tá bonita. Então tá bom. Mas na balança você não pesa a mesma coisa de quando tinha 19 anos. Então não tá bom. Nada bom.

Caramba. Para quem vê o blog e não me conhece, devo parecer uma maluca devoradora de doces. Mas a verdade é que sou uma chata que se alimenta bem. Não como porcarias, não como quase nada que seja industrializado ou processado, não fico beliscando salgadinhos, chocolates, bolachas, nuggets e afins. Eu corro. Ok, eu falto. Mas eu faço exercícios. Em algum lugar eu estava errando a matemática da coisa, e era justamente por querer saber onde que resolvi ir a uma nutricionista.

Não demorou muito para que descobrisse meus escorregões. Pequenas mas significativas coisas. Para quem não come carne é muito fácil errar a mão nos carboidratos. Afinal, eles são a base reconfortante para seus magníficos legumes. E aqui vem a desculpa esfarrapada: meus pratos são fora de padrão; eles são maiores do que pratos convencionais. Isso faz com que uma porção normal de comida pareça pequenininha no prato. Você acha que é pouco e preenche um pouquinho mais o vazio. Bem, eu sofro desse mal: apesar de tudo o que falo para os outros sobre tamanho de porção, eu erro na minha. Por isso achei logo de cara muito bom observar a quantidade de ervilhas que eu de fato deveria estar colocando na minha salada, em oposição ao que eu costumava colocar. A-há!

No fim das contas, a nutri foi bastante compreensiva com todas as minhas chatices e minha "rotulofobia" (meu "medo de rótulos", hehehe...), montando um cardápio bastante coerente em relação a meu estilo de vida. Agora essa é a parte interessante (e é aqui que quero que meus colegas de corrida e de dieta caiam sentados morrendo de raiva de mim): o bom de não comer carne é que minha dieta mega-restritiva está cheia de ovos e queijos! Tudo bem, nada de doces por um mês, a não ser uma mísera barrinha de chocolate a 70% de cacau. Mas, por duro que seja, mais duro seria ficar sem queijo.

Voltei da consulta e fui imediatamente ao supermercado rechear minha geladeira de espinafres, acelgas, cogumelos, beringelas, abobrinhas, vagens, maçãs, figos, morangos, bananas, mozzarella de búfala, queijo feta, cottage (que eu adoro), grão-de-bico, milho, cevadinha, trigo em grãos e soba de trigo sarraceno.

E é claro que a nutri tem o endereço do blog. Como não? Veja só que belo modo de vigiar sua paciente...

Não prometo que todos os posts tenham histórias interessantes atreladas às receitas. O desafio será cozinhar comida, essa sim interessante, dentro das linhas-guia coladas na porta de minha geladeira.

Será esse o fim do excesso de Ana Elisa?

SALADA DE ESPINAFRE, ERVILHAS E QUEIJO FETA, OU MINHA SALADA FAVORITA
(Do livro The Naked Chef, de Jamie Oliver)
Tempo de preparo: 5 minutos
Rendimento: 1 porção


Igredientes:
  • 1 tigela de folhas de espinafre orgânico fresco
  • 2 colh. (sopa) de ervilhas congeladas
  • 1 fatia bem fina de queijo tipo Feta
  • 1 colh. (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
  • 1/3 colh. (sopa) de suco de limão, ou a gosto
  • sal e pimenta-do-reino moídos na hora
Preparo: Cozinhe as ervilhas congeladas por 1 ou 2 minutos em água fervente e escorra. Misture em uma tigela com o espinafre e o feta esmigalhado. Tempere e mande bala!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Minha nova salada favorita


Minha intenção essa semana era preparar pratos que rendessem, e por isso colocara um bocado de feijão preto na panela de barro, junto de um dente de alho, tomate, pimenta e sálvia. Não queria fazer nada sofisticado: o jantar seria mesmo arroz, feijão, salada e ovo frito, no melhor estilo PF sem bife. No entanto, eu sou humana (e como sou!), e se tenho um grande defeito é a distração. Ou, como eu gostava de falar na época do colégio, não tenho nenhum problema de concentração: concentro-me muito bem, mas nem sempre naquilo que os outros querem.

Coloquei a panela no fogo baixo, com bastante água, e fui à sala fazer outra coisa. Uma coisa, digamos, importantíssima, vital, que requeria minha total e absoluta atenção: organizar todos os recortes de revistas culinárias que eu guardara nos últimos anos e colar as mais interessantes em meu caderno de receitas.

Shoot me now.

De repente, sinto cheiro do feijão. Hmmm... feijão... não, esse não é cheiro de feijão.

F*ck!

A pobre panelinha de barro estava encrustada de feijão queimado, exalando uma fumaça escura e fedida que empesteou, aos poucos, todo o apartamento.

Oooook. Queimei o jantar.

...

Eu poderia ter ficado irritada. Triste. Miserável. Mas resolvi que era um sinal dos deuses me mandando jantar apenas salada.

A intenção original era preparar uma saladinha de espinafre de Nigella, em que ela faz quase um molhinho de tomates crus e alho para cobrir as folhas e servir com carne de porco. Ao invés disso, apanhei um english muffin do freezer, aqueci-o na torradeira e usei-o como base para as folhas de espinafre e tomates cereja fatiados muito fino (quase chorei de alegria e beijei minha faca nova), cobertos por queijo feta esmigalhado, pimenta-do-reino e um molho de azeite e limão.

Muito, muito simples.

Minha nova salada favorita.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Salada de beterrabas e folhas amargas: controle de prejuízo das férias...



Férias são mesmo necessárias para se colocar a cabeça de volta no lugar e pôr sua vida em perspectiva. Mas que faz um estrago na silhueta, isso faz. Depois de grandes porções de boa comida e uma certa freqüência (deliciosa? preocupante?) de vinhos e cervejas para acompanhar as refeições, voltei sentindo-me uma verdadeira bolha. Tudo o que quero é retomar o ritmo de exercícios e tentar tornar os pratos da casa um pouco mais leves. Afinal, ultimamente, o único da casa com físico impecável é o cachorro.

Passei no mercado para livrar minha geladeira de seu triste vazio, e tentei compor no carrinho a salada que me lembrava de um dos livros que comprei durante a viagem (Fast Food, de Gordon Ramsay, o único dele que me pareceu mais pé no chão e com menos receitas carnívoras). No entanto, ao folhear novamente o livro em casa, percebi que misturara em meu cérebro cerca de 3 diferentes receitas suas, de modo que, sem titubear, usei os ingredientes para criar minha própria, que ficou parecida, mas não igual a uma outra que fiz há tempos atrás.

SALADA DE MINI-BETERRABAS E FOLHAS AMARGAS
Tempo de preparo: 20 minutos
Rendimento: 1 porção


Ingredientes:
  • 5-6 mini beterrabas, com casca e caules
  • 1 punhado de folhas de rúcula selvática
  • 1 radicchio de treviso pequeno (aquele comprido, que parece uma endívia, menos amargo que o redondo)
  • 1 colh. (sopa) de queijo de cabra tipo Crottin esmigalhado
  • 1 1/2 colh. (sopa) de azeite extra-virgem
  • 1/2 colh. (sopa) de vinagre balsâmico de qualidade
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo:
  1. Lave as beterravas, coloque em uma panela pequena com água e cozinhe até ficarem macias.
  2. Fatie o radicchio inteiro, de modo a obter rodelas finas. Reserve.
  3. Misture o azeite, o vinagre, o sal e a pimenta, até que fique homogêneo e reserve.
  4. Escorra as beterrabas, e corte-as ao meio no sentido do comprimento, ou em quartos, se forem maiores. Você pode comê-las quentes na salada ou esperar que esfriem.
  5. Misture a rúcula e o radicchio, disponha as beterrabas por cima e derrame o vinaigrette, misturando delicadamente. Espalhe o queijo por cima e bom apetite!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Às vezes nada dá certo, mas de vez em quando a salada de batatas compensa o pão porqueira

Ontem, no mesmo fatídico domingo em que, pela primeira vez, não produzi um pão ciabatta semi-decente, saiu de minha cozinha uma salada de batatas de repetir até não sobrar nem molho no fundo da travessa. Ainda bem que aqui em casa todo mundo é (mais ou menos) comedido. Essa salada ficou sensacional comida direto da geladeira, hoje no almoço.

Se quiser, pode descascar as batatas, antes ou depois do cozimento. Eu acho um desperdício de sabor e nutrientes. Com certeza perde-se na apresentação, mas quem se importa com isso num almoço de domingo?

SALADA DE BATATAS E VAGENS ESTILO EUROPEU
(Adaptado do livro Professional Baking)
Tempo de preparo: 40 minutos + 20-60 minutos de espera
Rendimento: 4 porções


Ingredientes:
  • 500g de batatas
  • 400g de vagem macarrão
  • 1/2 cebola picada
  • 2 colh. (sopa) de vinagre de vinho tinto
  • 80ml de caldo de legumes
  • 1 colh. (sopa) de mostarda de Dijon
  • 2 colh. (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
  • 1/4 colh. (chá) de açúcar orgânico claro
  • sal
  • pimenta-do-reino
  • 2-3 cebolinhas picadas
  • 1 punhado de salsinha picada

Preparo:
  1. Cozinhe as batatas inteiras e com casca, em água suficiente para cobri-las mais 5cm, até que um garfo as perfure facilmente mas não as desmanche.
  2. Enquanto isso, corte as duas extremidades das vagens, jogando-as fora, e corte as vagens em pedaços de cerca de 3cm. Coloque uma panela com água para ferver e, quando a água estiver em ebulição, junte as vagens e cozinhe até que fiquem macias.
  3. Escorra as batatas e volte-as à panela em fogo muito baixo, para que terminem de secar, até que nenhum vapor saia delas (menos de 1 minuto). Assim que conseguir manuseá-las, mas tendo-as ainda bem quentes (ou não absorverão o tempero), corte-as em fatias grossas ou quartos. Misture às vagens numa travessa.
  4. Em uma panela pequena, aqueça o vinagre, a cebola picada e o caldo de legumes, até que abra fervura. Desligue e misture a mostarda, o açúcar e sal e pimenta a gosto. Junte o óleo e bata de leve com um garfo ou fouet, para que o preparado emulsione bem e fique homogêneo.
  5. Junte o molho às batatas e vagens ainda quentes, misturando muito bem. Deixe descansando em temperatura ambiente por 20 minutos a 1 hora. Na hora de servir, misture a salsinha e cebolinha.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Deliciosa salada de lentilhas verdes

Adoro lentilhas. Adoro comê-las com arroz, em sopas, quentes, frias, verdes, vermelhas, comuns, como for. Em especial adoro essas lentilhas verdes francesas (que vemos em muitos livros estrangeiros chamadas de Puy lentils), que na verdade são mais acinzentadas do que de fato verdes. Elas são excelentes para saladas, pois ao contrário de suas irmãs comuns ou sem casca, mantêm forma e firmeza depois de cozidas.

Esta receita, muito simples, é uma variação em cima de cerca de 3 ou 4 fontes diferentes, e tornou-se minha forma preferida (e também mais fácil) de servi-las. O vinaigrette feito com mostarda de Dijon e folhas de tomilho fresco realça o sabor das lentilhas e as traz mais para perto de sua origem. No almoço de hoje, elas serviram como acompanhamento para uma polenta simples de forno. O queijo pode ser trocado por qualquer outro tipo salgado e que se desmanche em grumos, como o Feta, por exemplo, ou pode mesmo ser omitido, pois as lentilhas se sustentam por si só.

SALADA DE LENTILHAS VERDES
Tempo de preparo: 20 minutos
Rendimento: 4 porções


Ingredientes:
  • 1 xíc. de lentilhas verdes
  • 1 dente de alho grande fatiado
  • 1/2 colh. (chá) de pimenta calabresa seca
  • 1 folha de louro
  • 3 colh. (sopa) de azeite
  • 1 1/2 colh. (chá) de mostarda de Dijon
  • 1 colh. (chá) de vinagre de vinho tinto de qualidade
  • 1 colh. (chá) de folhas de tomilho fresco
  • pimenta-do-reino
  • sal
  • 50g de queijo Roquefort ou Gorgonzola (opcional)

Preparo:
  1. Refogue o alho, o louro e a pimenta-calabresa seca em 1 colher de azeite, até que o alho comece a dourar nas bordas. Junte a lentilha e mexa bem para cobri-la com o refogado. Não salgue: o sal no começo do cozimento deixa as cascas das lentilhas duras.
  2. Adicione água suficiente para cobri-las (cerca de 2 1/2 xíc.), deixe levantar fervura, abaixe o fogo e tampe. Cozinhe por cerca de 20 minutos, ou até que as lentilhas estejam macias mas não se desmanchando. Se necessário, mexa e acrescente mais água.
  3. Enquanto isso, misture com um garfo o restante dos ingredientes, menos o queijo, até que fique homogêneo.
  4. Escorra as lentilhas, se houver algum líquido ainda na panela, e diponha-as em uma tigela grande, para que esfriem mais rápido. Misture o vinaigrette com um garfo, cuidadosamente, para que as lentilhas não se desmanchem. Tempere com sal e pimenta a gosto. Se usar o queijo, salgue menos as lentilhas do que faria normalmente, ou o prato ficará excessivamente salgado. Deixe esfriar por 5-10 minutos e misture o queijo. Sirva em temperatura ambiente.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Salada de grão-de-bico e rúcula

Fiquei morrendo de dó ao preparar as sardinhas, quando vi a quantidade que sobrara da mistura de pão, castanhas, queijo e ervas. Por isso, guardei-a na geladeira, pensando o que fazer com ela.

Hoje no almoço, misturei-a a grãos-de-bico cozidos, temperei com azeite, suco de limão, pimenta-do-reino, pimenta calabresa e sal e juntei a um punhado de rúcula selvática. Minha intenção, tendo já o picante da rúcula, o azedume do limão, o frescor da salsinha, o doce dos grãos-de-bico e das castanhas de caju e o calor das pimentas, era completar o prato com um punhado de azeitonas pretas salgadas, mas deparei-me com meu vidro de azeitonas gregas na geladeira cheio de líquido e sem azeitonas. Usei no lugar um filé de anchova, mas, apesar de ter ficado saboroso, não era exatamente o que eu queria. As azeitonas teriam dado o toque exato de que eu precisava, sem o retrogosto de peixe. Também apenas as pimentas secas não foram suficientes. Mas como minha pimenteira produtiva está ainda crescendo de volta, e meu outro pé (que ficava do lado de fora do apartamento e salvou-se do ataque assassino do cão) anda prá lá de preguiçoso, então não pude usar pimenta fresca, outra ausência sentida no prato.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Sardines Panées

Fui dormir ontem à noite folheando uma revista francesa Saveurs, de Agosto. Quando vi as sardinhas empanadas, fechei a revista, os olhos e adormeci pensando no almoço do dia seguinte.

Hoje, preparei-as, comi-as, lambi os dedos. Delícia. Mas sei que elas nunca mais terão esse gosto, não importa quantas vezes repita a receita. Pois ao invés da ciabatta amanhecida esfarelada, usei as últimas duas broinhas de fubá que haviam restado, sequinhas, sequinhas. O sabor sutil da erva-doce das broas com certeza enriqueceu o tempero das sardinhas. Substituí também os pinoli requisitados por castanhas de caju bem picadas, e, por fim, a menta por manjericão. Por último, as sardinhas usadas na revista tinham pele e ainda as barbatanas do rabo, mas as únicas sardinhas em lata que eu tinha eram do tipo sem pele e sem espinhas. Está bem, é praticamente outra receita. O importante é que ficaram perfeitas sobre uma cama de rúcula selvática, meu tipo favorito, mais suave.

SARDINHAS EMPANADAS
(Adaptado livremente da revista Saveurs, edição de Agosto de 2007)
Tempo de preparo: 30 minutos
Rendimento: 2 porções


Ingredientes:
  • 50g de broa de milho amanhecida
  • 30g de queijo parmesão ralado
  • 1 punhado de salsa picada
  • 20g de castanhas de caju picadas
  • algumas folhas de manjericão picadas
  • 1 lata de sardinhas sem pele e sem espinhas (cerca de 6 filés)
  • 1 ovo extra-grande
  • 2 colh. (sopa) de farinha de trigo
  • 2 colh. (sopa) de azeite de oliva
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo:
  1. Esfarele o pão até virar pó. Misture-o ao queijo, castanhas, salsa e manjericão. Em outra tigela, bata o ovo com uma colherinha de leite ou água.
  2. Espalhe a farinha em um prato. Pegue os filés e, um a um, passe-os na farinha, depois no ovo batido e em seguida na mistura de pão, cobrindo-o o mais possível e separando as sardinhas empanadas em um prato.
  3. Aqueça o azeite em uma frigideira. Doure as sardinhas em fogo baixo por 3-5 minutos de cada lado. Tempere-as com sal e pimenta-do-reino moída na hora sobre uma salada de rúcula.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Um pouco de verde, para variar

Acabei de notar quantos posts "amarelos" escrevi um em seguida do outro. Quem lê, pensa que vivo a base de manteiga e farinha. Bom, esse é o jantar de hoje, tirado do site Epicurious. Essas ervilhas-tortas andavam escondidas há semanas na minha geladeira, e eu não me inspirava a fazer nada com elas, até encontrar essa receita. Como não tinha menta fresca, usei a seca. Se bem que acabo quase sempre fazendo isso, pois por aqui é muito difícil encontrar a menta propriamente dita (Menta Piperita), e hortelã simplesmente não é tão refrescante. Para quem não gosta de receitas em inglês, basta cozinhar as batatas em fatias (com ou sem casca), um ou dois ovos, e as ervilhas-tortas (essas por só 2-3 minutinhos, em água fervente salgada). Misture as ervilhas e as batatas com um vinaigrette feito com 1 parte de vinagre, 3 de azeite, sal, pimenta-do-reino, 1 dente de alho bem amassado e uma colher (sopa) de menta seca (ou 3 de menta fresca). Rale os ovos, tempere-os com um pouquinho de sal, pimenta e menta e salpique-os por cima. O prato originalmente deve ser servido quente, mas achei interessante servi-lo como salada, para acompanhar o que sobrou da torta de palmito.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Almoço bom prá cachorro




Evandrus e Henriqueta queriam nos visitar para conhecer o cão, e aproveitei para chamá-los para almoçar conosco nesse domingo. Foi interessante montar o cardápio com o que havia em casa, sem pulos no supermercado. Não podia fazer meus clássicos — massas ou risotti — pois não havia mais Grana Padano ou manteiga, então seria impossível preparar um daqueles almoços "prato-único". Saí à caça de receitas em meus livros e revistas e, algumas adaptações depois, resolvi fazer um pão-bolo de azeitonas pretas e gengibre cristalizado, uma terrine de tomates (ambas da revista francesa Saveurs), uma salada de beterrabas, rúcula e gorgonzola (revista Gourmet, apesar de a salada original ter endívias e queijo de cabra), e um arroz com açafrão e abobrinha, que, na revista (Saveurs, também), era para ser um risotto, mas fiz com arroz comum e omiti o queijo e a manteiga. No fim ficou tudo muito gostoso, apesar de o arroz ter passado um tantinho do ponto e de eu ter esquecido de desligar o forno com a terrine dentro (que não inflou como achei que faria e acabou ficando achatadinha como uma omelette numa forma grande demais), queimando nas bordas. Como seria meio deprimente servir aquele fundinho de terrine dentro da forma gigante, desenformei, cortei em pedaços e servi fria, pois estava gostosa mesmo com os defeitinhos... Limonada fresquinha para acompanhar a comilança e sorvete de sobremesa.

No fim deu tudo certo, estava bem gostoso e o cão adorou a visita (e nós também). De quebra, ganhei esse lindo ramalhete de frésias, uma flor vibrante e perfumada que eu adoro. (As outras fotos são da salada — tirada hoje, então a rúcula está um pouco murchinha — e do pão de azeitonas).

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pão coringa: recheie com o que quiser



Quando vieram 4 pés de alface na cesta orgânica, eu tinha certeza de que acabaria com um monte de alface queimada, murcha, estragada. Dito e feito: hoje queria uma salada, e as alfaces já não se prestavam para isso, feias que ficariam no prato. Como, no entanto, não gosto de jogar comida fora, resolvi tirar da gaveta meu pãozinho coringa novamente. Faço-o quase sempre que vem gente em casa, e cada vez recheio com algo diferente. Ele é muito simples de fazer, sendo apenas uma receita básica de pão, enrolado como um rocambole. E fica muito macio e muito saboroso (sem falar no efeito bonito). Para acompanhar, preparei uma saladinha de tomates, baseada em uma receita de aperitivos que vi na revista Gourmet. Cortei um tomate em quartos, retirei as sementes, cortei mais uma vez na transversal, cobri com gorgonzola, castanhas de caju (no lugar de roquefort e amêndoas defumadas) e salsinha, cobrindo com um fio de azeite, sal e pimenta-do-reino.

PÃO RECHEADO
Tempo de preparo: 2 horas
Rendimento: 2-4 porções


Ingredientes:
  • 250g de farinha de trigo
  • 150ml de água morna
  • 7g de fermento ativo seco instantâneo
  • 7g de mel
  • 7g de sal
  • 1 cebola fatiada fino
  • 1 dente de alho fatiado fino
  • 2 filés de anchova
  • 2-3 punhados grandes de folhas de alface, escarola, espinafre, ou qualquer outra verdura, em fatias largas
  • óleo ou azeite
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
  • 1 punhado de queijo parmesão ralado grosso

Preparo:
  1. Coloque o fermento, o mel e metade da água morna em uma tigela pequena, misture para dissolver e deixe quieto num canto sem vento por 5-10 minutos, até espumar. Misture a farinha e o sal em uma tigela grande.
  2. Junte a mistura de fermento com a farinha e mexa com um garfo, para começar a dar liga. Vá juntando o restante da água, até que comece a formar uma massa.
  3. Despeje tudo numa superfície limpa e ligeiramente enfarinhada e sove a massa até que ela desgrude das mãos. Forme uma bola, coloque dentro de uma tigela enfarinhada, cubra com um pano de prato e deixei por mais ou menos 1 hora, até que dobre de tamanho.
  4. Enquanto isso, doure ligeiramente (sem queimar) o alho e as anchovas no óleo, em uma frigideira grande. Junte as cebolas e uma pitada de sal e mexa com uma colher de pau, até que as cebolas fiquem douradas e amolecidas, e as anchovas tenham dissolvido.
  5. Junte as folhas, mais uma pitada de sal, pimenta-do-reino e vá mexendo em fogo baixo, até que as folhas murchem, mas mantenham uma cor viçosa. Experimente e acerte o tempero. Deixe esfriar.
  6. Afunde as mãos na massa de pão para retirar-lhe o ar, coloque a massa de volta numa superfície enfarinhada e abra com o rolo de macarrão até que fique com mais ou menos 20x30cm. Espalhe as folhas refogadas em uma camada uniforme sobre a massa, polvilhe com queijo ralado e enrole como faria a um rocambole.
  7. Com uma faca de pão, corte o "rocambole" em porções de 5cm de espessura e coloque-o com cuidado em uma assadeira untada. Vá colocando um "caracol" de massa do lado do outro, de modo que se apóiem e um evite que o outro se abra.
  8. Cubra com um pano e deixe descansar por 30 minutos, enquanto você pré-aquece o forno a 200ºC. Quando a massa tiver crescido novamente, leve ao forno por 20 minutos, ou até que cresça e doure nas bordas. Teste batendo com a ponta do dedo no pão: o som dele será seco e oco.

sábado, 18 de agosto de 2007

Muito verde

Almoço bem leve neste sábado: dois punhados de diferentes alfaces, rasgados com a mão, queijo minas, ervilhas e favas branqueadas e um vinaigrette rápido de limão siciliano, azeite de oliva, sal e pimenta-do-reino. Não é "uau!", apenas refrescante. Queria ter colocado hortelã, mas não tinha.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Restos da geladeira


A última fatia de pão, grelhado na frigideira, um resto de rúcula, uns tomates-cereja frescos, a última mozzarella de búfala da geladeira, três ou quatro flores de nastúrcio, um fio de azeite, sal e pimenta, e voi-là: almoço.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

O fim da rixa com o abacate



Quando criança, adorava abacate. Principalmente quando minha mãe preparava o creme, com muito açúcar; devorava cumbuquinhas inteiras. Não era à toa, afinal, que eu era redonda.

Quando cresci um pouco, o abacate virou um grande vilão: por ser muito calórico, ninguém queria mais saber do pobrezinho, e a simples menção da fruta a qualquer criatura de dieta era motivo de ataques violentos contra a coitada.

As coisas mudaram de figura quando descobriu-se que não só a gordura do abacate é daquelas que ajudam a controlar o colesterol ruim, como ele tem mais uma centena de outras substâncias e propriedades benéficas. Bota o abacate no menu de novo.

Minha rixa com o coitado, no entanto, era de outra natureza: desde que saí da casa dos meus pais tenho comprado abacates. Seja para guacamole, seja para saladas. Mas o danado nunca colaborava comigo e teimava em estragar antes mesmo de ficar maduro, principalmente no verão. De um dia para o outro, o abacate verde e duro apodrecia. Para fazer o guacamole do post dos nachos foram 3 frutas jogadas no lixo, o que muito me aborrece.

A rixa terminou com a descoberta no supermercado daquela variedade menorzinha, que ingleses e americanos chamam de "avocado". Com a metade do tamanho de um abacate comum (com caroço proporcional, é claro!) e casca enrugadinha, sua cor muda drasticamente do verde bandeira a um roxo enegrecido, que indica que ele está maravilhosamente no ponto. Não é preciso ficar apertando, cheirando e prevendo seu estado. E a melhor parte é que ele é uma "porção individual". Posso abrir um inteiro para minha salada de batatas e mâche (da foto) e deixar o outro intacto para quando o Allex chegar e quiser macular o verde intenso do abacate com colheradas de leite condensado.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Comendo direito: 6º dia

Dou graças aos deuses pelo calor por manter-me tão firme com as saladas. Calma lá: eu adoro saladas. Mas ontem, com o ventinho gelado entrando pela minha janela, não resisti ao meu bom e velho spaghetti cacio e pepe. Aliás, para os rotundos amigos, quando bater a vontade de uma boa massa, passem no link "molhos" das categorias e procurem pelo molho de tomates crus. O azeite de oliva cru é recheado de colesterol bom, o prato passa muito bem sem queijo, e uma porção de 100g de spaghetti nunca fez mal a ninguém. Eu garanto que não há sequer 300 calorias naquele prato. Ai, deus! Olhem no que vocês me transformaram: estou falando em calorias!

De qualquer forma, segue meu almoço de hoje...

SALADA DE FETA, FAVAS, TOMATE E AZEITONAS
Rendimento: 1 porção
Tempo de preparo: 10 minutos


Ingredientes:
  • 1 xíc. de favas congeladas Bonduelle
  • 2 tomates
  • 1 xíc. de queijo tipo Feta cortado em cubinhos
  • 1 punhado de azeitonas pretas sem caroço
  • alface romana
  • suco de 1/2 limão
  • 1 colh. (chá) de folhas de endro
  • azeite de oliva extra-virgem
  • sal e pimenta-do-reino

Preparo:
  1. Coloque uma panelinha pequena de água para ferver. Quando entrar em ebulição, acrescente uma colher de chá de sal e junte as favas. Ferva por uns 7 minutos.
  2. Enquanto isso, corte os tomates em quartos e retire as sementes com uma colher, jogando-as fora. Corte os tomates em pedaços e coloque na tigela.
  3. Rasgue quanta alface lhe aprouver e junte aos tomates. Acrescente as azeitonas e o queijo.
  4. Em um potinho, misture o suco de limão, o azeite, o endro, a pimenta e o sal (lembrando que o queijo e as azeitonas já são salgadas) e misture bem, até engrossar. Junte à tigela, misturando bem.
  5. Escorra as favas e junte-as à salada, misturando bem, e sirva-se.

terça-feira, 13 de março de 2007

Comendo direito: 5º dia


Eis uma salada que realmente me surpreendeu. Se bem que não deveria, pois mantém o já manjado relacionamento "folha amarga-fruta doce". De dieta ou não, eu peço para que experimentem. Para quem está de boca fechada, a maravilha é o caqui, muito maduro, ser tão doce e melífero: você não tem vontade nenhuma de comer sobremesa...

SALADA DE CAQUI COM RÚCULA
(do livro Cozinhando para Amigos) Rendimento: 1 porção
Tempo de preparo: 15 minutos


Ingredientes:
  • Rúcula, tanto quanto seja suficiente para você
  • 1 caqui grande e maduro mas ainda firme
  • 3 colh. (sopa) de azeite
  • suco de 1/2 limão
  • 1/2 colh. (chá) de mel
  • sal e pimenta-do-reino a gosto
Preparo:
  1. Faça um montinho de folhas de rúcula em seu prato. Fatie metade do caqui e espalhe as fatias sobre a rúcula.
  2. Coloque em um processador ou liquidificador a metade restante do caqui e o resto dos ingredientes. Bata bem até ficar mais ou menos uniforme. Espalhe sobre a salada e sirva.

Cozinhe isso também!

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